Galavant | Resenha do quinto e sexto episódios

Finalmente Madalena mostrou suas garras afiadas! Se alguém pensou que Madalena era uma donzela precisando de resgate, “Galavant” jogou essa teoria por terra com esses dois novos episódios, os que mais se beneficiaram da exibição dupla devido à continuidade das tramas. Enquanto nos anteriores a rainha era simplesmente o objeto de cobiça tanto de Galavant quanto de Richard, agora ela tomou as rédeas da situação e provou que não tem medo do poder, muito menos de ser uma completa tirana.

Em óbvia alusão à Rainha Má de “Branca de Neve e os Sete Anões“, o espelho de Madalena ganha vida na música “No One But One“, evidenciando todo seu narcisismo e sua megalomania. No entanto, cabe uma crítica quanto aos efeitos visuais apresentados nessa cena, bem inferiores à qualidade geral da série. Além desses novos contornos, descobrimos quais as reais intenções de Madalena em relação ao herói. Para ela, Galavant não passa de um brinquedo bonito. E com seu plano de tirar Richard do trono em ação, a possibilidade de ela sair dali com o herói se torna quase inexistente.

Outro personagem que teve sua chance de brilhar foi o Chefe, que está apaixonado pela camareira Gwynne, vivida por Sophie McShera, a Daisy de “Downton Abbey” e a Drizella do novo “Cinderela“. Para uma canção sobre lepra, piolhos, praga e tantas tragédias, “If I Could Share My Life with You” é uma adorável declaração de amor e combina muito bem com o novo casal – e fica complicado não se ver torcendo pelos dois.

E o Chef também foi o responsável por levar o rei ao mago substituto de Merlin, o estranho Xanax (Ricky Gervais, de “Muppets 2: Procurados e Amados“), para comprar ervas para cozinhar. E através de sua magia – que tem toques de Mary Poppins e Harry Potter -, somos transportados para o passado de Richard, onde conhecemos seu irmão Kingsley e os motivos para ele agir dessa forma. Assim, ganhamos mais um elemento nesse jogo dos tronos e a promessa é de que tudo será abalado.

Quanto ao cavaleiro e seus fiéis escudeiros, temos a chegada dos mesmos em Valência e à armadilha de Richard. Isabella se mostra arrependida, confessa a um monge, e tenta evitar a captura de Galavant, mas falha e o herói descobre toda a verdade, não apenas sobre a princesa como também sobre Madalena. E os momentos na calabouço do castelo, com Gareth fazendo confissões ao Bobo da Corte (aliás, como a barba dele cresce, mas a de Galavant permanece do mesmo tamanho!? Magia do Xanax!?) e as cantorias com as celas destrancadas, são alguns dos melhores dos episódios.

Apesar de ter um tom mais sombrio do que os quatro episódios passados, “Galavant” encontrou um bom equilíbrio para o humor, as canções e as aventuras. As sacadas divertidas continuam, a exemplo de Sid sugerindo a invenção do zíper e Gareth, a do relógio; e a cena das cabeças nas bandejas. Restam somente mais dois episódios para o desfecho – possivelmente em definitivo – da série e as expectativas para o duelo final apenas aumentaram.