O Walt Disney Animation Studios conseguiu mais uma vez! Moana: Um Mar de Aventuras é emocionante, belo e divertido. Tudo que se espera em um filme da casa do Mickey Mouse. Saindo da sessão no dia da estreia é possível dizer que este é o filme do verão brasileiro.
O longa tem tudo pra se conectar conosco nessa época em que as praias são o auge das férias escolares. Boa ideia esperarem Janeiro para a estreia!
Apesar do sucesso de crítica de Zootopia (2016), o lançamento anterior da Disney, o público infantil buscava um personagem pra poder dizer “Eu sou ela!”, e consequentemente querer se fantasiar e exibi-la em roupas e acessórios.
Pra começar, Moana é um filme lindo visualmente. A animação digital, ou computação gráfica, se desenvolve cada vez mais e mostra neste longa que não veio pra brincadeira.
O mar, as ilhas, a mata e principalmente todos os mergulhos da protagonista nos deixam imaginando como seria viver em um paraíso como a ilha de Motunui, a terra natal de Moana. Não pude deixar de pensar como Lilo, de Lilo & Stitch (2002), se esbaldaria por lá.
Diria que os elementos triunfais da animação são a água e o cabelo de Moana, que se movimenta de forma espetacular. Dito isto, a versão em 3D vale a pena pela beleza dos cenários, mas não espere elementos saindo da tela o todo tempo.
Outro ponto interessante do design do filme é que, em algumas cenas, o estilo digital é quebrado, misturando elementos parecidos com pinturas de giz e também neon. O que deixa a história ainda mais colorida e divertida.
Mas o que seria de um filme com visual magnífico sem personagens cativantes? Felizmente, a protagonista não deve nada a outras heroínas do cinema. Reparem que eu disse heroína e não princesa. Esse é um ponto recorrente no filme.
Moana conhece suas limitações, mas é corajosa o suficiente para ir além e ser a grande salvadora de seu povo. Ela é contrariada por seu pai e pela natureza, mas ainda assim se propõe a continuar sua jornada.
Junto de Moana viaja Maui, o semi-deus completamente metido. No início, ele não parece de muita utilidade e incansavelmente tenta impedir Moana de seguir em frente. Mas tal temperamento é explicado em uma história de origem bem interessante.
Os dois são os típicos opostos que, ao se unirem, conseguem enfrentar tudo que vem pela frente. Para completar a equipe de Moana está HeiHei, um galinho que faz todo o cinema rir diversas vezes, mesmo sem dizer uma palavra.
Outra personagem que merece destaque é Tala, a avó de Moana. A anciã é a mentora da protagonista e a guia durante sua jornada sempre injetando ânimo na jovem. Uma das cenas mais emocionantes do filme é entre as duas durante a música “Canção Ancestral“.
Como nossa crítica não contém spoilers, não revelarei muito mais do que isso… Preparem-se para a cena da música “Teu Nome Eu Sei“. Não se espante se neste momento ouvir alguns aplausos na sala de cinema.
Com isso não poderia deixar de ressaltar a ótima trilha sonora do filme. Lin-Manuel Miranda fez um trabalho magnífico costurando todo o longa com letras sensacionais. Sendo assim, indico assistirem também à versão legendada para aproveitarem ainda mais dos jogos de palavras geniais de Lin-Manuel.
Infelizmente, sinto falta de um vilão mais onipresente, daqueles com uma grande trama para parar o herói. Falta esse suspense em Moana. Apesar das diversas tarefas que ela cumpre não temos aquele medo do cara mau estar sempre à espreita pronto pra complicar as coisas.
E a história cai um pouco no molde típico do filme de aventura onde sempre é necessário resgatar um objeto e devolvê-lo para restaurar a ordem. Existem alguns poucos pontos sem nó, mas nada que comprometa a história como um todo.
Como não poderia faltar: há muitos easter-eggs em Moana. Fiquem atentos! E não saiam antes da cena pós-créditos, que faz referência a um grande clássico da Disney!
Sinceramente, não esperava menos dos diretores do filme, Ron Clements e John Musker, que nos trouxeram clássicos como Aladdin (1992) e A Pequena Sereia (1989). Não perca mais tempo e vá além nesta aventura emocionante!