O ator Chris Evans e os produtores contam como foi compor um super-herói em “Capitão América: O Soldado Invernal”. O segredo? Treinamento, técnicas de luta moderna e uma super-roupa.
Os diretores da nova saga do Marvel Studios sabiam o que tinha de ser feito. “O primeiro filme de uma saga deve estabelecer os seus heróis. O segundo, os coloca na corda bamba,” conta o diretor Joe Russo. “Era muito importante para nós que os atores treinassem rigorosamente para o filme porque queríamos que o público os visse realizar as cenas de ação,” acrescenta outro diretor, Anthony Russo. Ele continua, “o público quer sentir a energia e ver uma técnica real de luta na tela.”
“O Capitão América não voa, não solta raios, ele dá socos e chutes,” explica o ator Chris Evans. “Este estilo de combate te dá a liberdade de transformar o filme em algo mais próximo da realidade, e isso é genial. Quando li o roteiro, me pareceu mais verdadeiro e brutal do que a maioria dos roteiros de filmes de super-heróis que, geralmente, são mais polidos.”
Para atender as exigências de “Capitão América: O Soldado Invernal”, Evans passou por um rigoroso treinamento com diversas artes marciais. As técnicas de luta usadas no filme misturam parkour, jiu-jitsu, caratê e boxe. Os diretores acreditavam que, para ambientar Steve Rogers – o verdadeiro nome do herói – nos tempos modernos, deveriam modernizar seus estilos e técnicas de combate.
Com a abordagem acrobática presente nas lutas do filme, Chris Evans também participou de treinos de ginástica olímpica. Este elemento acabou sendo uma grande vantagem para Evans quando chegou o momento de rodar as sequências superexigentes que fazem parte do filme.
As habilidades adquiridas pelo ator podem ser vistas na sequência de luta no elevador, a primeira a ser rodada para este filme e que contou com o vilão Brock Rumlow, interpretado por Frank Grillo, Capitão América e mais dez homens em um elevador cheio de pessoas. O desafio para os irmãos Russo, diretores do filme, foi pensar em qual coreografia de luta poderia ser usada em um espaço tão pequeno.
Percebendo que Steve Rogers deveria estar na defensiva, os coordenadores de dublês permitiram que o ator usasse as mãos e os pés no elevador até que pudessem ganhar um pouco mais de espaço para aplicar as técnicas de luta e causar um dano mais importante. Para Chris Evans, o tom realista do roteiro combinou perfeitamente com a força e a sensibilidade do personagem principal.
Para que Evans se sentisse à vontade no papel, a Marvel pediu que sua equipe de criadores redesenhasse o traje do super-herói, de forma que se adequasse aos tempos modernos e, é claro, ao poder dos inimigos que, atualmente, contam com armas mais sofisticadas.
“O novo traje é genial e realmente me agrada,” diz Evans. “É azul-marinho, muito útil e permite que eu me movimente bem, e todos estes elementos fazem com que as filmagens sejam uma experiência muito mais agradável.”
“O grande diferencial da Marvel é a eficiência. Eles contam com uma equipe incrível de desenho, liderada por Ryan Meinerding, que atua lado a lado com o departamento de figurino,” comenta Joe Russo. “Judianna Makovsky, nossa figurinista, realizou um trabalho fantástico com todas as peças do filme. Era muito importante que os trajes tivessem o máximo de textura possível e uma aparência muito autêntica.”
É claro que um herói não é feito em um dia, exige muito trabalho e, de acordo com eles, um enorme sacrifício.
“Próxima Missão“:
Vivendo pacificamente em Washington, D.C., Steve Rogers – também conhecido como Capitão América – está tentando se ajustar ao mundo moderno. Porém, quando um colega da S.H.I.E.L.D. é atacado, Steve se vê preso em uma rede de intrigas que ameaça colocar o mundo em risco. Unindo forças com a Viúva Negra, o Capitão América luta para expor a crescente conspiração enquanto enfrenta assassinos profissionais enviados para silenciá-lo. Quando a dimensão da trama maligna é revelada, a dupla recruta um novo aliado, o Falcão. Contudo, eles logo se veem enfrentando um inimigo formidável e inesperado — o Soldado Invernal.