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Tudo sobre "Valente", da Disney•PIXAR

 

“Há os que dizem que nosso destino está ligado a terra como uma parte de nós, pois somos parte dela. Outros dizem que o destino é entrelaçado como um tecido, de modo que o destino de um se interliga com os de muitos outros. É por isso que procuramos ou lutamos para mudar. Alguns nunca encontram. Mas há os que são guiados.”

~  Mérida

Desde os tempos antigos, história de batalhas épicas e lendas míticas são passadas através de gerações pelas montanhosas e misteriosas Highlands da Escócia. Da Disney e Pixar, uma nova fábula se associa aos mitos da região quando a corajosa Mérida (voz de Kelly Macdonald) enfrenta a tradição e desafia o destino para mudar sua sorte.

Valente conta a história da heroica jornada de Mérida, uma arqueira habilidosa e a filha teimosa do Rei Fergus (voz de Billy Connolly) e da Rainha Elinor (voz de Emma Thompson). Determinada a trilhar seu próprio caminho na vida, Merida desafia um antigo costume sagrado dos indisciplinados e barulhentos lordes da região: o imponente Lorde MacGuffin (voz de Kevin McKidd), o carrancudo Lorde Macintosh (voz de Craig Ferguson) e o intratável Lorde Dingwall (voz de Robbie Coltrane).

 

 

As ações de Mérida desencadeiam, de forma inadvertida, caos e fúria no reino e quando ela parte em busca da ajuda de uma Feiticeira excêntrica (voz de Julie Walters), ela tem um desejo mal-aventurado concedido. Os perigos resultantes a forçam a lançar mão de todas as suas habilidades e seus recursos antes que seja tarde demais ─ incluindo seus travessos e espertos irmãos trigêmeos – para desfazer um feitiço terrível e descobrir o verdadeiro significado de valentia.

Valente fala sobre a luta de uma adolescente para encontrar ela mesma, para traçar seu próprio destino”, diz Mark Andrews, diretor do 13º longa-metragem da Disney•Pixar. “Mais especificamente, é sobre a luta de Mérida para entender como o mundo a vê em comparação a como ela se vê. Coragem verdadeira deve ser encontrada dentro de você mesmo.”

“O tema principal é ser valente, encontrar a coragem para perdoar. Mérida é uma personagem muito valente ─ ela escala colinas, lança flechas, enfrenta ursos ─ mas é realmente aquela valentia do coração que é a mais difícil.”

~ Mark Andrews, diretor

Dirigido por Andrews e Brenda Chapman, e produzido por Katherine Sarafian, Valente é uma grande aventura cheia de emoção, personagens memoráveis e a assinatura de humor da Pixar que plateias de todas as idades em todo o mundo se acostumaram a esperar. Baseado em uma história original de Chapman, o roteiro foi escrito por Andrews, Steve Purcell e Chapman & Irene Mecchi. O filme chega aos cinemas em 22 de junho de 2012, e será exibido em Disney Digital 3D™ em salas selecionadas. Classificação indicativa livre pela MPAA.

Andrews e Chapman entram para a lista de elite de diretores da Pixar ─ apenas cinco pessoas antes deles dirigiram um filme da Disney•Pixar. Andrews diz: “Estamos em muito boa companhia e cercados por mentores fantásticos. A rica experiência deles estava sempre à disposição e isso contribuiu para que eu me tornasse um cineasta melhor”.

Andrews, que sempre foi apaixonado pela Escócia, por sua história e também por filmes de ação e aventura, foi supervisor de história dos longas de animação vencedores do Oscar® Os Incríveis e Ratatouille. Ao trazer Valente para a telona, Chapman, uma narradora consagrada com créditos que incluem A Bela e a Fera e O Rei Leão, tirou inspiração do relacionamento com sua filha pequena, bem como de seu amor pela Escócia.

 

 

Inserindo drama, autenticidade e alma em Valente está um grupo fenomenal de vozes composto em sua maioria por atores de origem escocesa. Kelly Macdonald (Boardwalk Empire, Onde os Fracos Não Têm Vez, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2) confere emoção à tempestuosa adolescente Merida. A aclamada atriz vencedora do Oscar® Emma Thompson (Retorno a Howards End, Razão e Sensibilidade) faz um desempenho transformador como a nobre e elegante Rainha Elinor. O renomado comediante e ator escocês Billy Connolly faz a voz do Rei Fergus, o jovial patriarca do reino e um heroico guerreiro que anseia pelo reencontro com o terrível urso Mor’du, que tirou sua perna. Fazendo a voz do robusto Lorde MacGuffin e de seu filho, o jovem MacGuffin, está o ator escocês Kevin McKidd (Trainspotting, Grey’s Anatomy). O popular apresentador e ator Craig Ferguson (The Late Late Show with Craig Ferguson, Winnie the Pooh – O Filme), também nascido na Escócia, faz a voz do barulhento e briguento Lorde Macintosh. Natural de Glasgow, Robbie Coltrane (filmes Harry Potter) adiciona muita coragem ao beligerante Lorde Dingwall, e a aclamada atriz britânica Julie Walters (O Despertar de Rita, Billy Elliott, sete filmes Harry Potter) enfeitiça com alguns mágicos vocais como a Feiticeira misteriosa.

O compositor indicado ao Oscar® Patrick Doyle (Razão e Sensibilidade, Hamlet, Thor) cria uma trilha sonora épica que costura todo o humor, ação e emoção do filme. Fazendo justiça a suas origens, Doyle usa ritmos tradicionais de dança escocesa e instrumentos nativos tocados por músicos escoceses. Acrescentando ao aspecto musical do filme, a cantora galesa folk Julie Fowlis interpreta duas canções: “Touch the Sky” e “Into the Open Air”. Birdy, a sensação de 16 anos, interpreta a canção do epílogo para o título do filme “Learn Me Right” com o grupo de rock indicado ao Grammy® Mumford & Sons, que também compôs a faixa original.

Valente representa o longa-metragem mais ousado, sofisticado e complexo da Pixar até hoje. Também estabelece vários “fatos inéditos” para um filme da Pixar. É o primeiro filme do estúdio com uma protagonista, é o primeiro filme de época no qual referências históricas se mesclam com um mundo de fantasia e é o primeiro épico de aventura ambientado em um mundo humano natural.

 

 

Eu tenho muito orgulho deste filme por sua beleza, sua história, seu humor e sua ação”, diz John Lasseter, chefe de criação dos estúdios Walt Disney e Pixar Animation e produtor executivo de Valente. “É um filme lindamente equilibrado que arrebata você para este mundo incrivelmente deslumbrante com personagens realmente divertidos. É diferente de tudo que você já viu. É isso que adoramos fazer na Pixar. Nós adoramos ir a novos mundos e apresentar histórias que você nunca viu antes. É uma ‘tour de force’ de tecnologia e arte. Há ótimo humor, narrativa e desempenhos de voz.”

De acordo com Lasseter, Valente é também inovador em todos os sentidos.

Valente eleva essa forma de arte a outro patamar em todos os níveis ─ animação humana, cabelo, roupas, animação de animais, incluindo ursos e cavalos; ambientes naturais convincentemente orgânicos e cenários históricos. É uma incrível mistura de ação e humor, com magia, mistério, feitiçaria e aventura real ─ uma experiência realmente empolgante. Você mal pode esperar para ver o que vai acontecer a seguir.”

~ John Lasseter, produtor executivo

Valente tem uma complexidade visual que está em um novo patamar – mesmo para a Pixar”, afirma a produtora e veterana da Pixar, Katherine Sarafian. “A antiga Escócia – com cavalos, ursos e seres humanos ─ tão orgânico como a realidade. Não há nada fácil neste filme. Nós elevamos o visual, elevamos a tecnologia e elevamos nossos artistas a novos patamares. Os cachos ruivos encaracolados dos cabelos de Mérida e a complexidade das roupas de todos os personagens ─ de vestidos formais a túnicas, capas e armaduras, além de camadas e camadas de kilt ─ tornaram este filme o nosso maior desafio.

O que eu adoro nos filmes da Pixar é que estamos sempre tentando ultrapassar limites e não seguir fórmulas”, diz Andrews. “Com Valente, contamos uma história com a qual o público vai se envolver. Fizemos este filme com muita sinceridade.”

 

 

INSPIRAÇÃO

História de Valente Brota da Realidade

 

A história de Valente foi muito pessoal para os diretores do filme, Mark Andrews e Brenda Chapman. Eles buscaram experiências passadas em suas próprias famílias, combinando isso a sua origem escocesa e ao amor pelo país. Com seu forte histórico de narradores e cineastas, eles conseguiram tecer uma fábula que era original, emocionalmente tocante e cheia de aventuras eletrizantes.

“Fala sobre mudar o seu destino. E Mérida – sentindo os rigores da vida no castelo a cerceando cada vez mais – desesperadamente quer mudar o dela.”

~ Mark Andrews, diretor

Cheia de vida e mais do que um pouco teimosa, a renegada ruiva de Valente está determinada a trilhar seu próprio caminho na vida. Mas isso faz parte do crescimento, diz. “Adolescentes estão crescendo, tornando-se os adultos que serão e essa é uma transição muito caótica que permeia todo o filme”.

As coisas mais importantes para Mérida são seu arco e flecha, seu cavalo e o tempo livre que passa com eles”, continua Andrews. “E ela é uma arqueira fenomenal. Ela adora estar ao ar livre e galopar em seu cavalo Angus pelos campos escoceses.”

Mérida é o produto de seu pai, o Rei Fergus, que transmitiu a ela seu amor pela vida ao ar livre. “Fergus é um imenso guerreiro das Highlands – o tipo de cara que veste um manto de urso”, diz Andrews. “Ele é impetuoso e barulhento, meio parecido comigo, e tem muita coragem e sabedoria. Ele perdeu a perna para o urso demoníaco Mor’du e vive contando essa história para todo mundo, independentemente de já terem ouvido ou não.”

 

 

Fergus adora entreter a filha e seus irmãos trigêmeos com infinitas histórias de suas aventuras. Filho de peixe, peixinho é ─ e quando Mérida chega à adolescência, ela é uma miniatura de seu pai ─ escalando penhascos, empunhando espadas, atirando flechas e exercitando Angus sempre que pode.

Mas galopar pelas Highlands escarpadas empunhando seu arco e flecha não é o destino de Mérida. Pelo menos não de acordo com o que pretende sua mãe, a Rainha Elinor, que tem em mente seus próprios planos para Mérida ─ um plano predestinado há tempos, antes mesmo do nascimento de ambas. É hora de crescer, quer Mérida goste da ideia ou não. “A Rainha Elinor é uma mãe que trabalha”, diz a produtora Katherine Sarafian. “Ela está criando a família. Está mantendo a paz. Ela lida com os deveres reais com elegância e dignidade. E tem metas para sua filha.”

Infelizmente para Mérida, essas metas incluem responsabilidades reais e um casamento projetado para manter o tênue pacto entre os clãs indisciplinados do reino. Elinor passou anos preparando Mérida para esse momento e ela não compreende a resistência da filha. Enquanto isso, Merida não tolera ser controlada por ninguém, muito menos por sua mãe. “Elas estão em um impasse”, diz Sarafian.

 

A Origem de Valente

“A história de Merida é universal. Acho que muitas pessoas ─ adultos, adolescentes e crianças ─ todos vão se identificar com a ideia de querer escolher o próprio caminho e de, ao mesmo tempo, ter um sentimento de lealdade em relação à família, então estamos sempre seguindo essa linha. O que é passar do ponto ou não?”

~ Katherine Sarafian, produtora

Há um motivo para a história de Valente ser tão relevante, diz a diretora Brenda Chapman: ela é inspirada em um relacionamento real. “Minha filha era muito teimosa”, diz Chapman. “Ela era muito emotiva e forte ─ e tinha quatro anos à época. Eu ficava pensando: ‘como será que ela vai ser quando for adolescente?’”

E comecei a imaginar como seria um conto de fadas”, continua Chapman, “com uma mãe que trabalha e que tem uma filha impetuosa cuja força você não quer reprimir ─ mas que, às vezes, você quer reprimir um pouco sim. Mas no fim, não se tratava mesmo de um conto de fadas. Valente acabou se revelando mais um épico de ação e aventura.”

Chapman logo soube onde ambientaria este épico conto de ação e aventura. “Sou apaixonada pela Escócia”, diz ela. “É a minha origem, então eu sou uma daquelas grandes misturas étnicas americanas e minha família está por aqui desde antes da revolução, por isso eu não consigo encontrar essa antiga conexão familiar com o país. A Escócia é simplesmente um lugar incrível. É um lugar lindo. As pessoas são muito cordiais e têm um espírito incrível.”

 

 

Andrews compartilha a paixão de Chapman pela Escócia. O diretor e autodenominado historiador amador de todas as coisas escocesas passou a lua de mel lá. Ele voltou à Escócia em 2006 com Chapman, à época sua consultora escocesa não oficial, para fazer o trabalho de pesquisa para Valente, e imediatamente se afeiçoou por seus guias. “Eles eram repletos de sabedoria popular local”, diz Andrews. “Eles eram capazes de dar nome a cada árvore, rocha e colina ─ cada uma com sua história. Eles têm uma incrível tradição em narrativa em sua herança.

Quando mais tarde Andrews assumiu a direção de Valente para desenvolver a visão de Chapman, ele também fez uma conexão imediata com a família do filme. “Eu tenho uma filha e três filhos”, diz ele, “assim como Fergus e Elinor”. O experiente pai vê a rebeldia de Mérida como parte do processo de crescimento. “Existe uma coisa química que faz os adolescentes se rebelarem ─ eles querem entender o mundo sozinhos.”

Como Chapman, Andrews baseou-se em sua própria dinâmica familiar, vendo o complicado relacionamento entre Mérida e Elinor como algo universal. “É o relacionamento pais e filhos que está no centro do filme ─ mães e filhas ou pais e filhos, não importa.”

A produtora Sarafian conta que Valente realmente se beneficiou com contribuições dos dois diretores. “Mark e Brenda têm muito em comum, e eles também se complementam como contadores de histórias e cineastas. Os dois são focados na família e consagrados artistas de história com anos de treinamento e créditos impressionantes. Cada um deles contribui com algo único ao processo. Mark tem uma abordagem muito mais turbulenta e adora ação. Brenda adora os momentos mais tranquilos. É uma incrível mistura dessas habilidades – ele reflete o conceito inspirador de Brenda e a empolgação aventureira que Mark insere.”

 

 

O codiretor e roteirista Steve Purcell e o supervisor de história Brian Larsen também tiveram um papel importante ao ajudar a dar forma à trama e às personalidades. “Nós achamos que a emoção do filme é muito importante”, diz Purcell. “Quando se tem a espinha dorsal e o coração emocional do filme, aí você pode agregar outros elementos. Se a espinha dorsal é forte o bastante, ela aguentará todas as mudanças que você fizer ao longo dos anos conforme o roteiro se transforma.”

Nós também acreditamos que é importante ter humor para contrabalançar a emoção”, continua Purcell. “O humor deve vir dos personagens e irradiar de suas personalidades, em vez de dar a sensação de que as piadas foram colocadas em cima do que já se tem. Por exemplo, os lordes e seus filhos têm muita amplitude ─ suas personalidades distintas são uma grande fonte de comédia.”

Para Larsen, “A jornada de Mérida é uma história de crescimento. Eu adoro o fato de ela gostar da vida dela do jeito que ela é ─ ela realmente não quer crescer. Isso é muito diferente da história típica em que uma mulher espera por um homem para mudar sua vida. Conforme a história progride, a mãe experimenta emoções que Merida nunca a viu ter, o que por fim inspira à própria mudança de Mérida. Mark e a equipe de história estavam muito interessados na ideia de a criança reconhecer o adulto que existe nela ao ver sua mãe passar por situações difíceis. Através dos ritos de passagem de Merida, mãe e filha desenvolvem uma nova apreciação uma pela outra.”

Ao criar a história, os cineastas pegaram elementos da história e da cultura escocesa para construir suas próprias lendas. Um urso demoníaco chamado Mor’du, a reunião e unidade dos clãs, o papel da mítica luz mágica e uma misteriosa feiticeira com poder de criar mudanças, tudo tem base na realidade e na mitologia.

 

 

Quando visitamos a Escócia em nossa viagem de pesquisa, encontramos contadores de histórias e historiadores incríveis que exerceram grande influência sobre nós”, diz Larsen. “A Escócia tem uma cultura de narrativas ─ onde quer que fossemos, as pessoas contavam histórias de suas vidas cotidianas e das pessoas que eles conheciam. A história de Mor’du foi inspirada por histórias que ouvimos enquanto estávamos lá.

Os cineastas inseriam o folclore e a magia que eles absorveram na Escócia ao longo da história. De acordo com o desenhista de produção Steve Pilcher, mesmo um toque de magia enfatizou o tom místico do filme. “Nós evocamos o sentimento de magia sem usar magia”, diz ele. “Adicionando musgo às pedras do círculo de pedras ou gotas de orvalho à grama ─ isso capta luz e emite um pequeno brilho. Nós criamos a fantasia com um elemento natural, o que é ótimo para esta história neste lugar.”

Andrews acrescenta: “As luzes mágicas estão em muito do folclore escocês. Dizem que as luzes nos guiam a tesouros ou a maldição ─ para mudar seu destino ─ mas elas são, na verdade, um fenômeno dos pântanos e gases de trufeiras que se infiltram no solo e interagem com os recursos naturais para criar as chamas azuis. As pessoas seguiam essas luzes pensando que eram pequenas fadas, e acabavam se afogando ou sendo sugadas nos pântanos. [Então] fizemos as luzes como pequenos espíritos.”

Certa vez Pilcher teve essa ideia e o desenho das luzes se formou. “Nós gostamos de azul safira contra o ambiente natural porque não há nada parecido no resto do filme. Essa tonalidade de azul é a parte mais quente da chama, ainda que pareça fria. Essa contradição é intrigante e é disso que se trata a magia. Há um desejo de tocá-la, segui-la, mas também dá um pouco de medo.”

Elas são quase como o fantasma de Marley de certo modo”, diz Andrews, “porque o fantasma de Marley não é um espírito mau ─ embora seja assustador, ele tenta alertar Ebenezer para mudar seu caminho. É isso que as luzes estão fazendo. Há uma dualidade nelas, porque elas ou são boas ou são más – elas levam Merida para mais e mais e mais problemas, mas no final, elas a levam exatamente para onde ela precisa ir”.

 

QUEM É QUEM EM VALENTE

Cineastas escalam distintos Personagens e Talentos de voz para dar vida a Épico de Aventura

 

De um trio de pequenos irmãos travessos a uma elegante ─ e de certa forma rígida – rainha, sem mencionar os extravagantes lordes, Valente apresenta um elenco de personagens bastante diversificado e um lista de profissionais talentosos que emprestam sua voz a eles.

 

 

MÉRIDA – Passional e impetuosa, Mérida é uma adolescente teimosa de descendência nobre que luta para ter o controle de seu próprio destino. Ela se sente mais à vontade ao ar livre, aperfeiçoando suas impressionantes habilidades de arqueira e espadachim e cavalgando pelos campos das Highlands em seu fiel cavalo, Angus.

Mérida também tem um lado doce, especialmente quando se trata de seus irmãos trigêmeos. Como filha do rei e da rainha, sua vida é cheia de responsabilidade e expectativas, o que a faz ansiar por preservar sua liberdade e independência. Quando Mérida ousadamente desafia uma antiga tradição, as consequências de suas ações se tornam desastrosas para o reino. Ela precisa correr contra o tempo para corrigir o resultado de seu comportamento impensado, sua jornada a força a olhar para dentro de si mesma para descobrir o significado de valentia e revelar seu verdadeiro destino.

Os artistas do Estúdio Pixar Animation levaram os fortes passatempos de Mérida em consideração quando criaram o visual da personagem. “Nós sabíamos que Mérida precisava de força na parte superior do corpo para puxar seu arco para trás”, diz Steve Pilcher, desenhista de produção. “Nós queríamos sentir sua força. Ela é uma arqueira habilidosa, não é uma menina comum. Ela tem uma grande força e nós queríamos que isso ficasse visível.”

E assim como a força de Mérida é vista em seu físico, seu espírito vibrante fica evidente em seus cabelos.

“O cabelo de Mérida é selvagem e vivo, e ele se torna um personagem por si só. Eu acho que ele se encaixa nela muito bem porque é indomável, assim como ela. Sua mãe está constantemente tentando penteá-lo e colocar uma touca na cabeça dela, e ela não quer nada disso.”

~ Kelly Macdonald, a voz de Mérida

Do mesmo modo, o guarda-roupa de Mérida demonstra a dissonância entre mãe e filha. Os artistas criaram um visual informal para Mérida que permitisse que ela montasse confortavelmente em seu cavalo e praticasse arco e flecha. Em contraste, seu traje formal precisava ser apertado para ilustrar o confinamento da vida que Elinor espera que ela adote. Tia Kratter, diretora de arte de sombreamento e tonalidade, adotou uma abordagem definitiva para o visual real de Mérida. “Eu fui direto à loja de tecidos e procurei tecidos que Mérida odiaria sendo uma atleta ─ tecidos que fossem brilhantes, de cetim e que limitavam seus movimentos.”

Macdonald, por sua vez, gostou do fato de Mérida ser uma personagem com força e de opinião. “ Mérida não é a heroína típica”, diz ela, que segue dizendo: “Eu tenho muito orgulho de fazer a voz da primeira protagonista feminina da Pixar”.

A animação mexe com diferentes músculos no desempenho, porque tudo parte da sua voz”, continua Macdonald. “Eu sou a rainha da sutileza quando estou trabalhando, mas não se pode contar com nenhum movimento facial, então é muito difícil para mim. Mérida foi um personagem muito divertido de interpretar e sua voz não é muito diferente da minha. Eu amplifiquei o lado adolescente que nunca saiu da minha vida ─ eu só tinha que fingir que minha mãe estava no mesmo ambiente. Nada mexe mais com você do que seus pais.”

O diretor Mark Andrews viu uma ótima ligação entre Macdonald e Mérida. “Kelly é muito viva e vibrante e tem muito charme, inteligência e peculiaridades, o que funciona perfeitamente para Mérida. A personagem é engraçada e desajeitada e é capaz de rir de si mesma, mas tem uma ansiedade escocesa adolescente. Kelly Macdonald é a alma da personagem e torna Merida realmente atraente.”

Macdonald certamente compartilha o amor de Mérida por sua terra natal. “Isso pode soar meio tendencioso, mas a Escócia é o país mais bonito do mundo”, conclui a atriz. “Os cineastas conseguiram captar até o menor detalhe ─ os cenários são exuberantes e verdejantes, fazem você ter saudades de casa.”

 

 

RAINHA ELINOR – Uma imagem de graça, sabedoria e força de caráter, a Rainha Elinor é determinadamente dedicada ao bem-estar de sua família e do reino. Como um contraponto diplomático a seu marido, mais impulsivo, o Rei Fergus, Elinor carrega o peso do reino sob os ombros com o objetivo de manter a frágil paz entre os voláteis clãs. Elinor se esforça para incutir em Merida conhecimento e boas-maneiras nobres, esperando total comprometimento com os padrões de Elinor. Mas sua visão do futuro da filha está em jogo com o espírito rebelde e o desejo de trilhar o próprio caminho de Merida, que acaba fazendo Elinor enfrentar consequências terríveis.

Elinor é bonita, mas está sob grande pressão”, diz Pilcher, “o que é difícil de mostrar visualmente. Nós acrescentamos um pouco de cabelo branco para realmente mostrar seu passado ─ esta mulher passou por muito estresse na vida, a rebeldia da filha é só a ponta do iceberg. Essa história não contada e uma certa imperfeição tornam Elinor ainda mais interessante.”

De acordo com Pilcher, a equipe de desenho estudou quadros de Lady Macbeth, entre outras heroínas trágicas, incorporando os trajes pesados e tecidos volumosos que observou para ilustrar o peso que Elinor carrega. A atriz Emma Thompson, que faz a voz da rainha, diz que é essa atenção aos detalhes e a intensa pesquisa que fazem da Pixar um sucesso. “Eu fiquei muito feliz de ter sido convidada para trabalhar para a Pixar, porque seus filmes são trabalhos geniais e possuem uma arte extraordinária”, diz ela. “E o que realmente me fez querer fazer Valente ainda mais do que minha adoração pelo trabalho da Pixar foi o fato de ele ser ambientado na Escócia. Eu sou metade escocesa, e moro lá por três ou quatro meses por ano. A Escócia para mim é a terra da liberdade, a terra dos valentes. A paisagem escocesa é épica e traz emoções épicas.”

A Escócia é realmente um personagem no filme”, continua Thompson. “Os cineastas não se limitaram apenas a olhar em um livro. Eles foram até lá e passaram um tempo na Escócia procurando diferentes paisagens, remetendo as paisagens à história. Há uma conexão real com o campo – eles adoraram como todo mundo, porque é o país mais bonito do mundo.”

Thompson também teve uma afinidade com sua personagem. “A Rainha Elinor é uma personagem que eu gosto muito porque por um lado ela é bastante impetuosa ─ a personalidade vibrante de Mérida não foi herdada só do pai, mas também da mãe ─, mas Elinor conseguiu colocar isso numa caixa quando ela era jovem e guardar bem fechado. As duas têm que descobrir que aspectos elas aceitam uma da outra, seja os aspectos que já possuem ou os que devem possuir.”

Andrews diz que Thompson capturou a essência de Elinor. “Emma é nobre no mundo da atuação e sabe exatamente o que Elinor precisava ser. Ela é régia, nobre e majestosa, mas ao mesmo tempo consegue ser divertida e engraçada. Ela pode estar muito séria e teatral num momento ─ e, de repente, contar uma piada. É exatamente isso que nossa rainha é. Emma confere a Elinor a dose certa de emoção, realidade e humor.”

Os animadores muitas vezes usavam as cenas de vídeo da gravação das falas dos atores como referência e, às vezes, inseriam gestos sutis, expressões e maneirismos ao desempenho físico do personagem. Thompson conseguiu ver um pouco de si mesma em Elinor. “Eu adoro o modo como eles fizeram minhas sobrancelhas na personagem. Minhas sobrancelhas estão sempre no formato ligeiramente de questionamento, de preocupação, e eles conseguiram mostrar isso corretamente.”

Thompson acrescenta: “Valente tem muita emoção, é eletrizante, cheio de aventuras e muito engraçado em várias partes, porém emocionalmente enraizado na realidade. O equilíbrio da história e o modo como ela se desenrola emocionalmente é a cara da Pixar; é verdadeiro e belo. Ela tem tudo que eu poderia querer numa história, incluindo magia suficiente para causar confusão”.

 

 

REI FERGUS – O Rei Fergus é um guerreiro heroico com uma capa majestosa de urso, uma grande bainha para espada e uma perna de pau ─ resultado do confronto com o demoníaco urso Mor’du. Sua vingança contra a fera que tirou sua perna faz de Fergus um feroz e determinado caçador de ursos, o que fica evidenciado por sua casa cheia de troféus de todos os tamanhos.

De acordo com Pilcher, os cineastas decidiram logo no início que Fergus deveria ser grande, forte e um pouco explosivo. “Seu símbolo é a espada”, diz Pilcher. “Ela representa agressão e defesa. Eles estão vivendo um período de paz, mas seu mundo é muito volátil, então Fergus está sempre pronto para entrar em ação.”

Mostrado em sua cara de menino e por suas expressões joviais, o rei tem um lado suave também. Protetor do reino e da família, o orgulho de Fergus por sua primogênita Mérida é inigualável, e ele transmitiu a ela suas grandes habilidades e paixões pela espada e pelo arco e flecha.

Valentia é uma parte essencial da vida de todos”, diz Billy Connolly, que faz a voz de Fergus. “Pode significar enfrentar algo que você morre de medo e não demonstra. Ser comediante pode significar ser valente – só de subir num palco na frente de uma multidão e fazer algo que é apavorante para você.”

A diretora Brenda Chapman soube desde o início que Connolly poderia assumir o papel de Fergus. “Billy Connolly foi minha primeira escolha para o papel do Rei Fergus”, diz ela. “Ele é hilário; eu morro de rir com ele. Eu queria que Fergus fosse exagerado, quando ele fala, tudo soa muito incrédulo. Eu simplesmente não conseguia pensar em ninguém mais que tivesse tanta energia.”

Andrews acrescenta: “Billy é exatamente como Fergus no que se refere ao fato de ele ser um comediante extrovertido, que é rápido como um chicote, tem muita perspicácia e só quer contar histórias o tempo todo. As sessões de gravação eram uma confusão, como a vida imitando a arte, nós fazíamos intervalos para ouvir as incríveis histórias de Billy. Era simplesmente hilariante.”

Connolly pode ter sido uma combinação perfeita para Fergus, mas o ator e comediante achou o papel desafiante. “Foi muito divertido fazer a voz de Fergus”, afirma ele, “mas de certa forma foi uma das coisas mais difíceis que já me pediram para fazer. O rei é um bom guerreiro, ele é um bom arqueiro. Ele é um cara enorme, como uma montanha, mas na verdade é bem gentil e carinhoso. Eu gosto disso nele.”

Mas foi a história da família que mais atraiu Connolly. “O que eu achei mais interessante foi que há grandes verdades familiares no centro do filme. Embora eles sejam da realeza, eles ainda passam por essa situação mãe, pai e filha, e são pessoas de diferentes gerações vendo coisas de diferentes maneiras. É muito parecido com o meu relacionamento com minhas filhas. Pais e filhas tendem a se relacionar de modo elegante, mas há uma grande cegueira que acontece com os pais quando lidam com suas filhas.”

 

 

OS LORDES

Os três lordes do reino ─ Dingwall, Macintosh e MacGuffin ─ são indisciplinados líderes superprotetores de seus respectivos clãs. Outrora facções oponentes, eles foram unidos sob a espada do Rei Fergus e mantidos unidos pela diplomacia e sabedoria política da Rainha Elinor. Os clãs são convocados para o Castelo DunBroch para competir nos Jogos Highland, mas os lordes logo se sentem ultrajados quando Merida desafia uma tradição sagrada. Os clãs se voltam para seu passado de lutas, o que ameaça a frágil paz de todo o reino.

 

 

LORDE MACGUFFIN E JOVEM MACGUFFIN – O imponente Lorde MacGuffin é cheio de músculos e dignidade. Embora seja um homem de poucas palavras, sua voz profunda ressoa pela terra, exigindo respeito e contribuindo com sua reputação como o lorde mais imparcial e sensato do reino. Mesmo assim, como seus conterrâneos lordes, MacGuffin não se opõe a uma boa briga ou a uma boa gargalhada.

Falando um dialeto incomum que é incompreensível para a maioria, o jovem MacGuffin é um rapaz tímido de grandes proporções. Ser o centro das atenções não é o forte dele, mas ele não hesitará em entrar numa briga ao lado do pai e do clã quando a ocasião surgir.

Eu interpreto dois personagens no filme – o Lorde MacGuffin e o Jovem MacGuffin”, diz o ator Kevin McKidd. “O Lorde MacGuffin é um cara grandão com uma barba grande e sobrancelhas peludas, parecidas com as minhas. Ele é justo e honesto, mas ele quer muito que seu filho ganhe a mão de Merida. O Jovem MacGuffin é o mais inocente dos três pretendentes e tem um sotaque que ninguém compreende. Eu cresci numa região da Escócia próxima a Inverness, lá no alto nas Highlands, onde falam um dialeto que meu avô falava, e que algumas pessoas ainda falam hoje em dia. Chama-se Doric, e é bem impossível de compreender. Os diretores decidiram usá-lo, eu sinto muito orgulho de o dialeto da minha região vir a ser difundido em todo o mundo.”

Também pai, McKidd logo entendeu o tema central do filme. “Eu tenho uma filha e um filho, há caminhos que eu gostaria que eles seguissem, mas no final das contas, eles terão que tomar suas próprias decisões e trilhar seus próprios caminhos. Eles têm que cometer os próprios erros. Nós podemos ajudar, mas eu acho que assim que os pais tentam assumir o controle, as coisas tendem a dar errado. Eu acho que é por isso que o tema desta história é tão identificável para a maioria das famílias.”

Para mim, ser valente significa seguir seu próprio caminho e não seguir o caminho dos outros”, continua McKidd, “mesmo quando você sabe que pode não ser o caminho mais fácil. Se você sente paixão suficiente por algo, ter a coragem de seguir esse caminho é a verdadeira valentia.”

 

 

LORDE DINGWALL E PEQUENO DINGWALL – Rabugento e de pavio curto, o briguento Lorde Dingwall resolve todos os problemas com murros, apesar de sua pequena estatura. Sempre pronto para entrar numa briga ou numa discussão acalorada, ele não tem escrúpulos de enfrentar mesmo o mais forte adversário para afirmar sua própria posição no reino.

Dingwall é o mais baixo, o mais velho e o mais frágil dos lordes, mas à sua época ele foi muito temido”, diz Andrews. “Ele é como um velho intratável que se senta na varanda e grita com os filhos dos vizinhos: ‘saiam do meu gramado!’ Esse é o Dingwall. O Pequeno Dingwall é seu filho ingênuo e esquisito.”

Desengonçado e sempre distraído, o Pequeno Dingwall demonstra uma vontade que sobrepõe sua herdada pequena estatura, embora seu pai orgulhosamente use seu filho único como um cão de ataque quando a situação exige.

Robbie Coltrane, mais conhecido pelos fãs de Harry Potter pelo papel de Hagrid na série de filmes campeões de bilheteria, é ouvido como a voz do Lorde Dingwall. “Os chefes dos clãs são incrivelmente engraçados porque eles são velhos rabugentos mal-humorados”, diz Coltrane. “O Lorde Dingwall acha que seu filho é o maior de todos e deve ganhar a mão de Merida. Ele é um rapazinho franzino de aparência estranha, mas ele se orgulha dele assim mesmo. O Lorde Dingwall imagina ter criado um guerreiro maravilhoso, mas quando você o vê, ele é uma coisinha magrinha. É muito engraçado.

Coltrane acha o título do filme estimulante. “Para mim, ser valente significa superar seus medos. Um soldado muito famoso disse uma vez que um homem que não tem medo não é um homem valente. Um homem é valente se ele tem medo, mas o supera por uma causa melhor.”

 

 

LORDE MACINTOSH E JOVEM MACINTOSH – O nervoso, indignado e desequilibrado líder de seu clã, o Lorde Macintosh está sempre à beira de um ataque histérico. Seu sorriso selvagem e aparência feroz, o corpo coberto com tinta azul como se estivesse pronto para guerra e o peito orgulhosamente estufado, proclamam que ele está pronto para batalha a qualquer momento, embora seu latido possa ser pior que sua mordida.

Como primogênito de um lorde, o Jovem Macintosh sabe que tem tudo: físico atlético, charme inegável e longos e fluidos cachos, que deixam as moçoilas suspirando quando ele passa. Mas vaidade e as legiões de fãs também podem ser uma distração quando se trata de ter vantagem nos Jogos Highland.

Craig Ferguson faz a voz do Lorde Macintosh. “Ele é rabugento, mal-humorado e teimoso, mas é um sujeito bom”, diz Ferguson sobre seu personagem. “Ele é mais magro que eu, tem cabelos mais longos e suas tatuagens são mais vibrantes. Eu gosto de pensar que eu tenho a mente um pouquinho mais aberta do que meu personagem.”

Ferguson foi fã do processo de animação. “Eu adoro fazer animação porque você não precisa se vestir e não é limitado por sua própria forma física. Eu posso interpretar um lorde escocês usando qualquer roupa.”

Valente é uma grande aventura para todos os públicos porque tem temas universais, bela animação, interpretações fantásticas e gaitas de fole”, continua Ferguson. “E se tem gaitas de fole, eu estou dentro. Ser convidado para fazer um filme da Pixar é equivalente a uma Royal Command Performance na Grã-Bretanha. Você sabe que o filme vai ser bom. Eu tenho filhos. Eu assisti a Ratatouille mais vezes do que os caras que fizeram a animação do filme.”

 

 

OS TRIGÊMEOS – Os trigêmeos idênticos Harris, Hubert e Hamish são ruivinhos adoráveis e estão sempre prontos para aprontar, especialmente se houver doces em jogo. Eles se comunicam sem palavras, com sorrisos marotos, olhares sutis e risadas travessas. Este trio bagunceiro gosta particularmente de se esconder nas passagens secretas do castelo, aparecer misteriosamente das paredes e pregar peças em todos, especialmente no pai, o Rei Fergus. Eles têm uma ligação extraespecial com a irmã mais velha, Mérida, que é uma das poucas pessoas que conseguem diferenciá-los.

O diretor Mark Andrews diz que os cineastas usaram os trigêmeos para alguns dos momentos mais leves do filme. “Ele correm pelo castelo, causam todo tipo de confusão e se metem em problemas. São um constante tormento para sua babá, roubam todos os bolinhos e tortas, e fogem por alguma passagem ou fenda do castelo.”

 

 

A FEITICEIRA – Bem no fundo da floresta nas Highlands, uma casa decrépita e escura é o lar da Entalhes Entalhados. Esta excêntrica e enrugada senhora de aparência inofensiva especializou-se em entalhes de figuras de ursos, estatuetas e curiosidades. Mas há algo mais na reclusa misteriosa. Quando Mérida vê além do disfarce e a revela como a Feiticeira que ela realmente é, Mérida implora por uma solução mágica para seus problemas. A Feiticeira acaba dando a Mérida um feitiço com um lado obscuro, que põe o destino de Merida em jogo.

Julie Walters foi escolhida para a voz da Feiticeira. “Ela é uma mulher bem enrugada com enormes olhos esbugalhados. Ele tem uns mil anos e usou muitos cremes faciais ao longo dos anos. Para uma Feiticeira, ela é habilidosa, engraçada e muito maluca ─ não exatamente o que você imagina. Para uma mulher tão pequena, há muita coisa acontecendo, então há muita oportunidade de improviso e diversão.”

O desenhista de produção Steve Pilcher explica que uma variedade de nuances mágicas foram incorporadas ao guarda-roupa da Feiticeira. “Temos pedras de runa costuradas em seu traje para representar a superstição que a cerca. Da mesma forma, seus brincos têm um osso, um círculo e uma espiral celta. Tudo se relaciona à época, complementa-se e harmoniza-se de forma tal que parece incidental, mas exige muita ponderação, pesquisa e planejamento.”

 

 

ANGUS – Angus é o forte cavalo Clydesdale de Merida e seu mais leal confidente. Negro como a noite, com focinho e patas brancas como marfim, Angus, assim como Mérida, escapa da vida no castelo para dentro da floresta e para as Highlands. Mérida acerta alvos montada em suas costas e é capaz de convencê-lo a viver uma aventura atrás da outra. Angus pode ser obstinado, teimoso e às vezes um pouco tímido, mas é um amigo muito dedicado de Mérida.

A diretora de arte de sombreamento e tonalidade Tia Kratter e sua equipe passaram várias horas fazendo experiências com lama, copiando os tipos de borrifos que podem acontecer quando Angus galopa pelas florestas. E enquanto o vestido de Merida acabou recebendo um visual autêntico da influência da natureza, Angus secretamente escapou do tratamento. “Ele é um cavalo muito bonito”, diz Kratter. “Para ser sincera, não há lama em suas patas, nós não colocamos.”

 

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".