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Caminhos da Floresta | A direção visionária de Rob Marshall

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Não se pode fingir, é preciso ouvir. Não se pode fingir, é preciso pensar…

Finale/Children Will Listen

Desde que “Into the Woods” estreou no palco, iniciou-se uma torcida universal para que um dia a história se tornasse um filme. Mas seria necessário um diretor experiente como Rob Marshall para reunir todos os elementos complexos de fazer um filme musical e para compreender como traduzir a história para a tela. De acordo com James Corden, “Este é um elenco, e a história de cada um dos personagens tem começo, meio e fim. Você está criando um ambiente mágico de fantasia que também é um enorme e glorioso musical, então é preciso um talento especial para mesclar esses dois mundos.”

Embora a lista de créditos de Marshall como diretor inclua os filmes “Chicago”, “Nine”, “Memórias de uma Gueixa” e “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas” , ele é um diretor de teatro consagrado e também um coreógrafo ganhador do Emmy®. Foram credenciais como essas que o tornaram qualificado para levar “Caminhos da Floresta“ para a tela do cinema. Stephen Sondheim explica, “Rob Marshall tem experiência no teatro, o que é crucial, e é coreógrafo, o que também é crucial, porque este tipo de musical precisa de um diretor que saiba como encenar números musicais”.

Ele continua, “As canções de ‘Caminhos da Floresta‘ fazem parte do contexto, do enredo, do ambiente e da textura. Mas quando a ação para e começa a canção – com Cinderela descrevendo sua experiência no baile, ou a experiência de Chapeuzinho Vermelho no estômago do Lobo – há números que precisam ser encenados inventivamente. Rob é um dos poucos diretores que conseguem fazer isso bem”.

O diretor Rob Marshall orientando elenco e equipe durante as gravações.

Admirador de longa data da produção de teatro original, Marshall logo se interessou pelo projeto. “Eu sempre adorei a peça desde que assisti a companhia original em 1987”, diz ele. “Era uma peça bonita, alegre e importante, e eu me lembro de ser totalmente transportado para dentro dela. Era uma combinação única de personagens reunidos e criando uma tapeçaria de histórias clássicas de uma natureza incrivelmente profunda, explorando o que acontece depois do ‘felizes para sempre’.”

Ele continua, “Tudo bem desejar, torcer e sonhar, mas esta peça fala sobre a realidade do mundo, as lutas e dificuldades que enfrentamos ao longo do caminho, e eu acho que é importante para as pessoas de hoje, para as crianças, especialmente, entenderem isso.” James Lapine ficou empolgado de ver Marshall na direção, e disse, “Nós tivemos muita sorte de ter para o filme um diretor que é apto técnica e criativamente e que, ao mesmo tempo, entende de cenografia e sabe como contar uma história musical”.

“’Caminhos da Floresta‘ é uma história que precisa de movimento… é uma jornada musical. Os personagens estão atrás de algo que querem muito, e é preciso manter a tensão, o suspense e o tom intactos”, diz Lapine. “E eu acho que isso é algo que ele de fato entende – como juntar tomadas e cenas curtas, e momentos que levam a outros momentos que terminam de modo surpreendente.

Emily Blunt, Meryl Streep, James Corden e Marshall nos bastidores de “Caminhos da Floresta“.

Quando o produtor Marc Platt leu as primeiras vinte páginas do roteiro de Lapine de “Caminhos da Floresta“, foi fácil visualizar pelo aspecto cinemático, e o modo como Rob Marshall o filmou excedeu suas expectativas. Ele explica, “O prólogo tem aproximadamente dezesseis minutos, e é só música, mas ainda assim é a apresentação de cada personagem e seus conflitos no filme. Começa com pessoas fazendo atividades rotineiras no vilarejo e acaba com nossos personagens principais indo para a floresta, começando suas jornadas. Rob a teceu sem cortes, numa jornada cinematográfica.”

Para Marshall, uma das alegrias de trabalhar em um filme musical é o período de ensaios. Em “Caminhos da Floresta“, foram seis semanas de ensaios antes do início da fotografia principal, e é durante esse tempo que uma companhia é criada. Ele diz, “Como este filme é uma peça de elenco, era importante que todos trabalhassem juntos para criar uma obra coesa”. “Rob veio do teatro musical e chegou neste projeto muito preparado”, explica Tracey Ullman. “Durante os ensaios, nós cantávamos e líamos o material, o que é exatamente o que se faz quando se monta uma peça, e quando chegamos às locações, já sabíamos os tempos e pudemos fazer tudo certo.”

Ela continua, “Sendo um musical, cada cena foi coreografada em maior ou menor grau. Há uma linha tênue. É preciso ser naturalista para filmar, mas com um toque especial, porque é um musical e os desempenhos precisam ser aumentados. Alguns momentos são mais coreografados que outros, mas são sempre belos e de uma maneira realmente interessante. Não tem nada encenado ou teatral; é só um sentimento, uma fluidez de movimento com a música.

Da esquerda para direita, o produtor John DeLuca, Rob Marshall, James Corden e Emily Blunt assiste às filmagens.

De acordo com o produtor John DeLuca, o período de ensaios não era para bloquear o movimento dos atores, mas para conhecer o texto e dar aos atores a oportunidade de conhecerem e ficarem confiantes com a jornada de seus personagens. “Foi um período em que todos puderam experimentar com seus personagens e lançar diferentes ideias para ver o que ficaria bom”, diz ele. E o estilo de direção de Marshall foi muito admirado pelos atores. Meryl Streep diz, “Rob tem um senso de percussão de movimento da obra, como um maestro. Ele tem o ritmo no próprio corpoEle foi dançarino, então eu acho que é muito importante para ele manter a batida do coração da peça e ir além; musical, emocional e visualmenteEle é a pessoa ideal para fazer isso. Ele pensa no trabalho e em como torná-lo realidade.”

Emily Blunt, que ficou igualmente impressionada e admirada, diz, “Rob é um diretor muito específico, no sentido em que ele já sabe exatamente o que quer – o que é muito reconfortante no caso de um musical porque você quer alguém que diga quando está exagerado ou não, e ele tem essa noção”. Johnny Depp acrescenta, “Sua abordagem é muito pura, e sua visão do trabalho do autor e suas escolhas foram belas e emocionais. Ele tem um ótimo entendimento do subtexto e uma maneira única de abordá-lo, e ele sabe que às vezes o que não é dito é tão importante quanto o que é dito”. De acordo com Lapine, “Eu realmente gostei da oportunidade de escrever com ele e fazer a visão do material que o empolgasse. Ele tinha que contar essa história e torná-la sua. Eu acho que se você escreve algo realmente forte isso pode ser feito com todos os tipos de interpretações, e fazer este filme foi uma oportunidade maravilhosa para ver o texto traduzido em outra mídia”.

Marshall também conquistou o respeito do elenco e da equipe por sua atenção aos detalhes. Platt explica, “Ele se preocupa com todos os detalhes do filme, começando com cada palavra e pontuação no roteiro, depois o desenvolvimento visual da história do ponto de vista do desenho, iluminação, guarda-roupa e desempenhos”. Ele continua, “Além disso, Rob fica alegre com o que faz, e essa alegria contamina e permeia, não só a mim, mas a todos os atores e cada desempenho. Quando se trabalha com Rob, você tem que dar o melhor de si, mas você sabe que o esforço, a paixão, a criatividade e a visão serão inseridos em cada quadro do filme”.

Marshall e Meryl Streep posam ao lado de Stephen Sondheim, criador do musical.

Rob é um educador nato e, como diretor, ele é o pai perfeito para todos de sua equipe criativa, seus funcionários e o elenco”, diz DeLuca. “Ele é capaz de trabalhar com cada ator individualmente e também coletivamente, dando a cada um e ao grupo toda a confiança necessária.”

Um filme é bem-sucedido quando todos os elementos criativos requisitados são satisfeitos, mas com uma produção complexa como “Caminhos da Floresta“, é preciso um grande controle e muito cuidado para que todos os aspectos criativos e técnicos se mesclem de modo coeso. Da perfeita integração das cenas em locação com as feitas no estúdio de som até a precisa mixagem das faixas musicais pré-gravadas pelos atores e gravações ao vivo, era essencial que esses vários mundos se juntassem com perfeição para manter a plateia envolvida na história o tempo todo. E foi graças ao incomparável talento de Marshall que isso aconteceu.

DeLuca diz, “Acho que isso é instintivo em Rob. Ele é muito musical e tem uma noção muito boa de cor, ritmo e diálogos. Ele tem um ouvido incrível… eu me sento e o observo, e embora eu tenha cursado a escola de música, fico sempre impressionando com as coisas que ele ouve e como aborda a música. É maravilhoso poder testemunhar isso em primeira mão”.

A adaptação “Caminhos da Floresta” é um toque moderno nos amados contos de fadas dos Irmãos Grimm, entrelaçando as tramas de algumas estórias e explorando as consequências dos desejos e das missões dos personagens. Este musical bem-humorado e sincero segue as clássicas fábulas da Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, João e o Pé de Feijão, Rapunzel e amarra todos juntos através de uma original, a qual envolve um padeiro, sua esposa, o desejo de começar uma família e sua interação com uma bruxa que colocou uma maldição sobre eles.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".

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