in

Caminhos da Floresta | Reunindo um elenco inesquecível

into-the-woods-poster-padeiro-esposa-camundongo

Há príncipes no mundo, é verdade. Príncipes, sim, mas lobos e humanos, também…

Stay With Me

Caminhos da Floresta“ é uma narrativa contemporânea de contos de fadas clássicos, e embora a história tenha um número grande de personagens principais, graças ao escopo dos papéis e ao entrelaçamento da narrativa, trata-se realmente da reunião de um grande elenco. Felizmente para os cineastas, havia muitos talentos querendo entrar no projeto.

O produtor Marc Platt, cuja lista de créditos inclui Wicked da Broadway e vários filmes, desde “Legalmente Loira” a “Drive”, explica, “Na verdade, reunir este grupo de atores magnífico e talentoso foi uma tarefa bem fácil, porque todos queriam muito estar no filme. A oportunidade de atuar em ‘Caminhos da Floresta‘, aliada à música de Sondheim e ao livro de Lapine, é uma benção, e quando você acrescenta a oportunidade de trabalhar com Rob Marshall em um musical, foi como um imã para os atores.”

Meryl Streep, que ganhou seu Oscar® mais recente pelo papel de Margaret Thatcher em “A Dama de Ferro”, foi a primeira atriz a entrar no projeto. Streep, que havia negado a participação em papéis similares no passado, mudou de opinião e estrelou em “Caminhos da Floresta” como a Bruxa que quer sua beleza de volta e companhia. Falando sobre o porquê de esta Bruxa ser diferente daquelas que vieram antes, ela explica, “Mudei de ideia quando esse papel apareceu porque essa bruxa é bem diferente. Em primeiro lugar, ela se transforma. A razão de sua existência é reverter um feitiço que foi lançado nela; ela põe em movimento todo tipo de dispositivo e causa uma reviravolta dramática na vida de todos”.

Este é um musical inteligente”, diz ela. “Há uma inteligência por trás, graças a Sondheim e Lapine. É visualmente e emocionalmente gratificante, mas também tem outros elementos que nos envolvem como artistas e nos fazem querer fazer o melhor que podemos.

Caminhos da Floresta

James Corden, cujos créditos incluem o filme “Mesmo Se Nada Der Certo” e “One Man, Two Guvnors”, da Broadway, foi escalado para interpretar o Padeiro, o personagem desesperado para desfazer um feitiço. Ao escalar o papel, Rob Marshall buscava alguém que fosse relativamente desconhecido do público dos Estados Unidos, alguém que pudesse interpretar um homem comum.

James é um ator extraordinário e a abrangência de seu talento é realmente admirável”, diz Marshall. “Ele tem um senso de humor admirável e é ótimo em comédia física, que nós já conhecíamos de seu ótimo trabalho no teatro, mas não tínhamos percebido a incrível profundidade que ele tem como ator…. e ele sabe cantar também.”

Emily Blunt (“A Jovem Victoria”, “O Diabo Veste Prada”), interpreta da Mulher do Padeiro. “Minha personagem quer desesperadamente ter um filho”, diz Blunt. Por causa do feitiço que foi lançado sobre a família, ela deve se aventurar pela floresta para encontrar os itens pedidos pela Bruxa; então, ela se torna uma personagem determinada e tenaz, que está disposta a tudo para conseguir o que quer. Ela continua, “Acabamos vendo-a desmoronar. Ela é uma boa pessoa, mas acaba sendo envolvida pela floresta e seu potencial”.

Em “Caminhos da Floresta“, o papel de Cinderela, que deseja ir ao festival do Rei, é mais moderno, complicado e com defeitos que o famoso personagem que o público conhece. Anna Kendrick, cujos créditos incluem “A Escolha Perfeita” e “Amor Sem Escalas” e que foi escalada como Cinderela, ficou encantada pelo papel porque ela é diferente do estereótipo do conto de fadas. “O que é incrível é que esta história da Cinderela vem diretamente da versão dos Grimm, onde a árvore no túmulo de sua Mãe dá a ela o vestido e os sapatinhos que ela usa no festival”, conta ela, “Então, de alguma maneira, ela tem acesso à magia quando de fato precisa dela”.

Caminhos da Floresta

Kendrick continua, “O que acontece depois que ela se casa com o Príncipe é quando fica interessante: Cinderela começa a encontrar sua voz e rejeita o que achou que desejava, o que também significa admitir que cometeu um erro. Ela não é uma vítima sem culpa; ela tem que entender que desejou tanto algo sem de fato pensar sobre o que ela realmente precisava.”

Ao falar sobre como ele imaginou o papel, Marshall diz, “Eu procurava algo muito específico, que era uma combinação de humor, voz forte e sensibilidade moderna. Em muitos aspectos, Cinderela é a personagem mais complexa da peça porque ela não consegue tomar uma decisão, está sempre vacilante sobre o que quer, e Anna mostrou muita vulnerabilidade e profundidade, e foi impressionante”.

Para o papel do Príncipe da Cinderela, que deseja encontrar uma noiva, foi escalado Chris Pine. O ator, que talvez seja mais conhecido do público como o Capitão James T. Kirk de “Star Trek”, descreve seu personagem dizendo, “O Príncipe é um daqueles personagens que todos nós achamos que conhecemos, mas na verdade não sabemos muito sobre ele.” E continua: “Uma das minhas falas favoritas do roteiro é quando Cinderela diz a ele que ele precisa melhorar e ser um bom rei e ele responde, ‘Eu fui criado para ser encantador, não sincero’, o que basicamente resume quem ele é”.

Quando James Lapine escreveu o papel, ele pretendia que o Príncipe fosse um personagem comum de fábula. “Ele foi criado para ser Príncipe, e isso é tudo que ele sabe… vulnerabilidade não faz parte de sua natureza porque ele está muito habituado a ter tudo que quer”, explica Lapine. “Então, ao ser rejeitado, ele mostra sua vulnerabilidade e o leva de personagem de conto de fadas para um mais humano.

Caminhos da Floresta

Quando Pine veio pela primeira vez fazer a leitura para o papel, Marshall não tinha ideia de sua abrangência como ator. “Eu não sabia que ele cantava, nem que era engraçado, eu não sabia nada disso”, diz ele. “Eu só sabia que ele era um ator maravilhoso, extremamente inteligente e um homem muito bonito. E logo soube que ele era capaz de fazer tudo isso, e mais.

Kendrick ficou positivamente surpresa ao constatar que Pine era bom comediante. “Ele é encantador e bonito, mas eu adoro porque ele interpreta o Príncipe com um humor inteligente,” diz ela. “Ele pode ficar meio sem rumo quando as coisas saem dos eixos, mas logo retoma o tom de voz afetado do Príncipe e seus maneirismos, e é muito engraçado“.

Quando chegou a hora de escalar os papéis de João e Chapeuzinho Vermelho, era importante para Marshall que os dois papéis fossem feitos por crianças (ao contrário do palco em que eram interpretados como mais velhos), já que a história fala muito sobre pais e filhos. Daniel Huttlestone, que encantou o público como Gavroche no musical ganhador do prêmio da Academia® “Os Miseráveis”, foi escalado como João, o menino despreocupado que adora aventuras.

Ao falar sobre sua decisão para a escolha, Marshall diz, “Daniel tinha 13 anos quando veio fazer o teste e cantou ‘Giants in the Sky’ em um tom alto já que sua voz ainda não tinha mudado, e foi muito bonito e nos desarmou”.

Caminhos da Floresta

Tracey Ullman, a célebre artista multimídia que estrelou filmes de sucesso como “Plenty – O Mundo de uma Mulher” e “Tiros na Broadway” e que assumiu o papel da pobre e desesperada Mãe do João que sonha viver longe da pobreza, ficou igualmente empolgada com Huttlestone. Ela explica, “Apesar da idade, Daniel tem uma forte ética de trabalho e uma compreensão muito madura do que está fazendo, e isso é um privilégio”.

A outra integrante jovem do elenco, Lilla Crawford, de 12 anos, que atuou anteriormente em “Annie” na Broadway, estreia no cinema no papel de Chapeuzinho Vermelho. A atriz foi escolhida depois de uma busca nacional. Marshall diz, “John DeLuca e eu tínhamos visto Lilla na produção de Annie de James Lapine, e ela estava fantástica. Não acreditávamos que alguém tão jovem conseguiria fazer aquilo, mas ela foi uma extraordinária cantora, atriz e comediante e esteve muito além de sua idade, que é exatamente o que Chapeuzinho Vermelho deveria ser”.

Chapeuzinho Vermelho é uma menininha ingênua e que usa um capuz vermelho, que eu acredito que represente sua passagem para o mundo adulto. Até aparecer o Lobo, ela acredita que tudo e todos são bons em sua vida e acha que pode confiar em todo mundo”, diz Lapine. “Aí ela passa por um doloroso momento de aprendizagem, em que não pode confiar em todos, o que é uma coisa difícil de ensinar às crianças e meio que triste de ensinar: que elas precisam ter cuidado.”

Quando Marshall contatou Johnny Depp (“Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet Street”, “Alice no País das Maravilhas“) e falou sobre o personagem predatório do Lobo, o ator logo aceitou. Tendo trabalho com Marshall em “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas“, Depp tem a mesma sensibilidade com o diretor, e diz, “Eu filmaria o catálogo telefônico com Rob se ele me pedisse. Ele é o máximo“.

Caminhos da Floresta

Ao falar sobre o personagem do Lobo, Lapine diz, “O Lobo é a criatura feroz na narrativa. Ele é a presença animalesca e não vigiada, extraordinariamente interpretada por Johnny Depp, que nós também vemos como sedutora. É a sedução pelo desconhecido”.

Para Christine Baranski, que já trabalhou com Sondheim (“Sweeney Todd” no Kennedy Center e uma apresentação em concerto de “A Little Night Music” no Roundabout Theatre Company) e com Marshall (“Chicago”), ela não precisou pensar duas vezes para aceitar o papel da cruel Madrasta de Cinderela.

É muito emocionante que este filme esteja seguindo o estilo musical, porque estamos lidando com um universo de conto de fadas que se presta a visuais fantásticos”, diz Baranski. “Não consigo pensar em ninguém melhor do que Rob Marshall para concebê-lo visualmente, com música e letras magníficas de Sondheim, e atores maravilhosos dando profundidade psicológica aos papéis.”

Para os papéis das irmãs postiças de Cinderela, Florinda e Lucinda, interpretadas por Tammy Blanchard (“Life with Judy Garland: Me and My Shadows”) e Lucy Punch (“Professora Sem Classe”), os cineastas buscavam atrizes que fossem atraentes, mas que também pudessem ser engraçadas e inserir um aspecto obscuro às personagens.

Caminhos da Floresta

MacKenzie Mauzy, que atuou em “Next to Normal”, na Broadway, foi escalada como Rapunzel, a jovem prisioneira que deseja viver o mundo além de sua torre. De acordo com Lapine, “Muitos contos de fadas falam sobre amadurecimento, e Rapunzel representa a adolescente que deseja fugir de casa e ter uma vida própria, longe dos pais”.

Ele continua, “Muitas vezes, os adolescentes que já passaram pela puberdade se sentem prontos… se sentem adultos, embora não sejam, e querem fazer coisas de adultos, então este tema é ainda muito relevante hoje em dia”.

Billy Magnussen (“Vanya and Sonia and Masha and Spike”, da Broadway) é o corajoso e ardente Príncipe da Rapunzel. O irmão caçula do Príncipe da Cinderela, Magnussen, se divertiu muito com o papel e adorou a evolução de seu personagem. “Meu personagem quer ser galante e encantador, mas ele é só meio esquisito – o que é engraçado”, diz. “Mas meu coração está no lugar certo… tudo que ele realmente quer é tirar Rapunzel de sua torre para que eles possam encontrar a felicidade juntos.”

Lapine acrescenta, “Rob Marshall de fato entendeu a importância de reunir um elenco que se entrosasse. Todos na produção estavam muito empolgados de trabalhar com Rob e com este material, e eu acho que isso se vê na tela. Você pode sentir o amor e paixão deles pelo que estão fazendo e também por cada um e pela história que estão contando”.

Elenco comenta “Caminhos da Floresta“:

A adaptação “Caminhos da Floresta” é um toque moderno nos amados contos de fadas dos Irmãos Grimm, entrelaçando as tramas de algumas estórias e explorando as consequências dos desejos e das missões dos personagens. Este musical bem-humorado e sincero segue as clássicas fábulas da Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, João e o Pé de Feijão, Rapunzel e amarra todos juntos através de uma original, a qual envolve um padeiro, sua esposa, o desejo de começar uma família e sua interação com uma bruxa que colocou uma maldição sobre eles.

into-the-woods-poster-rapunzel-camundongo

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".