Podemos falar sobre os finais dos filmes do Pixar Animation Studios? Pensem bem em todos os dezessete longas-metragens, com os personagens, cenários, situações, condições e tudo o mais. Se pararmos para pensar, esses filmes são tão incríveis e tão reais que é necessário um tempo para absorver tudo isso.
Não estou aqui para desmerecer estúdio algum, mas assistindo a algumas animações da Pixar, fiquei pensando em quão incrível e benéfica uma reviravolta pode ser para o ser humano, para o animal, um inseto ou até mesmo uma emoção.
Durante toda a filmografia do estúdio, vemos histórias que sempre se basearam em um estilo de vida, de rotina, de conjunto de ações da mesma forma, mas que, de repente, um ou mais fatores surgiram no caminho para beneficiar ou prejudicar o protagonista.
Seja uma mudança para uma nova cidade, uma casa voadora que abriga um escoteiro na varanda, uma faculdade de sustos ou até mesmo um infortúnio em um formigueiro. Independentemente do tamanho do problema, sempre terá algo para incomodar e fazer com que queiramos desistir.
Em todos os filmes da Pixar, acontecem uma situação dessas. Não tem escapatória, mas a beleza nisso tudo está no poder de sentir o problema, mas, logo depois, ir atrás de uma solução, seja porque um amigo quis ajudar ou porque o personagem sabe que vale a pena lutar por aquilo.
Independentemente de gênero, formato ou idade, sempre passamos por situações desagradáveis, e esses filmes estão aí para nos mostrar a importância da resiliência, de se adaptar a novos formatos e criar coisas incríveis apenas acreditando em nós mesmos e ir atrás de ajuda quando necessário.
Podem percorrer por todos os longas-metragens. Em nenhum, você encontrará alguém solucionando o problema sozinho, é sempre a combinação das capacidades de cada pessoa, criatura e emoção que tem o poder de transformar uma situação desagradável em algo incrível e ainda melhor do que era antes.
O que seria de nós sem a Tristeza? Ou o que teria feito Carl ao chegar à cachoeira? Todos nossos sonhos parecem sempre muitos bonitos e distantes, mas basta você conhecer alguém ou ter que enfrentar um medo que as coisas mudam.
Claro, você sempre terá que passar por altos e baixos, afinal, que graça teria uma vida cheia de alegrias e sem nada de tristeza para podermos refletir? A vida não é somente a realização de um sonho, mas o caminho que você trilha para atingi-lo. Isso encanta. Vai dizer que o processo de descobrimento da amizade entre Woody e Buzz nunca pareceu com algum relacionamento seu?
Ou então, quem nunca teve discussões com a mãe e queria que ela fosse de modo diferente? Eu acredito piamente que a Pixar cria grandes metáforas com seus filmes, os quais são extremamente inspiradores e reflexivos.
Todos os dezessete longas são verdadeiras metáforas da vida. Faça um teste: substitua os personagesn por pessoas reais ou por momentos que você passou em sua vida. Nem sempre nossos sonhos dão certos, muitas vezes recebemos vários “não”, mas isso jamais deve nos impedir de continuar seguindo em frente
Na verdade, isso nos leva para novos caminhos. O que seria de Carl se não tivesse conhecido Russell ou, então, como imaginar Woody sem o Buzz ou se encantar com a simplicidade de ver um passarinho descobrindo o mundo?
A Pixar tem um universo em suas mãos. Ela consegue fazer tudo e qualquer coisa ter sentimentos e nos fazer refletir sobre as coisas. Se até mesmo um carro consegue notar que o valor está nos momentos e nas pessoas com quem os compartilhamos, quem somos nós para discutir quando a vida nos coloca um obstáculo?
Conte para a gente nos comentários o que você acha desse tipo de mudança nos roteiros do estúdio e como você enxerga essas mudanças de percursos na sua vida.