Nós já comentamos aqui na coluna sobre a nova animação da Disney, Zootopia (2016). O longa teve aclamação da crítica e dos fãs, e dá sequencia a uma série de sucesso nos estúdios: animais falantes. Desde 1949 até hoje, a Disney tem uma longa história com animais antropomórficos.
Porém, pela primeira vez, a audiência pode ver os avanços tecnológicos na forma como estes animais ganham vida nas telas. Nunca antes havia sido possível incluir uma vasta gama de animais de forma tão realista, com os pelos mais vivos do que em qualquer outro filme da Disney. E isso tudo se deve à ferramenta Disney’s XGen, uma das novidades da empresa na questão de animação.
Uma das Supervisoras de Desenvolvimento do filme, Michelle Robinson, explica que não é possível colocar cada fio de pelo manualmente, e mesmo que fosse possível, não seria essa a vontade dos animadores. O sistema XGen permite que, após ser colocado um punhado de pelos das cores necessárias, o resto possa ser adaptado e o personagem seja montado automaticamente.
A animação moderna pede cada vez mais realismo, e Michelle é uma das mulheres que trabalhou no setor técnico da produção de filmes da Walt Disney Animation Studios. Diferente do início da estúdio, onde mulheres era contratadas para fazer a coloração dos desenhos, hoje é muito mais fácil encontrá-las nos setores técnicos como engenharia da computação e arquitetura. A linha entre artes e tecnologia está longe de ser limitada como antigamente, e permite até mesmo que pessoas realizem seus sonhos.
Formada em Ciências da Computação, Kira Lehtomaki usa suas habilidades técnicas aliadas a seu amor por animações e desejo de trabalhar na Disney, e utiliza a criatividade para chegar a conclusões elegantes que funcionem bem e eficientemente. Foi assim que ela se tornou Supervisora de Animação do filme. Ela credita bastante a internet por apresentar uma gama de possibilidades bem maior à equipe técnica.
Diretora Técnica de Zootopia (2016), Heather Pritchett já completa seus vinte anos na empresa. Como ela se lembra, quando entrou na Disney havia muitas mulheres, mas poucas com tanto tempo de casa quanto ela tem agora.
Atualmente, Heather olha a empresa e vê mulheres nas mais diversas áreas, desde trainees até colegas com tanto tempo de trabalho quanto o seu, o que, na visão da diretora, é uma coisa muito importante. Quando as garotas novas entram na empresa, elas podem olhar para Heather e suas colegas mais antigas e se imaginar na empresa após vinte anos trabalhando.
Já a programadora Ying Liu, da equipe de desenvolvimento do XGen, passou por mais desafios ainda. Nascida na China, ela acreditava que trabalhar na Disney era um sonho muito distante, tanto literalmente quanto figurativamente.
Ela é mais uma das mulheres que foi diretamente afetada pela história de Zootopia (2016), e traça paralelos entre sua história pessoal e a da coelhinha Judy Hopps. Seu recado para todas as garotas é: “Siga seu sonho e nunca se sinta intimidada por nada. Qualquer um pode ser qualquer coisa!“
Como podem ver, a história de Zootopia (2016) nos toca não só pela animação brilhante e pelo trabalho magnifico feito em volta do longa, mas também pela mensagem factível e realista de que podemos ser quem quisermos! Então, nunca desistam de seus sonhos, e não deixem ninguém impedir vocês de seguirem em frente. Até a próxima!