Antes de dar a vocês as boas vindas ao penúltimo episódio do nosso especial, já vou perguntando: Jogaram pelo menos o “Castle of Illusion” e “Land of Illusion”? Olha, eu espero que sim, viu.?! São obrigatórios para quem já pertence a esse mundo do entretenimento eletrônico e principalmente para os que estão ingressando recentemente. Levando em consideração que tivemos um mês de abril lotado de feriados, não aceito desculpas para uma resposta negativa, hein?
Ah, muito bem então. Olááááá, meus queridos Camundongos! Passaram bem desde o nosso último encontro? Comeram muito chocolate na Páscoa? Descansaram bastante? Então se preparem para engrandecer ainda mais a nossa carga Disney nos consoles de mesa.
Ao longo dos episódios I, II e III, vimos 9 dos maiores jogos Disney de todos os tempos. Clássicos que sobreviveram a gerações e que, até então, são lembrados com tanto carinho pelo público. Hoje iremos revirar o que ficou de fora do nosso top, pérolas que precisam ser lembradas antes de entregarmos o grande troféu de ouro do “Melhores Games do Mundo Disney”.
Como sei que nem todo mundo que frequenta o O Camundongo é familiarizado com o assunto, darei uma breve explicação a respeito das gerações por onde continuaremos caminhando. Isso vai servir também para quem ficou um pouco confuso durante a nossa rota até aqui. Um detalhe, como nosso foco não é o mundo gamer em geral, vou pincelar apenas as estações que foram e ainda serão usadas na matéria.
Também chamada de “Big N” e fundada no Japão, a criadora de Mario traz vários consoles que, entre críticas e elogios, participam da história dos jogos eletrônicos. Em 1983, conhecido no reino nipônico como Famicom, era lançado o NES (ou Nintendinho) que abria os trabalhos da empresa na geração 8 bits. No começo da década de 90, o gigante chamado Super Nintendo (SNES e Super Famicom) deu início a um incrível reinado pela era 16 bits.
Em 1996, pulando dos 32 bits diretamente para os 64, era lançado o Nintendo 64 (N64), concorrente direto do tão amado Playstation. Com o Game Cube, seu console de 128 bits que fora lançado 5 anos depois, a empresa começou a perder uma boa parcela no mercado, afinal não era fácil concorrer com o que a Sony proporcionou com o Playstation 2.
Alguns anos se passaram e, em 2006, a Nintendo lançava seu divisor de águas, o console que trouxe uma tendência nova ao mercado, com seus sensores de movimento, e expulsava muitos de seus seguidores da plataforma, o Wii, seu console de 7ª geração. Nos dias de hoje a “Big N” continua no mercado com o Wii U que, lançado em 2012, traz ainda mais inovação em cima de seu antecessor.
A fama da Nintendo não se dá apenas aos consoles de mesa, mas também aos portáteis. A começar pelo Game Boy e suas muitas evoluções, a gigante do entretenimento trouxe aos gamers seus tão famosos Game Boy Advance (2001), Nintendo DS (2004) e Nintendo 3DS (2011), este último sendo o atual no mercado.
A empresa japonesa que deu vida ao Sonic criou 2 consoles importantes na era vintage dos games. O Master System que, lançado em 1985, deixou sua marca na era 8 bits e sua evolução, o Mega Drive, também chamado de Genesis, fez bonito na geração 16 bits.
Algumas pessoas acabam confundindo um pouco a SEGA com a Tec Toy, afinal, era esta segunda quem produzia seus produtos aqui no nosso país. A maior concorrente da “Big N” durante a geração 8 e 16 bits, se manteve no mercado dos consoles até 2001, quando aposentou o Dreamcast, seu console de 6º geração, e passou a desenvolver jogos para outras plataformas.
A atual maioral no mundo dos games dispensa apresentações. Dando início aos seus trabalhos em 1994 com o console que viria a tirar a coroa da Nintendo, a Sony lançava o início de seu reinado com seu Playstation. Em 2000 seu sucesso só se tornou maior com o Playstation 2, que além de sugar uma infinidade de seguidores ao redor do mundo, é simplesmente o video game mais vendido de todos os tempos.
Com o BOOM dos consoles de 2006, a Sony lança o Playstation 3 que teve a árdua missão de concorrer com o console de maior sucesso da Microsoft, o Xbox 360, era o início da maior flamewar da história dos games. Depois de um período de árdua disputa, em 2013, a empresa lança o Playstation 4, console que é, atualmente, o líder do mercado.
Iniciando sua carreira no mundo dos games, a única ocidental na disputa e já famosa por ser a criadora do Windows, a Microsoft lançava, em 2001, seu primeiro console, o Xbox. A empresa conseguiu uma boa parcela de fãs, mas sua obra prima só veio em 2005 com o lançamento do Xbox 360, concorrente direto do Playstation 3.
Em meados de 2010 era lançado o Kinect, um acessório que captava o movimento dos jogadores e dava uma segunda vida para a plataforma. Foram grandes as críticas dos gamers mais hardcores, e daí para frente muitos migraram para a concorrência. A pouco tempo, em 2013, a Microsoft lançou o Xbox One que, junto ao Playstation 4 e ao Wii U, assumem o mercado atual de consoles de mesa.
Bem, acho que agora chega de falar dos video games, né? Bora para o assunto que interessa, os jogos da Disney. São muitos os que ficaram de fora, além dos mencionados por vocês nos comentários, existem outros que devem ser mencionados. O espaço é pequeno para tudo que pretendo e quero lhes apresentar, então terei que ser bem breve em alguns casos para poder dar ênfase a outros. Não posso transformar isso aqui em uma monografia de faculdade, concordam?
Passando pelas 9 franquias de sucesso que já foram apresentadas até o momento, já da para perceber que todas pertencem a uma geração clássica que perdeu sua força a muitos anos. Anos esses que deram lugar a novas tendências, novos gráficos e formas bem diferentes de se jogar. Vamos então dar início à “busca pelos que não foram”, nos consoles de 8 e 16 bits que foi onde a real magia nasceu e criou um um histórico que até hoje nos encanta.
Os grandes representantes da Disney no Master System e Nintendinho já tiveram sua estrela brilhando no nosso especial, mas infelizmente duas aventuras protagonizadas pelo Pato Donald ficaram de fora. “The Lucky Dime Caper” e “Deep Duck Trouble Starring Donald Duck”, lançados na década de 90 para o 8 bits da SEGA, são indispensáveis para qualquer amante ou ingressante no mundo dos games. Na opinião de alguns, é tão bom ou até melhor que o tão aclamado “Quackshot”.
Outro que também teve um episódio que ficou de fora, foi o Mickey. Com sua arte milagrosa para consoles de 16 bits, “Mickey Mania: The Timeless Adventures of Mickey Mouse” era lançado em 1994 para Mega Drive e Super Nintendo. Apesar de ter uma jogabilidade aquém dos outros grandes clássicos protagonizados pelo personagem, havia um capricho muito superior aqui. A sensação é de que todo o potencial dos consoles eram gastos para processar as lindas imagens que eram passadas para a TV. Visto em alguns Tops feitos pela mídia especializada, o game trás uma viagem do mascote da Disney pelos grandes clássicos de sua carreira.
Lembram que no nosso primeiro encontro eu afirmei que os jogos baseados em filmes eram fracos na atualidade? Pois é, no passado as coisas eram bem diferentes. Direto dos cinemas para a ponta dos joysticks, “Ariel The Little Mermaid” e “Pocahontas” dividiam com exclusividade seu espaço no console de 16 bits da SEGA, enquanto “Jungle Book”, e “Pinocchio” possuíam também versões para a concorrência. Foram anos de glória que também trouxeram “Beauty and the Beast” que, como “Aladdin”, tinha uma versão para SNES e outra para Mega Drive com o nome de “Beauty and the Beast: Roar of the Beast”.
Em 1991, Balu e Kiko deram as caras nos consoles de mesa com o excelente “TaleSpin” que, entre suas versões, obteve maior destaque no console da criadora de Sonic. Quatro anos depois, a Pixar estreava no mundo dos games. “Toy Story” ainda é um dos jogos mais lembrados, muitos jogadores o considera uma pérola da geração 16 bits e o melhor vindo de uma animação cinematográfica. Com um motor gráfico diferenciado e muito semelhante ao que a RARE fazia com “Donkey Kong”, a aventura de Woody e Buzz deixou sua marca em ambas as plataformas, fechando nossa geração com chave de ouro.
Hora de entrar na grande era da evolução dos video games, onde aqueles gráficos chapados em 2D dariam lugar a estruturas de cenário em 3D que davam liberdade ao jogador de explorar cada canto presente na tela.
Quem alugava jogos em locadoras não me deixa mentir, as estantes com estojinhos de CD para Playstation parecia a “Caixa-Forte” do Tio Patinhas. Era tanta coisa que ficava até difícil decidir o que levar para passar os finais de semana. E no meio de todas essas opções, lá estava a Disney, presente de forma qualitativa e quantitativa.
Aladdin, Ariel e Simba estavam de volta com jogabilidade renovada em “Aladdin Nasira’s Revenge”, “Disney’s Little Mermaid II: Return to the Sea” e “The Lion King Simba’s Mighty Adventure”. E seguindo a onda de lançamentos nos cinemas, “Lilo & Stitch”, “102 Dalmatians: Puppies to the Rescue” e “Tigger’s Honey Hunt” fizeram bonito na geração 32 bits. Buzz também reapareceu para protagonizar “Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue”, fincando ainda mais as raízes da série no reino do entretenimento eletrônico, rendendo assim “Toy Story Racer” como uma tentativa de pegar carona no sucesso de “Mario Kart”.
A vida de um gamer fã da Disney era farta no Playstation, a Sony lançou um console onde todas as empresas queriam depositar um pouco de suas produções. Basicamente tudo que ia para as telonas, pouco depois depois virava jogo. Mas entre tantos, há três que se destacaram muito. “Tarzan” que com uma jogabilidade e desafio excelentes foi zerado (ou fechado, como dizíamos) inúmeras vezes por muitos aí, “A Bug’s Life” que, fiel ao filme, colocava Flik em um aventura de muita qualidade, e por fim “Hercules”, um game de plataforma e gameplay excepcional que, semelhante ao que tínhamos no Super Nintendo, por muito pouco não entrou no nosso Top 10.
Donald também reapareceu com “Donald Duck: Goin Quackers”, mas infelizmente não teve a mesma qualidade dos seus clássicos de antes. E não foi por falta de tentativa, viu. A Ubisoft, que foi quem o produziu, lançou o jogo para várias plataformas presentes no mercado, inclusive para Playstation 2, Game Cube e o fadado Dreamcast.
Nem todos foram exclusividade da Sony. Além do último citado, “Tarzan”, “A Bug’s Life” e “Toy Story 2: Buzz Lightyear to the Rescue” receberam versões também para Nintendo 64. A RARE, famosa por “Donkey Kong”, resolveu colocar a mão na massa e seguir o sucesso de “Diddy Kong Racing”, era então lançado, em 2000 para N64, “Mickey’s Speedway USA”, mais um game de corrida, como tantos outros, inspirador por “Mario Kart”.
Nessa mesma época já começaram a aparecer os primeiros jogos que usavam o jogador como controle para interagir com a TV. E como a Disney sempre teve presença massiva no mundo dos games, não poderia ficar de fora. “Dance Dance Revolution Disney Mix” para Playstation e “Dance Dance Revolution Disney’s World Dancing Museum” para seu concorrente, eram basicamente arcades de dança domiciliar. Com tapetes possuindo setas que davam o destino dos passos do jogador, o divertimento era garantido.
A SEGA recebeu bem pouco da Disney durante o tempo de atividade de seu último console, se foram quatro jogos, foi muito. Se pensar que nos anos de ouro do Mega Drive e Master System era quem basicamente detinha os direitos de vários personagens, aqui a empresa daria fim à sua atuação no mercado de consoles.
O Playstation 2 seguiu toda a carreira de seu antecessor. Se as estantes de lojas e locadoras tinham dezenas de estojinhos de CDs para o primeiro console, as prateleiras possuíam centenas de DVDs para o que viria a ser o console mais vendido de todos os tempos.
Era uma geração rica mas que acabou não tendo tanto destaque quanto parece. As produções e novas criações começaram a tomar proporções milionárias, evoluindo os jogadores a um nível que não procuravam mais por jogos que envolviam o universo Disney. As crianças eram as maiores consumidoras do que fora sinônimo de qualidade no passado. E como o investimento não chegava a um nível que permitisse a criação de algo grandioso, a qualidade passou a cair.
A Capcom ainda tentou reviver o Mickey no Game Cube com “Disney’s Magical Mirror Starring Mickey Mouse” que misturava puzzle, point and click e aventura, e “Disney’s Hide and Sneak”, um game de plataforma 3D que tem como característica principal, o stealth. Enquanto o primeiro não agradou muita gente, o segundo acabou escorregando no fracasso tirando o camundongo de circulação. Era o fim de uma parceria que representou a era de ouro da Nintendo.
O tempo passou, a nova leva de consoles foi lançada e com isso mais tentativas de sucesso foram surgindo. A Pixar foi, na verdade, quem mais teve presença na geração passada. Era raro sair algo realmente bom, e quando isso acontecia, havia sempre aquela sensação de estarmos jogando trechos de um filme. O capricho era pouco e mesmo quando existia, havia algo infantil no game.
“Wall-E”, “UP” e “Brave” até valem a pena para distração, mas apenas “Toy Story 3” mostrou-se digno de ser recomendado. Com boa jogabilidade, gráficos incríveis e um sistema de missões que, mesmo cansativo, incentiva o desafio, o último episódio da franquia de maior sucesso das animações recebeu bastante elogio das revistas e sites especializados. O jogo foi lançado para Wii, PS3 e X360, mas graficamente falando, este primeiro era muito inferior e por isso consideraremos apenas os dois últimos.
O console da Nintendo, por sua vez, nos trouxe “Alice in Wonderland” e “Tangled”, bons passatempos que acabaram tendo pouca visibilidade. Mas foi em 2010 que a Disney Interactive Studios investiu forte para trazer o seu maior personagem de volta ao estrelato. Desenvolvido pela Junction Point Studios e dirigido por Warren Spector (criador de Deus Ex), “Epic Mickey” ganhara vida. Um game exclusivo para Wii que recebeu diversas críticas durante sua fase de produção.
A primeira das maiores reclamações dos fãs da empresa, vinha da incoerência de se fazer um jogo para uma plataforma de hardware defasado, onde a qualidade das imagens deixaria a desejar. O início da franquia foi conturbado, ter que passar por todas as etapas de criação com milhares de jogadores dizendo que o resultado seria “uma porcaria” ou que “teria gráficos horríveis”, era complicado. Acontece que mesmo sem imagens em alta definição, “Epic Mickey” surpreendeu muita gente.
O enredo começa com um camundongo curioso que, através do espelho, se vê na oficina de Yen Sid. De posse do pincel mágico presente ali, e fazendo a maior bagunça na maquete de um parque sobre a mesa do grande mago, nosso herói foge de volta para seu quarto. Muitos anos depois, já consagrado como carismático e amado pelo mundo, Mickey Mouse é sugado pelo seu erro do passado para uma terra de personagens esquecidos pelo tempo.
Contando com uma narrativa fantástica, o game nos transporta para uma Disneyland steampunk chamada Wasteland, povoada por personagens lá da época do preto e branco como Hortência e Horácio, além de uma vilania composta por Bafo-de-Onça, Mad Doctor e Mancha Negra. Mas a presença mais ilustre, que divide o cargo de protagonista como antagonista, vai para Oswald, o primeiro personagem de Walt Disney que, tomado pelo ciúme, não confia nem um pouco no dono das orelhas mais famosas do mundo.
A mecânica é interessante. Com o pincel de Yen Sid, é possível usar tinta ou solvente para apagar partes do cenário ou fazê-las aparecer. Em um jogo de plataforma 3D que se assemelha muito aos recentes do Mario, essa jogabilidade permite uma dinâmica agradável e desafiadora em puzzles e chefes. A falha aqui vai para a câmera que chega a ser incontrolavelmente insuportável em determinadas passagens.
A reestreia de Mickey tinha tudo para ser a mais grandiosa de sua carreira. Investimento alto, arte de muito bom gosto, história inovadora que fugia completamente o básico do passado, gameplay interessante e uma temática que envolvia um universo nunca utilizado no histórico da empresa nos video games. Só que, mesmo com todas as qualidades possíveis para se ter uma obra perfeita, algo ficou faltando. Uns dizem ser problemas técnicos, enquanto outros afirmam que a receita não foi bem executada, de certa forma ambos os lados tem sua parcela de razão.
O sucesso de “Epic Mickey” rendeu bonecos, HQs, histórias em quadrinhos, livros de arte, acessórios e muita fama. Bem ou mal o marketing deu muito certo, todo jogador e amante do universo Disney conhece este nome épico. Dois anos depois, para Wii U, Playstation 3, VITA e Xbox 360, “Epic Mickey 2: The Power of Two” era lançado. Dessa vez era hora de colocarmos Mickey e ex rival como uma equipe em um jogo cooperativo pelas novas áreas de locais já conhecidos anteriormente.
Também em 2012, para Nintendo 3DS, “Epic Mickey: Power of Illusion” trazia o Camundongo de volta para a terra dos esquecidos a pedido de, seu já amigo, Oswald. O episódio também traz Mizrabel de volta à vida em seu castelo erguido em Wasteland, onde a bruxa aprisionara diversos personagens do universo Disney.
E aqui estava encerrada a carreira de Mickey Mouse como protagonista nos games. Suas sequências não foram mais bem sucedidas que a versão original, as falhas se mantiveram na versão HD enquanto que, no portátil da Nintendo, a versão ficou cansativa e enjoativa. Ainda se espera por algo novo, mas por enquanto não há nada em vista, nem concreto e nem rumores. Para os que querem conhecer a história, existem as HQs que foram lançadas pela Editora Abril e são de fácil acesso. Recomendo, vale a pena!
De uns tempos para cá, infelizmente, não houve títulos de grande relevância. Há algumas diversões interativas impostas pelo Kinect, do Xbox 360, como “Kinect Disneyland Adventures”, “Just Dance: Disney Party” e “Fantasia: Music Evolved”; e o Nintendo 3DS, que também pegou alguma parcela de casuais, com “Disney Magical World”.
Um dos últimos maiores destaques começa com a aparição de “Disney Universe”, um puzzle adventure cooperativo, lançado em 2011 para Playstation 3, Xbox 360 e Wii U. No controle de bichinhos que usam fantasias de personagens clássicos da empresa, passamos fases inspiradas em grandes animações, resolvendo quebra-cabeças e derrotando inimigos. Apesar de ter suas peculiaridades, muitos acham que o título tem forte inspiração no famoso “Little Big Planet” para consoles da Sony, o que não deixa de ser uma verdade.
Por fim, e não menos importante, chegamos na atual fábrica de dinheiro da Disney. Usando o exemplo de “Skylanders” e reunindo todo seu universo em um só jogo, a Disney Interactive Studios lançava, em 2013, o primeiro da franquia “Disney Infinity”.
Aqui não há uma história para seguir. Existe um universo onde o jogador usa seus bonecos para se divertir e executar pequenas missões presentes ali. O grande “quê” do game é construir cenários e se interagir livremente por eles, seja criando objetivos, inimigos, e até mesmo cumprindo-os ou derrotando esses últimos.
A experiência se estende para iOS, PlayStation 3, VITA, PlayStation 4, Wii U, Nintendo 3DS, Microsoft Windows, Xbox 360 e Xbox One, ou seja, todas as plataformas do mercado. E na maioria, disponibilizado gratuitamente. Esforços para o estrelato da série não foram poupados. E dando gancho ao sucesso, um ano depois o seu upgrade era lançado no mercado. Além da Disney e Pixar, “Disney Infinity 2.0” continha também personagens da Marvel.
Vocês devem estar se perguntando sobre o fator que faz o lucro ser alto, né? Pois bem, esses bonecos que citei são comprados à parte, isso mesmo, se você quiser controlar o Baymax, a Elsa, Mike Wazowski ou até mesmo Thor e Spiderman, é preciso comprar o personagem para transportá-lo para dentro da tela. A beleza das miniaturas é inquestionável e até quem não curte jogar tem vontade de tê-los na estante para enfeite. A sede ainda aumenta, pois cada novo longa metragem no cinema ou série de TV já rende um punhado de novas estátuas que criam brilho nos olhos dos fãs, os fazendo desejá-las feito água no deserto.
“Disney Infinity” é apreciado por muitos, mas deixado de lado por tantos outros. Por ser um jogo vazio, sem uma história que envolve a pessoa em frente a tela, é mais bem aceito entre o público casual. É raro vermos um gamer mais hardcore se rendendo às muitas horas de criação ou divertimento da franquia. Contudo, isso não muda o fato da obra ter muito destaque junto a uma legião de seguidores.
Sabem, eu não estou nem acreditando que consegui caminhar por todas essas gerações de consoles sem escorregar. Graças a vocês, leitores, estou criando um desafio diário para mim mesmo. Colocar tudo que sei sobre este elo entre Disney e video games em um especial para “O Camundongo” vem sendo uma árdua e deliciosa tarefa que espero estar sendo degustada com o mesmo carinho por todos que estão aqui lendo.
Algumas criações citadas aqui hoje, permitem aquele processo de ROMs + emuladores, até a geração 16 bits essa tarefa é bem fácil, já expliquei como funciona. Para outros, a partir do Playstation, são um pouco mais enjoados de se fazer funcionar e/ou não existe disponibilidade na rede. A sugestão é para que usufruam de tudo que houver chance. O reino da Disney não é rico apenas nos cinemas, home video, quadrinhos e parques de diversão, a fábrica dos sonhos é mágica também no mundo dos jogos eletrônicos. Posso garantir que ninguém vai se arrepender ao deixar este novo universo invadir a história de todos vocês.
No próximo mês eu volto com a medalha de ouro do “Melhores Games do Mundo Disney“.
Então nos vemos lá, Camundongos!