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Viva – A Vida é uma Festa | Entenda o boicote organizado pelos cinemas nacionais

No ano passado, após o anúncio da aquisição das divisões de entretenimento da 20th Century Fox por parte da Disney, especulou-se sobre o lado negativo de apenas uma corporação controlar uma parte tão grande da indústria cinematográfica. Pouco antes de da estreia oficial de Viva – A Vida é Uma Festa no Brasil, a Disney divulgou para os cinemas as condições para que os seus filmes fossem exibidos nos complexos pelo país.

Ao liberar as condições, a Disney alterou o percentual de divisão da bilheteria, historicamente definido em metade para a distribuidora e metade para o exibidor, e demandou um percentual de 52%. O número pode até parecer irrelevante à primeira vista, mas foi o suficiente para que os cinemas independentes ameaçassem boicotar o lançamento do mais novo longa-metragem do Pixar Animation Studios em suas salas.

Em declaração à Folha de São Paulo, o Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas do Estado de São Paulo afirmou que o repasse de 50% é histórico e sua alteração causará sérios problemas no mercado: “Aqui no Brasil somos mais frágeis nas negociações. Para um exibidor menor isso pode representar a sua sobrevivência.”

Segundo Ricardo Difini Leite, sócio da GNC Cinemas e próximo presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras (Feneec), em entrevista ao GLOBO, a proposta de revisão surpreendeu a todos. “O que chegou para a gente é que seria uma decisão vinda da matriz, em caráter irreversível,” explica.

O impacto da alteração, para Difini, é preocupante não apenas pela diminuição do valor recebido, mas por representar um precedente para os próximos filmes, podendo aumentar com os lançamentos de Pantera Negra (15 de Fevereiro de 2018) e Vingadores: Guerra Infinita (26 de Abril de 2018).

Difini conta, ainda, à reportagem que os proprietários de salas realizaram grandes investimentos na aquisição de aparelhos digitais nos últimos anos, estimados entre R$ 200 mil e R$ 250 mil para um projetor em duas dimensões, sendo que o de três pode chegar até quase R$ 400 mil.

Ele argumenta que tal tecnologia reduziu os custos para os distribuidores, que não precisam mais arcar com o transporte de cópias físicas e os cinemas dependem cada vez mais de suas bombonières. Infelizmente, o boicote se mostrou real e, passada a data de estreia, podemos perceber que o lançamento realmente não aconteceu em muitos cinemas pelo país.

Redes internacionais como Cinemark e Cinépolis ficaram de fora, pois possuem acordos globais com a Disney. Contudo, a adesão ao boicote não foi unânime entre os exibidores nacionais, por exemplo, a rede Kinoplex (antigo Grupo Severiano Ribeiro) é uma rede brasileira e realizou o lançamento.

Com o boicote e mais da metade das salas do país sem exibir o filme, as previsões de perda de bilheteria e público ficam de 40% a 50%. Por ora, a Disney afirmou que não se manifestará publicamente sobre o assunto. Muito mais que um assunto de negócios, dinheiro e empresas, fica nossa lamentação pelos fãs da Disney e Pixar que serão impossibilitados de assistir ao emocionante filme.

Esperamos que este situação seja resolvida com urgência e o filme estreie logo em circuito nacional, pois imaginar uma situação dessas em lançamentos do Walt Disney Animation StudiosWalt Disney Studios,  Pixar Animation StudiosLucasfilmMarvel Studios seria um verdadeiro pesadelo para os cinéfilos e para toda a indústria cinematográfica do Brasil.

Clipe: Maior Aventura da Sua Vida

Apesar de a música ter sido banida há gerações em sua família, Miguel (voz do novato Anthony Gonzalez) sonha em se tornar um grande músico como seu ídolo, Ernesto de la Cruz (voz original de Benjamin Bratt). Desesperado para provar o seu talento, Miguel se vê na deslumbrante e pitoresca Terra dos Mortos seguindo uma misteriosa sequência de eventos. Ao longo do caminho ele conhece o trapaceiro encantador Hector (voz original de Gael García Bernal), e juntos eles partem em uma jornada extraordinária para descobrir a verdade por trás da história da família de Miguel.

Escrito por Jonas

O diretor de marketing de O Camundongo iniciou sua aventura virtual com a Disney há mais de seis anos e, desde então, acompanha o crescimento do projeto e se orgulha do que foi e será feito por aqui.