E chegamos ao segundo, e último, lançamento do Marvel Studios nos cinemas em 2015. A aposta da vez é o popularmente desconhecido Homem-Formiga, que faz sua estréia nas telonas agora. Será que acertaram na mão dessa vez?
Como pôde ser notado pelos trailers e pela divulgação como um todo, Homem-Formiga se apresenta como um filme despretensioso, facilmente subestimável. Ele aposta exatamente no caminho inverso de eventos megalomaníacos de Os Vingadores (2012), mas promete a mesma simpatia característica da Marvel nos cinemas. Sua grande aposta de marketing acaba ficando pela comédia, que é ainda melhor que o divulgado, mas o filme é competente o suficiente para entregar muito além disso.
Para começar, temos aqui um roteiro muito bem amarrado e que sustenta o filme do início ao fim. A princípio, você pode torcer o nariz, mas não vai conseguir ficar muito tempo sem que o filme lhe conquiste e prenda o interesse, fazendo-lhe mergulhar na narrativa enquanto gargalha a cada dez minutos. Vale notar que é um filme família, então as crianças maiorzinhas estão liberadas nas sessões.
As piadas são realmente ótimas, mas o enredo é consideravelmente profundo e envolve questões sérias como família e conceitos de noção de mundo. Aliás, a perspectiva é uma questão central na trama, um pouco filosoficamente, mas principalmente, visualmente.
E o 3D neste filme é um dos mais bem aplicados de todas as produções do cinema, mais que em algumas animações feitas em computação gráfica Logo, fica a dica para quem tiver a opção de assistir com a dimensão de profundidade.
A atuação é realmente impecável, excelentes escolhas de atores, todos cumprem seus papéis sem falhas. O enredo acaba não pedindo muito de alguns deles, mas, ao menos para os três personagens principais o elogio é certo.
Já a trilha sonora é bacana e condizente ao tema, lembra consideravelmente a de Vingadores: Era de Ultron (2015) e é assinada por Christophe Beck, que curiosamente, compôs a de Frozen: Uma Aventura Congelante (2013).
Em resumo, Homem-Formiga é uma produção que surpreende pela qualidade e simpatia, com uma dose extra de humor e irreverência. Claro que o Universo Cinemático da Marvel está presente, temos inúmeras referências e ligações aos Vingadores, inclusive com uma participação especial durante o filme, mas quase sempre feitas de forma engraçada e divertida.
Para encerrar, fica registrado que nesse filme temos o melhor product placement da história da Apple e uma singela sugestão: não diminua o filme e corra para os cinemas! Temos, de fato, um “Guardiões da Galáxia 2015”.
Ah, não se deixe enganar pela primeira cena pós-créditos e fique até o finalzinho, vai valer a pena!