Bem-vindos à segunda parte do especial O Melhor do Pior dos Vilões. Vamos descobrir, agora, a história por trás da história dos vilões que marcaram toda uma geração de Camundongos: os da Renascença!
Lembrando que algumas histórias são totalmente inventadas. Preparem-se para muita diversão e não deixem de dividir nos comentários suas impressões e histórias não-contadas que imaginam sobre esses vilões.
Úrsula (1989)
Mora: Atlântica
Gosta de: Poder, Barganhas desonestas com pobres corações infelizes
Não gosta de: Tritão
Voz original: Pat Carroll
Voz brasileira: Zezé Motta
História não-contada: Como Úrsula revela na primeira cena em que aparece no clássico A Pequena Sereia (1989), ela morava no palácio de Tritão antes de ser banida. Uma guerra histórica entre o povo sereio e os Octopos (metade polvo, metade homem) teve um fim com a chegada de Netuno, avô de Tritão ao poder. Desde então, todos viviam em perfeita harmonia no fundo do mar. Tritão tinha em Úrsula o seu braço direito, pois desde quando se preparava para assumir o trono, ela vinha atuando como conselheira real. A Rainha Athena e o Rei tinham sete lindas filhas e uma das funções de Úrsula era tomar conta das princesinhas. Por trás da boa aparência, Úrsula escondia um segredo: era uma feiticeira poderosa, esperando uma oportunidade para se unir aos outros octopos e usurpar o trono de Tritão. Quando o Rei e a Rainha se preparavam para viajar, Úrsula iria aproveitar a ocasião para liderar a rebelião, tomar o palácio e escravizar o povo sereio. Sebastião, o siri compositor da corte, ouviu todo o plano e revelou ao Rei. Desolado, ele não teve outra alternativa senão esperar o suposto momento oportuno para ver com seus próprios olhos o que não queria acreditar. Houve um confronto e os octopos foram derrotados. Os sobreviventes foram exilados para diferentes partes do oceano. Úrsula tentou se redimir, mas também foi banida. Ano após ano, ela só esperava a ocasião perfeita para se vingar de Tritão. Mas não seria mais através da força, da Guerra ou do confronto direto. A isca precisaria ser algo de muito mais valor para o Rei do que a sua coroa.
Gaston (1991)
Mora: Aldeia
Gosta de: Caçar, Admirar os seus troféus
Não gosta de: Ser rejeitado
Voz original: Richard White
Voz brasileira: Garcia Junior (Diálogos) / Mauricio Luz (Canções)
História não-contada: Gaston sempre foi treinado para ser um excelente caçador. Órfão de mãe, seu pai era o caçador mais respeitado da aldeia e fazia Gaston comer duas dúzias de ovo todo dia. Seu espírito competitivo desde criança fazia com que se envolvesse em confusões com os seus amigos aldeões, pois em qualquer competição era incentivado a ser o melhor, nem que para isso precisasse usar da força física ou da ameaça para coagir seus adversários. Gaston também sempre foi bonito, o que lhe garantia os olhares interessados das moças da aldeia. Mas o seu egocentrismo fazia com que só as visse como um dos seus troféus, os mesmos que ganhava nas competições de caça. Um dia chegou na cidade um inventor que tinha perdido muito dinheiro, junto com a sua filha, Bela. A perda financeira devido a um invento fracassado tinha levado o homem a ter que se mudar para aquela pequena aldeia. Gaston ficou impressionado com a beleza da jovem, mas ela parecia estar mais interessada em seus livros. Ele teria que conquistar o coração dela, afinal, ninguém diz não pra Gaston!
Jafar (1992)
Mora: Agrabah
Gosta de: Poder, Dar gargalhadas sonoras, Papagaios
Não gosta de: Pivetes intrometidos
Voz original: Jonathan Freeman
Voz brasileira: Jorgeh Ramos
História não-contada: Jafar cresceu em uma família rica no reino de Agrabah. Seu pai era o Vizir Real do Sultão e Jafar herdou dele o requinte e o gosto refinado. Quando ainda era criança, ouviu a lenda de uma lâmpada mágica escondida em uma caverna no meio do deserto. Quando afirmava que a lenda era verdade, todos riam e diziam que o menino era fantasioso. Jafar não se conformava, pois acreditava piamente que a lâmpada poderia realmente libertar um Gênio poderoso. Reniu as pistas da lenda e encontrou um escaravelho em uma duna. Para conseguir fazer com que a caverna aparecesse, precisaria da segunda metade do escaravelho. Na busca pela metade, conheceu um ladrão chamado Gazeem. Juntos, eles entraram sorrateiramente na casa de um velho feiticeiro que detinha a peça preciosa e a roubaram. Jafar ainda roubou outros artefatos mágicos e, como conhecia muito bem o palácio, criou seu próprio laboratório em uma passagem secreta atrás de uma parede. Por incompetência de Gazeem, eles perderam a metade do escaravelho e só conseguiriam recuperá-la depois de muitos anos. A sede de poder de Jafar só cresceu com o tempo e ele não descansaria enquanto não voltasse a ficar frente a frente com a Caverna dos Tesouros.
Scar (1994)
Mora: Savana africana
Gosta de: Poder, Hienas, Ser sórdido
Não gosta de: Qualquer um que esteja entre ele e o trono
Voz original: Jeremy Irons
Voz brasileira: Jorgeh Ramos
História não-contada: Mufasa e Taka eram irmãos, filhos da Rainha Uru e do Rei Ahadi. Mufasa, o mais velho, era forte e destemido, enquanto Taka tinha a inteligência dos leões, mas não a força bruta. Nas Terras do Reino, o rei estava preocupado. Conforme o tempo passava, a animosidade entre os dois leões ficava mais evidente. Mufasa se esforçava para se dar bem com o irmão, mas Taka via em Mufasa um adversário em todos os sentidos. O favoritismo de Ahadi por Mufasa enraivecia Taka e saber que o irmão seria o sucessor ao trono incomodava profundamente o jovem leão. Além disso, nas ultimas caçadas, Taka sempre parecia colocar o seu irmão em alguma situação de perigo mortal. O rei foi até o xamã Rafiki e pediu um conselho. Rafiki anteviu que a inveja de Taka por Mufasa poderia causar um grande desastre. Taka sempre fugia para uma região mais isolada, onde ficava próximo às hienas. Era um escape, pois ali ele conseguia comandá-las e sentir como se estivesse no seu próprio reino. Em uma caça, Taka colocou Mufasa em perigo e acabou sendo ferido por um rinoceronte no olho. A cicatriz fez com que ele assumisse que o seu nome agora seria Scar. Assim, ele poderia olhar pra a cicatriz e lembrar que ainda acertaria as contas com Mufasa e seria o rei.
John Ratcliffe (1995)
Mora: Inglaterra
Gosta de: Ouro, Prestígio na corte
Não gosta de: Índios
Voz original: David Odgen Stiers
Voz brasileira: Pietro Mário (Diálogos) / Maurício Luz (Canções)
História não-contada: Ratcliffe nasceu em uma família de burguesia media na Inglaterra do século XVI. Um dia, ainda criança, observou uma carruagem se aproximar do palácio do Rei James. Eram nobres a caminho de um baile. Ratcliffe conseguiu sorrateiramente entrar e ver a festa. Gostou daquele ambiente colorido, farto de comida e bebida, com damas e lordes da alta sociedade britânica. Ratcliffe se incomodava com a falta de ambição de seu pai, pois seu maior desejo era ascender socialmente. Conforme crescia, procurava entrar para a corte de uma maneira ou de outra. Acabou conseguindo através das expedições que a Coroa fazia para exploração do Novo Mundo. Sua ambição desmedida e a falta de talento para lidar com os exploradores fez com que falhasse em diversas missões, e acabou virando uma espécie de piada na corte. Um dia, no entanto, o Rei resolveu lhe dar uma última chance. Ele teria que liderar uma expedição da Virginia Companhia para explorar as terras virgens da América. E dessa vez, não deixaria nada impedi-lo de ter sucesso.
Frollo (1996)
Mora: Paris
Gosta de: Tudo em perfeita ordem, Eliminar tudo que lhe parece diferente
Não gosta de: Ciganos
Voz original: Tony Jay
Voz brasileira: Leonardo José (Diálogos) / Rodrigo Esteves (Canções)
História não-contada: O filme O Corcunda de Notre Dame (1997) traz personagens com um grande grau de realismo, o que torna essa história a mais real de todas. Frollo foi educado na França medieval sob os preceitos da Igreja Católica. Sempre acreditou que o pecado estava incrustado nas massas sujas que se aglomeravam em todos os cantos de Paris. Frollo os enxergava como a ralé da humanidade e pecadores vis, pois era assim que o Arcediago o ensinava. Quando se tornou jovem, não sabia explicar a atração que sentia pelas belas ciganas e as via como tentação do demônio. Estudando as leis, tornou-se um juiz eclesiástico e decidiu que dedicaria a sua vida a expurgar da face da terra aqueles que atentassem contra a sua moral, nem que para isso precisasse dizimar os ciganos.
Hades (1997)
Mora: Mundo inferior
Gosta de: Sentir-se por cima dos outros deuses
Não gosta de: Ser rejeitado
Voz original: James Wood
Voz brasileira: Márcio Simões
História não-contada: De acordo com a mitologia grega, Hades é o deus do submundo, o que torna a sua história pouco interessante. Mas gostamos de pensar que, em um dado momento, Zeus permitiu que ele vivesse no Olimpo. Porém, a natureza de Hades fazia com que ele contaminasse o ambiente com crueldade. Num ímpeto de tomar o poder, ele liderou os titãs até o Monte Olimpo, mas acabou derrotado e banido para cuidar das almas imortais no submundo. Sua raiva por Zeus se transformou em uma sede de vingança e ele esperaria os planetas se alinharem novamente para se vingar do todo-poderoso.
Clayton (1999)
Mora: Inglaterra
Gosta de: Ganhar muitas libras esterlinas
Não gosta de: Selvagens
Voz original: Brian Blessed
Voz brasileira: Dário de Castro
História não-contada: Clayton cresceu em uma família pobre na Inglaterra Eduardiana e ficou órfão muito cedo. Apesar disso, o rapaz sempre foi muito ambicioso. Ele sabia que poderia ganhar dinheiro rápido se trabalhasse com negócios escusos. No orfanato onde morava, via todos os meninos estudarem para melhorar de vida, mas Clayton sempre preferiu aprender a atirar e a caçar. Conforme crescia, se tornava figurinha carimbada nas caçadas da Corte, devido a sua grande habilidade de lidar com “feras”. Quando o excêntrico Professor Porter e sua filha decidiram sair em uma viagem pela África, Clayton viu a oportunidade que precisava para sequestrar animais selvagens e ganhar a sua tão esperada fortuna.
