Olá, Camundongo!
Nosso lema para esse ano é sonhar, e claro, correr atrás de tais sonhos e realizá-los, afinal, se tivermos coragem, nenhum sonho é impossível. No entanto, esse trabalho não é fácil e, em pouquíssimos casos, os sonhos se tornam realidade de primeira. Algumas vezes serão necessárias duas, cinco, dez, vinte, cinquenta ou oitenta e quatro tentativas para isso acontecer.
Imprevistos acontecem, Rotinas são reviradas de ponta-cabeça. Planos são alterados ou mesmo engavetados. Ideias são adiadas. Porque a única coisa previsível sobre a vida é a sua imprevisibilidade. E não importa quão organizados nós sejamos e quão planejados sejam os nossos dias. Em um piscar de olhos, tudo pode mudar.
Em momentos assim, precisamos nos lembrar de uma peixinha azul e esquecida. Dory adapta o clássico ensinamento de Walt Disney para um novo século e para as profundezas do oceano. Mesmo quando a vida nos decepciona, nos derruba no chão ou até nos tira alguém a quem amamos, é preciso continuar a nadar.
Para achar a solução dos problemas, continue a nadar. É difícil reunir o ânimo restante e seguir desbravando mares inexplorados. Mas é indispensável. Quanto mais lamentamos pelo o que perdemos no caminho ou por aqueles erros cometidos na jornada, mais deixamos de conquistar, aprender e ficamos para trás nesse mar chamado vida.
Quem não se arrisca não faz nada, não possui nada, não é nada e não deixa nada de legado. Ao nos acomodarmos e pararmos de nadar, podemos inclusive evitar sofrer as decepções preparadas pela vida ou mesmo de nos arrepender de certos erros, porém paramos de viver mudanças tão essenciais para crescermos e melhorarmos enquanto pessoas.
Dory pode ter uma memória extremamente curta, mas sempre se lembrou de prosseguir nadando. Sozinha, acompanhada, em um missão ou por pura e simples diversão, a peixinha nunca desistiu, e não à toa conquistou o coração de milhões de pessoas ao redor do mundo todo.
Violência e injustiças são manchetes nos jornais a cada dia. O futuro parece se tornar mais e mais sombrio. Isso nos leva a perder a esperança e a parar de correr riscos. Entretanto, não podemos. Devemos continuar indo em frente, rumo ao desconhecido. Devemos continuar lutando por um mundo melhor, a sonhar com a justiça, mesmo se um dia o sol de for.
Continue a nadar não é apenas uma frase popular de um filme “infantil”. Continue a nadar não é apenas o mantra bonitinho entoado por uma peixe de animação. Continue a nadar é um lembrete. Um lembrete para seguirmos em frente, independente das adversidades, das decepções, dos erros e das perdas do passado, e sobretudo do medo do futuro. Continue a nadar é um lindo lembrete para continuarmos a viver!
Carinhosamente,
Lucas Neves
Editor-chefe