Sarah 
Ainda existem pessoas que não sabem, mas comemorar o Dia da Mulher é mais necessário por um ato de conscientização do que celebração. Desde 1908, temos celebrado internacionalmente o Women’s Day, pela luta por direitos que mulheres repercutiram ao longo da História, e que até hoje é galgado de forma árdua. O Dia da Mulher nos traz a um cenário não tão bonito, mas cheio de reflexão, pois afinal por que precisamos nos lembrar do Dia das Mulheres?
Por muitos anos a Disney trouxe para suas obras personagens femininas para protagonizar. Princesas e outras criaturas magnificas dotadas de grande sabedoria e lição para embalar os maiores contos já lançados. Muito enfoque é dado em sua beleza e graciosidade, mas a verdade é que, sejam as Princesas ou as mocinhas, todas tem muito a ensinar. Sobre amor, carinho, gratidão, esperança e principalmente igualdade.
O que vemos nas obras da Disney é uma evolução natural do comportamento da mulher na sociedade. Começamos com personagens como Branca de Neve, que não tem uma personalidade forte, mas deixa sua marca com ternura e de maneira bem mais amena do que, por exemplo, Ariel no início dos anos 1990, mostrando que seus desejos e sonhos apenas seriam alcançados se ela infringisse algumas regras que lhe eram impostas.
E então recentemente vemos Elsa, uma princesa que se encontra na responsabilidade de virar rainha e que tem seus receios por não saber se consegue dar conta de sua tarefa de manter um bom reino. Foram tantas as situações de incerteza que mulheres viveram em suas vidas, que esse caminho foi difícil, e em muitos casos não tem um final tão valoroso e feliz quanto em nossas películas prediletas.
As personagens acabaram acompanhando os ideais da luta pela igualdade, tendo princesas cada vez mais independentes e empoderadas. Veja Tiana, por exemplo. Ela, em momento algum, desiste de seu sonho, e o fato de haver um príncipe na história não altera seu caminho em busca da realização pessoal e profissional, fazendo desta vez com que o príncipe, famoso por resgatar a donzela em perigo, torne-se um coadjuvante na luta de uma mulher independente.
Outro Grande exemplo é Esmeralda, uma mulher que sofria mais preconceitos ainda por ser uma cigana em uma época em que o povo Rom — ou cigano — era extremamente perseguido e marginalizado. Ela mostra sua força não só pessoalmente, mas levantando-se contra a tirania para ajudar seu povo e Quasímodo, que era hostilizado e marginalizado por conta de sua aparência.
Esses são somente alguns exemplos que podemos perceber o quanto a mulher evoluiu e ajudou a moldar o mundo em que vivemos, o que pensamos e como podemos sim ter uma vida com igualdade para todos os povos, crenças, gêneros… Um mundo onde todos podem ser o que quiserem, e que sonhos podem se tornar reais.
Essa é a maior luta que todas nós temos, e que queremos que se torne acessível para seja quem for. Ainda resta muita luta, e ultimamente, é uma luta que vem se tornado cada vez mais difícil, porém, não deve ser parada em momento algum, uma vez que a igualdade deveria ser a regra, e não a exceção. Beijos e até a próxima!
