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Clássicos na Crítica | Fantasia

Um dos maiores clássicos da história da Disney, hoje falaremos sobre Fantasia. Lançado em 1940, o filme é o terceiro a ter sido lançado pelo Walt Disney Animation Studios e contou com direção de Samuel Armstong. O filme consiste em oito peças de músicas clássica conduzidas pelo maestro Leopold Stokowski, com sete das peças realizadas pela Orquestra da Filadélfia. O Compositor Deems Taylor é o mestre de cerimônias, apresentando cada uma das peças.

O projeto gira em torno de O Aprendiz de Feiticeiro, uma Silly Simphony criada para reavivar a popularidade de Mickey, que estava em declínio na época. Como os custos do curta estavam acima do programado, Walt Disney decidiu unir outros curtas e fazer um filme embalado por música clássica. A trilha foi gravada em uma tecnologia nova, chamada Fantasound, que tornou Fantasia o primeiro filme comercial com som estereofônico.

Em novembro de 1940, há exatos setenta e cinco anos, estreava em treze cidades dos Estados Unidos o longa-metragem, que teve na época criticas variadas, mas foi incapaz de gerar lucros. Em grande parte, por conta do alto custo de produção e também devido à Segunda Guerra Mundial, que estava em seu auge e acabou impedindo o filme de ser exibido na Europa em sua estréia. Atualmente, entretanto, o filme é um dos mais rentáveis do mundo no segmento de Home Vídeo, e teve até mesmo uma continuação em 1999, co-produzida por Roy E. Disney,  chamada Fantasia 2000.

Algumas das peças foram criadas como uma história, com os sons sugerindo o que está acontecendo. A Disney, entretanto, não usou as histórias originais das peças, criando cenas completamente novas para cada uma delas. Deems Taylor apresenta cada uma das obras antes de sua exibição, contando um pouco de sua história e concepção. Isto foi realizado para ninguém acusar a Disney de levar pessoas a pensarem que as músicas foram deturpadas para se conectarem às animações apresentadas.

Das peças apresentadas, apenas quatro possuem seu tempo total: Toccatta and Fugure, The Sorcerer’s Aprentice, Dance of Hours e Ave Maria. as outras foram reduzidas para não tornar o filme maçante e muito longo. As peças apresentadas são:

TOCCATTA AND FUGURE

O clássico de Johan Sebastian Bach, que abre o filme, foi a primeira experiência da equipe de animação da Disney com o abstrato, tendo a oportunidade de mostrar completamente seu potencial durante a peça.

SUITE QUEBRA NOZES

Uma nova visão da equipe do estúdio para o clássico de Tchaikovsky. Ao invés de manter-se na temática de brinquedos como normalmente a música é associada, tomaram por base as estações do ano, através de elementos naturais e fantásticos da natureza, como fadas, flores e peixes.

O APRENDIZ DE FEITICEIRO

Inspirado em um poema de Johann Wolfgang von Goethe, esta peça se tornou extremamente icônica, e carrega o papel mais importante de Mickey: O Aprendiz de Feiticeiro. Na animação, Mickey rouba o chapéu mágico de seu mentor Yen Sid e dá vida a um grupo de vassouras e esfregões para não precisar fazer seu trabalho. Porém, ele acaba criando algo fora de sua compreensão.

SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

A sagração da primavera mostra a evolução da vida na Terra, com bases em teorias científicas e relata desde seres microscópicos até os gigantes dinossauros, embalado sob a trilha sonora de Tchaikovsky

SINFONIA PASTORAL

Baseado na mitologia grega, a peça mostra um dia no Monte Olimpo com diversas criaturas fantásticas. Uma das mais controversas peças, foi duramente criticada por mostrar diversos centauros e cupidos nús e uma centaura negra. A composição é de Beethoven.

DANÇA DAS HORAS

É uma paródia, que mostra o balé clássico interpretado por diversos animais, como hipopótamos, avestruzes e elefantes e representa as horas do dia. Escrito por Amilcare Ponchielli.

UMA NOITE EM MONTE CALVO/AVE MARIA

A obra de Modest Mussorgsky é retratada de forma assustadora na imagem de Chernabog, um poderoso demônio que vive em um topo de uma montanha e aterroriza um vilarejo na noite de Halloween. O segmento se encerra com “Ave Maria“, composta por Franz Schubert, mostrando uma procissão religiosa, a qual termina em uma imponente capela gótica.

Fantasia é um dos filmes mais sombrios da Disney, e dificilmente teria classificação livre em seu lançamento. Diversas cenas impactantes das peças são inapropriadas para crianças, e nudismo, violência e morte são temas bastante frequentes.

Ainda assim, é uma das obras mais influentes da empresa e diversas vezes foi citada como um marco na história do cinema. Por suas contribuições, o filme ganhou diversos prêmios. É uma obra obrigatória, e com certeza algo para maravilhar seus olhos!

Escrito por Sarah

Sarah Campos ama tudo o que diz respeito a Disney, principalmente a Cinderella. Gosta de cinema, jogos de vídeo game, ficção científica e quadrinhos da Marvel. Tem como sonho conhecer o mundo e mais do que ele tem a oferecer.

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