É um dos longas-metragens mais famosos da Disney, contudo a história da princesa que é enfeitiçada com o sono eterno é um clássico que começou há muito, muito, muito tempo.
A malvada e complexa Malévola é uma criação da Disney que apareceu pela primeira vez no famoso filme “A Bela Adormecida” (1959). Porém, embora todos tenham sofrido quando Aurora foi enfeitiçada e suspiraram apaixonadamente quando o príncipe Felipe a salvou com um beijo de amor, esta é uma história que tem sido contada desde o surgimento dos contos de fadas.
A história de “A Bela Adormecida” evoluiu durante aproximadamente quatrocentos anos com diferentes títulos e autores. A origem deste conto pode ser detectada na novela francesa de 1572 “Perceforest”, cujo autor é desconhecido e, mais tarde, na narrativa do novelista italiano Basile, de 1636, chamado “Sol, Lua e Talia”, de uma coleção intitulada “Pentamerón” ou “Conto dos Contos”, conhecida por ser a primeira coleção a ser publicada.
Em 1697, Charles Perrault publicou a versão “A Bela Adormecida na Floresta”, em seu livro “Os Contos da Mamãe Ganso”, onde os irmãos Grimm se inspiraram para escrever a versão que publicaram em 1812, chamada “Little Briar Rose”.
Porém, mesmo que seja fácil encontrar o passado da princesa, é mais difícil estabelecer o fato de Malévola como a mulher que personifica o mal. A história de Basile apresenta a Rainha como uma vilã ciumenta e vingativa, mas que ao contrário de Malévola, estava casada com o Rei e não era um personagem independente que se intromete no destino da família real. Perrault transformou a mulher em uma fada do mal, uma versão mais parecida à da Disney. Inclusive, foi ele quem incluiu no roteiro o belo príncipe, cujo beijo seria a única coisa capaz de salvar Aurora.
Os escritores e animadores do século 20 aproveitaram a tecnologia da época para criar a incrível personagem de Malévola, junto com a atriz Eleanor Audley, para dar forma ao clássico “A Bela Adormecida”, da Disney. Levou dez anos para concluí-lo, a um custo de seis milhões de dólares, o que fez dele o filme mais caro da época para o estúdio.
Malévola é um dos personagens favoritos e icônicos do mundo mágico da Disney, mas não por isso deixa de ser um dos mais temidos e maléficos de todos. Hoje, retorna com mais força do que nunca, para revelar sua história e os motivos que tornaram seu coração puro em uma dura rocha impenetrável no longa-metragem “Malévola”, estrelado por Angelina Jolie.
“Verdade”:
A Disney apresenta “Malévola” — a história não contada da vilã mais icônica do estúdio, do clássico de 1959, “A Bela Adormecida”. Uma bela e ingênua jovem com atordoantes asas negras, Malévola leva uma vida idílica, crescendo em um pacífico reino em uma floresta, até que o dia em que um exército invasor de humanos ameaça a harmonia da região. Malévola surge como a mais feroz protetora da região, mas acaba sendo vítima de uma impiedosa traição — um acontecimento que começa a transformar seu coração outrora repleto de pureza em pedra. Determinada a se vingar, Malévola enfrenta uma batalha épica contra o rei dos humanos e, como consequência, amaldiçoa sua filha recém-nascida, Aurora. Conforme a menina cresce, Malévola percebe que Aurora é a peça essencial para estabelecer a paz no reino — e para a verdadeira felicidade de Malévola também.