Fazer um filme exige o esforço de várias pessoas, é um trabalho em equipe longo e difícil. A pessoa mais importante dessa equipe é o Diretor, quem dá ao filme sua visão pessoal sobre a história que está contando. Por isso, quando o produtor Joe Roth recebeu a tarefa da Disney de levar “Malévola” às telonas, precisou decidir quem seria o diretor adequado para um filme tão importante e, por isso, escolheu Robert Stromberg. Ele conta o motivo:
“Robert tem as três qualidades necessárias para quem vai dirigir pela primeira vez um filme dessa grandeza: primeiro, ele domina sua área, neste caso, as artes visuais (recebeu um Oscar como diretor de arte por “Avatar” e “Alice no País das Maravilhas”). Em segundo, é um ótimo contador de histórias, pois ele se preocupa com a narrativa. E em terceiro, tem um grande coração”.
Foi assim que surgiu a grande oportunidade da vida de Robert Stromberg: dirigir o esperado filme da Disney sobre a origem da vilã mais malévola da história. Robert não se deixou abater pela pressão de dirigir um filme de grande orçamento e com uma atriz tão famosa como Angelina Jolie.
Pelo contrário, encarou o desafio com tranquilidade e confiança. “Eu comecei como artista e passei de um garoto desenhando com seu lápis ao diretor de arte de vários filmes”, diz Robert, “acredito que como artista sempre se está à procura de algo maior para expressar seu trabalho… achei que seria bastante emocionante assumir a responsabilidade de algo bem maior do que qualquer outra que já tivesse feito antes. E aconteceu justamente quando procurava o próximo desafio em minha carreira”.
O produtor Joe Roth acertou em sua escolha, pois desde o primeiro dia de trabalho, Robert mostrou claramente como deveria ser a apresentação visual do filme. “Eu não queria que o filme tivesse apenas um clima de fantasia e surrealismo, queria que Malévola estivesse mais conectada à terra, mais próxima da realidade. Em alguns dos meus filmes anteriores dei mais destaque aos elementos surrealistas, mas em Malévola tomamos outro rumo: começamos da forma mais realista possível e depois entramos no terreno da fantasia. Por isso, acho que é um novo enfoque”.
Robert pesquisou bastante para dar vida à Malévola e encontrou referências por todos os lados, desde pinturas clássicas de artistas dos séculos 17 e 18 até as intensas paisagens pintadas pelos estudantes da Escola do Rio Hudson. Foi assim que buscou inspiração para dar esse toque de realismo ao filme, mas sem renunciar a uma atmosfera de magia.
Robert revela um segredo curioso: “Meu pai costumava me levar às reestreias dos clássicos Disney no cinema. Lembro de ter assistido ‘Pinóquio‘, ‘Branca de Neve e os Sete Anões’, ‘Cinderela‘ e, obviamente, ‘A Bela Adormecida‘. Os filmes da Disney foram uma grande inspiração para que eu me envolvesse no mundo do cinema. Tudo tem a ver com aqueles filmes e com a experiência de tê-los assistido com meu pai. Nem em um milhão de anos eu teria imaginado que um dia iria dirigir a adaptação de um desses clássicos Disney”.
“Legado”:
A Disney apresenta “Malévola” — a história não contada da vilã mais icônica do estúdio, do clássico de 1959, “A Bela Adormecida”. Uma bela e ingênua jovem com atordoantes asas negras, Malévola leva uma vida idílica, crescendo em um pacífico reino em uma floresta, até que o dia em que um exército invasor de humanos ameaça a harmonia da região. Malévola surge como a mais feroz protetora da região, mas acaba sendo vítima de uma impiedosa traição — um acontecimento que começa a transformar seu coração outrora repleto de pureza em pedra. Determinada a se vingar, Malévola enfrenta uma batalha épica contra o rei dos humanos e, como consequência, amaldiçoa sua filha recém-nascida, Aurora. Conforme a menina cresce, Malévola percebe que Aurora é a peça essencial para estabelecer a paz no reino — e para a verdadeira felicidade de Malévola também.