“A flor que desabrocha na adversidade é a mais rara e bela de todas.”
Imperador (Mulan)
Se transforme em um homem e vá para a luta. Há alguns anos, ser mulher significava não ter voz alguma, mas isso não impedia ninguém de sonhar ou de desejar algo. Por isso, algumas delas desafiaram toda a sociedade, fingiram ser homens e foram atrás do que queriam.
Espera… Essa história não é semelhante à de Mulan (1998)? Pois é. Dessa vez, decidimos mostrar para vocês algumas Mulans da vida real. Mulheres que, para atingir o que queriam ou até mesmo para encontrar alguém, abriram mão de sua identidade para enfrentar e alcançar aquilo que almejavam.
Aos dezesseis anos, Dorothy entrou na escola de música para tocar jazz, mas foi proibida por ser mulher. Sendo assim, ela se travestiu como homem e, na mesma idade, entrou para a banda como Billy Tipton. O que seria uma mudança somente para a escola, se tornou para a vida inteira, ganhando fama e tocando famosas melodias de jazz no piano e só então, aos setenta e quatro anos, quando faleceu, que sua verdadeira identidade veio à tona.
Sisa Abu Daooh perdeu seu marido enquanto estava grávida de sua filha. Pressionada a ficar em casa, consequentemente, sem um tostão e se recusando e pedir esmolas, ela fingiu ser homem durante quarenta e três anos para que pudesse realizar um trabalho pesado e sustentar sua filha e netos. Em 2015, ela recebeu um condecoração de “Mulher Chefe de Família” pelo governo do Egito.
Conhecida como o soldado Petter Hagberg, Brita Hagberg fingiu ser homem na época da Guerra Russo-Sueca (1788-1790). Seu marido tinha sido convocado para a guerra, mas, após certo tempo, ele desapareceu. Então, ela se alista no exército sueco como homem e, durante este período, ela é condecorada por sua coragem e ações heroicas e reencontra seu marido, mas ao ser ferida durante a guerra, sua verdadeira identidade é revelada e, então, retorna ao seu país.
Por volta de 1800, mulheres não eram permitidas na Medicina, mas nada impediu Margaret Ann Bulkley, da Irlanda, a se tornar um dos maiores cirurgiões do exército britânico. O plano era entrar na faculdade de Medicina como homem e depois ir para Venezuela exercer sua carreira como mulher, mas como essa parte do plano não deu certo, Margaret seguiu sua jornada como James Barry – sua identidade masculina –, e realizou grandes feitos como, por exemplo, a primeira cesárea na África e, mesmo com algumas pessoas suspeitando, apenas descobriram sua verdadeira identidade após a sua morte.
Sim, temos uma Mulan para chamar de nossa. Maria Quitéria de Jesus Medeiros se alistou no exército brasileiro como soldado Medeiros e com seu pai totalmente contra a decisão. Após duas semanas foi descoberta, mas nada disso a impediu de participar de eventos importantes da nossa história, pois o major Silva e Castro via grandes habilidades militares em Maria Quitéria e ela sempre foi reconhecida por sua coragem.
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