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Minnie Side | Zootopia e o importante retrato das minorias

Zootopia é um sucesso mundial. Quebrando recordes de bilheteria, o filme está sendo cada vez mais aclamado pela crítica e pelo grande público, e não era para menos. Além de um roteiro excelente, o longa tem personagens extremamente cativantes e um tópico bem atual, sobre o qual devemos falar sempre: as minorias.

Tomemos Judy Hopps como exemplo. A coelhinha estava fadada a uma vida comum, no interior, cheia dos medos e rotinas de sua família. Mas seu desejo de ser mais do que isso a leva a quebrar seus próprios limites, desafiando a si mesma e a toda uma sociedade para se tornar uma policial.

Em paralelo, ela é uma mulher empoderada, que quebra os tabus da sociedade, os quais ditam que alguém deve ser e fazer e busca seu lugar ao sol. As batalhas de Judy não são fáceis. Provar que era capaz sendo a melhor de sua classe não foi o bastante para impedir os risos, deboches e humilhações de seus colegas de serviço, porém, nem isso a fez desistir. E ela consegue calar os risos e as piadas provando ser tão ou mais competente que seus colegas.

Infelizmente, no dia a dia, ainda precisamos agir como Judy e sermos os melhores absolutos se quisermos a chance de sermos tratados como iguais. E mesmo assim, muitas vezes sequer essas demonstrações são capazes de fazer as pessoas entenderem que igualdade é uma necessidade, e não um luxo.

Judy é um exemplo de superação e de capacidade para enfrentar as adversidades, mas a verdade é que muitas vezes somos soterrados pela avalanche de preconceitos e humilhações, ao ponto de não nos importarmos mais com igualdade, e simplesmente querermos que a história mude de lado.

É o que acontece com a ovelhinha Bellwether, que, cansada de ser humilhada e deixada de lado, acaba partindo para um lado mais extremista da situação e decide mudar a balança do preconceito. Por mais que muitos de nós condenemos esse tipo de atitude extrema, que acaba se tornando um espelho do que lutamos para acabar, não é impensável para nós que alguém que sofre abusos diários possa tomar uma atitude nessa linha.

Todo extremismo de uma minoria, no final das contas, parte do momento em que se torna insuportável aguentar o abuso e a pessoa não consegue tomar outra decisão que não seja “combater fogo com fogo”. No final das contas, vemos que Judy e Bellwether não são tão diferentes assim. Elas partem da mesma premissa: enfrentar o preconceito com as armas que encontram.

Resta a cada um de nós tentar ser cada vez mais como a Judy, encontrando na igualdade nosso lugar, e cada vez menos extremistas como Bellwether, entendendo que a superioridade de alguém sobre outro é errada, não importa quem esteja em qual posição! Beijos e até a próxima!

Escrito por Sarah

Sarah Campos ama tudo o que diz respeito a Disney, principalmente a Cinderella. Gosta de cinema, jogos de vídeo game, ficção científica e quadrinhos da Marvel. Tem como sonho conhecer o mundo e mais do que ele tem a oferecer.

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