Esse é um episódio bem emocionante por diversos motivos, um deles é pelo fato que é dirigido pela nossa protagonista, Ellen Pompeo. Essa é a primeira vez que ela assumiu a direção de um episódio da série, doze anos após ele ter sua primeira exibição na televisão americana. É emocionante também por se tratar de um episódio que é focado sobre os sentimentos entre Maggie e sua mãe, durante a batalha contra o câncer de Diane.
E vocês, leitores do O Camundongo e que acompanham as minhas resenhas, devem ter se perguntado o motivo da demora das resenhas dos episódios, não é mesmo? O motivo é que ao mesmo tempo em que esse episódio estava sendo exibido, eu também enfrentava a mesma situação ao lado de minha mãe. Então, acabei me afastando de tudo para me dedicar aos cuidados que ela precisava de mim. Infelizmente, tive o mesmo resultado que Maggie terá ao fim deste episódio.
Estou apenas comentando sobre isso para que vocês saibam o que aconteceu para a demora e para comentar sobre as coincidências da vida. Não é? Voltando ao episódio, logo de cara, temos Maggie lutando com suas estratégias para encontrar o melhor tratamento para Diane, sem se importar com a opinião de sua própria irmã, Meredith. A moça apenas quer saber de fazer sua mãe ficar forte o suficiente para conseguir entrar em um tratamento experimental que poderá – ou não – melhorar as suas chances na batalha contra o câncer.
Com isso, a moça acaba forçando uma aproximação entre Richard e Bailey, que todos nós esperávamos que iria acontecer em algum momento próximo. Já Meredith, além de estar dando suporte para Maggie, tem seus próprios problemas para lidar. A nossa protagonista estava se acertando com Nathan, no episódio anterior, e agora, precisa colocar o rapaz na espera novamente, até que sua irmã fique bem para saber sobre o relacionamento deles.
Com o avançar do episódio, os sintomas de Diane também começam a avançar, a senhora começa a sofrer com os efeitos colaterais do tratamento que Maggie acabou lhe colocando, mesmo sendo advertida por seus colegas de que essa não era a melhor opção. Mesmo você de casa, sem ter passado por uma situação parecida, é difícil não simpatizar com essa batalha, afinal, em algum momento, todos nós passaremos por algo semelhante, não é mesmo?
É emocionante ver como a relação entre Maggie e Diane vai ficando cada vez mais forte, conforme elas vão passando pelos obstáculos, mas, conforme conversamos anteriormente, as coisas não estão melhorando muito. Como sempre, a série mistura drama, emoção e humor, de uma maneira como nenhuma outra consegue, e o gancho humorístico aqui, foi um jantar que Diane e Maggie prepararam para receber Richard, Arizona e Jackson.
Durante a refeição, Diane questiona sobre o local em que a mãe de Meredith está enterrada para lhe fazer uma homenagem, deixando a protagonista e Richard acanhados sobre contar a verdade sobre o que eles fizeram com Elis. Meredith conta e, claro, todo mundo cai na risada. Embora essa cena quebre um pouco do drama, as coisas pioram logo em seguida. Richard então decide intervir sobre o caso e descobrir o fato pelo qual Diane continua se submetendo aos tratamentos que claramente não estão mais lhe trazendo nenhum benefício.
Descobrimos que a mãe de Maggie não está mais lutando por sua vida, que ela apenas não quer trazer “escuridão” para a vida da moça, que ela quer que Maggie saiba que ela foi capaz de fazer tudo o que estava em seu alcance para tentar lhe salvar. Mas, depois da conversa com o pai biológico de Maggie, Diane finalmente decide enfrentar o destino que lhe aguarda. Ao mesmo tempo, também descobrimos o motivo de Maggie estar lutando freneticamente com o que pode para salvar a mãe.
Maggie se sente mal por não ter tido tempo o suficiente para fazer alguma coisa, já que foi mantida afastada por sua mãe por muito tempo. Quando ela finalmente aceita que sua mãe não quer mais lutar, ela começa a receber o apoio e conforto das pessoas mais próximas, tentando lhe passar suas próprias experiências sobre o assunto. Uma conversa franca sobre a vida entre Maggie e Diane foi especialmente devastadora, particularmente pra mim.
A maneira como a mãe passa os conselhos para a filha, antes que seja tarde demais, me faz ficar com os olhos cheios de água apenas de lembrar. Maggie não sabe, mas aqueles são os últimos momentos que ela passará com sua mãe viva e a maneira como tudo acontece é tão sutil e até mesmo leve, tanto para os telespectadores, quanto para a personagem. Como eu disse, o final da batalha não é a favor de Diane e a jornada de Maggie está apenas começando.
A moça, agora, precisa encontrar seu lugar ao mundo sem ter a presença de sua mãe, já vimos isso acontecendo no passado quando George perdeu o seu pai nas primeiras temporadas da série e, com certeza, essa jornada poderá transformar a personagem de diversas maneiras pelas quais precisaremos continuar acompanhando para descobrir.
Por fim, o episódio não só tratou do relacionamento entre as duas. A aproximação entre Richard e Bailey aconteceu. E com certeza, teremos resultados positivos nos próximos episódios. A guerra fria que estava acontecendo nos corredores do Grey + Sloan Memorial Hospital parece estar chegando ao fim também. E esses são os ganchos que nós levam até o fim desta atual temporada.
Antes de finalizar essa resenha, queria dizer duas coisas. Primeiro, que para um primeiro episódio como diretora, Ellen Pompeo mandou muito bem. Ela conseguiu acertar em cheio na quantidade de drama e sentimento que os atores deveriam transmitir neste episódio em especial, não ficarei surpreso se ela começar a dirigir mais episódios na próxima temporada.
E segundo, também gostaria de agradecer a todo mundo que aguentou firme na espera pelas resenhas. Na próxima temporada, estaremos novamente seguindo o cronograma oficial da série, certo? Agradeço a compreensão de todos e a gente se encontra no próximo episódio!