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Capitão América: Guerra Civil | Análise de Fã para Fã

SPOILERS! Em menos de uma semana a nova produção do Marvel Studios, Capitão América: Guerra Civil ganhou aprovação quase total do público e dos críticos, sendo considerado o melhor filme da franquia seguido de Capitão América: Soldado Invernal (2014). Ambas as produções foram dirigidas pelos irmãos Anthony Russo e Joseph Russo.

A Marvel consegue, em Guerra Civil, se distanciar ainda mais do que conhecemos nos quadrinhos, criando um arco independente e afirmando que o MCU — Marvel Cinematic Universe — é uma nova visão dos já conhecidos arcos de histórias das HQs.

Guerra Civil é um filme muito atual, pois retrata muito mais do que o controle de super-heróis. O filme trata em quase suas duas horas e meia de duração disputas de interesse, problemas governamentais, a ganancia do ser humano e o preconceito com o que não se conhece.

Tudo começa quando o grupo de Novos Vingadores, liderado pelo Capitão América, precisa deter Ossos Cruzados de conseguir um item muito importante e letal. Em meio a uma série de combates, as coisas saem de controle podendo colocar muitos inocentes em risco na cidade de Lagos.

Osso Cruzados, após ser interceptado pelos Vingadores, tenta se auto explodir e Wanda o impede criando um campo de força a seu redor. Porém, ela perde o controle do seu poder e deixa essa explosão atingir um prédio cheio de inocentes, causando uma comoção internacional e iniciando o motivo do registro de heróis.

Enquanto isso outras situações levam ao mesmo dilema. Tony Stark aparece afastado do campo de batalhas como um palestrante. Sua conduta mudou e não vemos mais o mesmo bilionário sarcástico dos filmes anteriores. Stark perdeu o rumo, perdeu a Pepper e a culpa o consome todos os dias.

Em meio a essa crise pessoal, Stark vê seu maior medo acontecer em frente a seus olhos. Uma mãe e funcionária da Defesa do Estado o responsabiliza pela catástrofe de Sokovia, ocorrida em Vingadores: Era de Ultron (2015).

Tal tragédia matou seu filho, que era voluntário na região, e ela responsabiliza a falta de tática do grupo de heróis. Stark sente que deve ser responsabilizado por sua ação e que os atos dos heróis devem ser supervisionados, para impedir que mais inocentes morram em meio aos combates.

Stark conhece o sentimento de culpa por ser um dos maiores responsáveis pelo o que ocorreu em Sokovia. Em Vingadores: Era de Ultron (2015), Stark e Banner se juntaram para criar uma inteligencia artificial em prol da humanidade.

Esse “escudo sobre a Terra”, como o próprio Stark chama, se rebela contra os ideais do Homem de Ferro, interpretando de uma maneira agressiva que a humanidade não traz paz ao universo e, assim, ele seria o novo Salvador de uma nova era. Ultron então vai à Sokovia e começa a colocar em prática seu plano de extinção de humanos quando é detido pelos Vingadores.

Stark é um ser humano como outro qualquer. Quando tomado por uma carga de responsabilidade muito grande, tenta evitar ao máximo gerar mais conflitos. E após tantos episódios vendo que a Terra está despreparada para os riscos que enfrenta resolve apoiar o Tratado de Sokovia, o qual ganhou este nome em homenagem ao ocorrido na cidade e estabelece que os Vingadores apenas seriam chamados quando os governos mundiais precisassem e, assim, se tornariam a guarda da ONU.

Steve Rogers está do outro lado da cerca. Ele sabe que mesmo que tente, não é possivel salvar cada ser vivo do planeta. Sua liderança com os Vingadores é prática e real, ele sabe que deve lutar sempre pela liberdade e salvação, mas sabe também que não pode garantir que tudo dê certo no final e que, sim, pessoas podem morrer, mundos podem acabar e os Vingadores continuarão lutando.

Steve acredita que os heróis são a melhor solução para proteger a Terra, e que se forem controlados por governos podem se tornar nada mais do que mercenários mandados por quem tiver mais poder. Imagine os maiores heróis do planeta agindo através do interesse de alguém mal intencionado? O que seria da humanidade? E, assim, Rogers se opõe ao tratado.

Após ver seu grande amigo ser acusado de um atentado contra a ONU, que acabou resultando na morte do rei de Wakanda, T’Chaka, Rogers vai atrás de Bucky para obter explicações, e descobre que o Soldado Invernal não é mais o grande vilão que o mundo diz que ele é.

Após ajudá-lo a fugir da polícia, Rogers acaba sendo preso junto de Bucky e de Sam Wilson, o Falcão. Enquanto estão sendo convencidos a mudar de lado, Zemo se passa pelo psicólogo que interrogaria Bucky.

Ele usa as palavras-gatilho para que Barnes volte a ser novamente o Soldado Invernal, o que faz com que ele cause uma grande confusão e acabe sendo capturado pelo próprio Capitão América, que aproveita para fugir junto de Sam e Bucky.

Nesse meio tempo, T’challa, o príncipe de Wakanda, decide tomar a justiça em suas próprias mãos e veste o manto do protetor do país, o Pantera Negra. Ele parte, então, no encalço de Bucky para vingar seu pai.

É o momento para apresentar os adicionais de cada grupo, tanto o Homem-Formiga, que vem reforçar o time do Capitão, quanto o amigão da vizinhança para o time do Homem de Ferro. O Homem-Aranha é apresentado de forma simples e dinâmica, sem ficar destoante do contexto do filme.

Quando o Gavião volta a aparecer, ele ajuda Wanda a se livrar da “prisão” em que se encontra, deixando o Visão bem confuso com relação aos humanos. Sua demonstração de poder nesta cena prova que, em breve, veremos uma Feiticeira Escarlate tão poderosa quanto sua contraparte dos quadrinhos.

Chegamos então a um dos momentos de ápice do filme: a grande batalha entre os grupos de heróis. O que tinha tudo para dar errado, principalmente em relação às críticas de que eram poucos os personagens que realmente apareceram, se torna uma luta extremamente empolgante e cheia de momentos únicos.

Dos diálogos à coreografia, esta é uma das melhores cenas de batalhas de todos os filmes de super-heróis, talvez até mesmo a melhor. Tudo faz sentido, nenhum personagem se sobressai a outro, e todos têm seu momento de brilhar. Este é um dos grandes momentos do filme, sem sombra de dúvida.

Dando sequência à história, vemos Bucky e Rogers indo para a Sibéria impedir Zemo de concluir seus planos, ao mesmo tempo em que Stark recebe informações que comprovam a inocência do Soldado Invernal. Ele, então, parte ao encalço dos dois, mas é seguido de perto pelo Pantera Negra, ainda cego em sua vingança.

Quando o Capitão, Bucky e o Homem de Ferro se reúnem, eles fazem uma trégua e decidem agir juntos, mas Zemo destrói essa ideia mostrando um vídeo de Bucky assassinando os pais de Stark. Cego em fúria, ele parte para cima de Bucky e do Capitão

Começando,assim, mais uma cena orquestrada magnificamente, na qual sentimos o ódio e a tristeza de Stark, mesmo que conscientes de que o soldado invernal era praticamente uma máquina quando fez isso, e não tinha nenhum controle sobre suas ações.

T’Challa ouve todo o diálogo, e percebe que a fúria cega não traria nenhum benefício para ele. Ele decide encerrar sua caçada, mas não sem antes levar Zemo para as autoridades. O filme termina de forma simples, sem um vencedor nessa guerra civil.

Ambos os lados têm seus pontos corretos e seus pontos errados, e no final, tanto Steve quanto Tony entendem os motivos um do outro. Aliado a uma fotografia impecável, a história envolvente de Capitão América: Guerra Civil torna este um filme memorável e necessário para fãs de super-heróis em geral.

Escrito por Sarah

Sarah Campos ama tudo o que diz respeito a Disney, principalmente a Cinderella. Gosta de cinema, jogos de vídeo game, ficção científica e quadrinhos da Marvel. Tem como sonho conhecer o mundo e mais do que ele tem a oferecer.

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