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Especial: Os Melhores Games do Mundo Disney | Parte 1

E aí, como vão, meus caros Camundongos? Vocês gostam de jogar vídeo game? Curtem consoles de mesa, portáteis, jogar em PC? Então espero que estejam preparados para um especial seriado que venho preparando com tanto carinho para vocês. Ao longo das próximas semanas deixarei todos a par dos grandes games vinculados ao mundo Disney que já passaram pelos prazeres de serem conduzidos por um joystick.

Nos dias de hoje onde a presença do mundo Disney dentro de um jogo é baixa e quando isso acontece é basicamente para exportar um filme para dentro de uma mídia e fazer um jogador terminá-lo, muita gente pode até mesmo desconsiderar que a empresa tenha tido, ou até mesmo tenha ainda, bons jogos lançados no mercado. Mas eu vou simplesmente revirar todo o baú e catar os 10 jogos mais famosos e aclamados de todos os tempos e tentar convencê-los que mesmo antigos, mal envelhecidos e até mesmo feios, eles são dignos de uma chance para lhes mostrar o quanto podem ser (e são) excelentes.

Esqueçam “Gears of War” e “Halo”, esqueçam “Uncharted”, “God of War”, “Mario” e “Zelda”, vou provar em 10 passos que a Disney merece continuar brilhando no grande cenário do entretenimento eletrônico. Então vamos lá, hoje daremos início a essa caminhada que nos levará por algumas gerações de consoles e franquias até chegarmos no topo deste pódio. Preparados?

Quem abre nosso especial é uma das primeiras e mais difíceis obras já lançadas pela Disney Interactive. “Maui Mallard in Cold Shadow foi lançado para Super Nintendo (SNES para os mais íntimos) em 1996 e trás o nosso tão querido Pato Donald na pele de Maui Mallard, um detetive contratado para ajudar a desvendar um misterioso desaparecimento em uma ilha tropical. O enredo é simples como a maioria dos jogos de plataforma da era 16 Bits mas conta com imagens e sons que são muito além do seu tempo.

Sua jogabilidade além de muito competente, te coloca em dois cenários bem diferentes: Enquanto por um lado controlamos Maui com sua pistola de plasma, por outro temos sob controle um Pato Ninja (sua forma transformada) possuidor de um bastão que, diante nossa evolução como jogador, fica cada vez mais forte, rápido e com mais combos. Há fases durante a jornada que precisamos saber bem como usar ambos os lados para derrotar certos inimigos, progredir e até mesmo alcançar certas áreas aparentemente inacessíveis.

Infelizmente Cold Shadow não recebeu a atenção merecida, alguns jogadores nem mesmo sabiam de sua existência. Além de ter tido uma campanha publicitária de lançamento muito fraca e um nível de dificuldade um pouco alto, foi lançado na mesma época de “Donkey Kong Country 3 : Dixie’s Kong Double Trouble!” e “Street Fighter Alpha 2”, grandes marcos da indústria que acabaram ofuscando seu brilho.

Fugindo do clima e estilo artístico da Disney, levando o jogador para uma linha mais sombria e com uma elevação no desafio do gameplay, Maui Mallard in Cold Shadow” marcou a infância de vários jogadores e agora ocupa nosso 10º lugar no ranking.


Originalmente lançado em 1994 para Mega Drive (SEGA) e Super Nintendo (Nintendo), acredito que este nome, ainda mais aqui no O Camundongo, dispensa apresentações, né? Pois bem, é complicado um jogo baseado em uma animação de tanto sucesso ter uma aceitação grande no mundo dos games hoje em dia, mas nem sempre as coisas foram assim. Enquanto a grande maioria dos filmes recentes da Disney se transformam em jogos sem qualquer cuidado, onde seus produtores sequer parecem terem lido uma prévia da sinopse, “O Rei Leão” como tantos outros lançados na geração 16 Bits teve devido capricho e zelo para estrelar no mercado.

O game segue fiel a história do grande clássico da Disney, seja cronologicamente, seja com cenários e até mesmo os ruídos e vozes presentes nos movimentos dos personagens e cenas entre uma fase e outra. Um destaque especial para sua beleza, diversidade das fases e excelente trilha sonora que fazem jus a obra mencionada.

Ainda que haja uma pequena diferença entre as duas versões (Super Nintendo e Mega Drive), prefiro dar mais importância quando for realmente relevante. Nesse caso aqui, o console da Big N (Como a Nintendo é conhecida) tem uma melhor performance tanto nos detalhes dos cenários quanto, principalmente, na parte sonora. Então se forem correr atrás para jogar, já sabem qual escolher.

Assim como nosso 10º lugar, aqui também nos deparamos com duas jogabilidades ao longo da trama, sendo uma delas mais limitada na fase jovem de Simba e uma segunda pouco mais elaborada em sua fase adulta. Além disso contamos com fases bônus onde é possível controlar tanto Timão quanto Pumba em situações diferentes.


Como muitos sabem, não é um game fácil e justamente por isso pode irritar um pouco alguns jogadores. Tem quem reclame de lentidão na resposta dos controles e outros que incentivam aos gamers a planejar (ou decorar) o percurso pelo cenário para não acabar “quebrando a cara” perdendo várias vidas. Ainda que “O Rei Leão” tenha suas pequenas falhas, talvez justificáveis pela época, é uma das obras mais aclamadas não só nos cinemas mas também nos consoles, e é para ela que vai nosso 9º lugar.


Alguém já ouviu falar da Capcom? Isso, aquela empresa que faz “Street Fighter“, “Resident Evil” e “Megaman“. Pois é, no passado a empresa tinha uma relação de amor com nossa querida Disney e fazia com grande frequência jogos de muito respeito, e é aí que entra nosso 8º lugar.

Quem diria que aquelas duas figurinhas que tanto causavam nos episódios do Donald e do Pluto, chegariam a receber uma série onde juntos com Monterey Jack, Geninha e Zipper, defenderiam a lei das garras do Gatão e sua gangue. E é exatamente neste cenário que a Capcom lança um dos games de plataforma mais consagrados da era 8 Bits. Em “Chip ‘n Dale: Rescue Rangers“, Tico e Teco precisam salvar a princesa (ops, a Geninha) das mãos do mal feitor, acabando com seus planos e assim resgatar a paz. Clichê pouco seria bobagem se não estivéssemos falando de um ano onde os jogos estavam em fase quase inicial de produção, então podemos considerar a ideia como no mínimo original.

O gameplay não tem nada de muito elaborado. É algo simples e curto que possui uma carência alta no fator replay (linguagem nerd a parte, seria o fator que lhe fornece aquela vontadezinha de re-jogar o dito cujo após terminá-lo), a dificuldade também é mais baixa e provavelmente em uma sentada você termina o game (até porque é a única opção, afinal o famoso SAVE ainda nem existia). Obviamente que tudo isso se da não só com ele mas com vários jogos dá era Nintendinho (ou NES como chamei a pouco) por conta das limitações da época. Em contrapartida é muito gostoso e divertido de se jogar.

Lançado em 1991 teve sua sequência em 1994 onde algumas falhas foram corrigidas e houve uma boa melhoria no sistema de fases e gameplay transformando “Chip ‘n Dale: Rescue Rangers 2” o preferido de muitos jogadores. Jogabilidade mais dinâmica, melhoria na qualidade de som e imagem e principalmente as lutas contra os chefes de fases, foram os principais fatores que deram mais destaque a sequência. Nem a troca da seleção de fases pela linearidade e a considerada pouca inovação na evolução da série conseguiram tirar a medalha de 8º lugar desse “pequeno-grande” jogo.


E foi então que em 1991, desenvolvido e publicado pela SEGA (que hoje em dia anda meio perdida), nosso tão aclamado Pato Donald recebeu seu jogo de maior sucesso para Mega Drive. Equipado com seu disparador de desentupidor de pias, nosso herói decidi ficar rico indo atrás do tesouro do Rei Garuzia. A trama conta com algumas participações ilustres como Huguinho, Zezinho e Luisinho, Margarida, Tio Patinhas e até mesmo Professor Pardal e Pateta. Por fim, temos Bafo de Onça e sua gangue que formam a trupe de antagonistas nessa caçada.

As semelhanças entre “Quackshot” e “Indiana Jones” são muitas, seja no enredo, clima e até mesmo roupas que parecem terem saído dos filmes de Steven Spielberg. Isso é até um pouco irônico pois muitos críticos acreditam que as histórias do personagem vivido por Harrison Ford nos cinemas era fortemente inspirado nas HQs de nada mais nada menos que Carl Barks (O cara que deu vida a Patópolis).


Como praticamente todos os representantes do nosso Top 10, também estamos diante de um jogo de aventura/plataforma com jogabilidade muito comum entre outros de mesmo estilo, só que desta vez com um leve elemento de exploração que torna seu gameplay menos simples. Dessa vez não basta apenas passar pelos cenários acabando com os inimigos pelo caminho, é preciso ir na fase certa para ter o item certo e usa-lo para abrir caminho em alguma das fases disponíveis no seu mapa. É, parece fácil para os dias de hoje, mas para aquela época isso era pura inovação, ainda mais se tratando de um jogo Disney mais voltado para o público infantil. Sim, infantil mesmo, naquela época, diferente de agora, Video Game era considerado brinquedo e seu principal alvo eram as crianças.


Foi uma obra que teve bastante destaque e quase todas as locadoras a possuíam para aluguel (o que tornou bastante acessível). Por se tratar de um game bem colorido, carismático e com um dos personagens mais famosos do mundo como protagonista, era quase que obrigatório para todo dono de um Mega Drive, e em muitos casos proposto até mesmo pelos pais.

Quackshot” foi um abre alas para muita crianças ingressarem no reino Disney pelos consoles de mesa e uma das parcerias mais fortes entre a SEGA e a Disney que marcou muita história. Hoje ele ocupa o 7º lugar nesse especial e dá desfecho a nosso primeiro capítulo da saga que nos levará até o vencedor dessa lista de diamantes que todo mundo deveria tirar um tempinho para degustar.

Leram tudinho? Deu vontade de jogar, né? Pois então, principalmente na Internet, existem diversos sites que disponibilizam emuladores e ROMs sem qualquer complicação. Eu sugiro que daqui até o próximo episódio deste especial, vocês (todos vocês, hein?) busquem tentar proporcionar ao seu depósito de diversão um pouco dessa linhagem de jogos que marcaram não só gerações mas sim a história da nossa tão amada Disney no mundo do entretenimento eletrônico (Ah sim, é 0800! Grátis! Free!).

Nos vemos em breve, Camundongos!

Escrito por Rafael

Formado em Administração com especialização em Marketing, o atual colunista do "O Camundongo" é amante nato do Universo Disney, viagens e games. Curioso com a arte da fotografia e culinária, tem como representantes de suas paixões "O Rei Leão", "Orlando" e "Kingdom Hearts" com menções honrosas de "Mario", "Zelda", "Final Fantasy", fotos sem flash e Cheesecake de amora.

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