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Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar | Crítica de Fã pra Fã

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“Mortos não contam histórias.”

Capitão Salazar

Franquias: amar ou odiar. Atualmente, parece não haver meio termo entre tantas sequências e reboots que vemos todas as semanas em cartaz nos cinemas. Piratas do Caribe é uma delas. Com sua primeira história contada há mais de uma década, é difícil manter um padrão de qualidade e coerência durante todo o percurso.

Prova disso é o quarto lançamento da franquia, o mediano Navegando em Águas Misteriosas (2011). Mas falemos do agora, ou melhor, de A Vingança de Salazar, a tradução extremamente desnecessária dado o título original Dead Men Tell No Tales, que diz muito mais sobre a história.

A princípio é justo dizer que o quinto filme não é uma obra-prima, mas possivelmente pode figurar no TOP três da franquia. Com o quarto filme na lembrança este é um alívio, mas para os fãs com memória boa, faz muita falta o espírito e encanto de A Maldição do Pérola Negra (2003).

A Vingança de Salazar, entretanto, renova a franquia de forma eficaz. Assistam à cena pós-créditos para entenderem melhor sobre isso. Os personagens Henry Turner (Brenton Thwaites) e Carina Smyth (Kaya Scodelario) são os rostinhos novos que fazem a trama andar e cativam o público assim como Elizabeth e Will (Keira Knightley e Orlando Bloom) fizeram anos atrás.

Das novidades. é essencial ressaltar a excelente participação de Javier Bardem como o vilão Salazar. O personagem é sinistro e não apenas no visual, mas também na forma de falar, nos olhares e trejeitos. Diria que é a melhor atuação do filme e talvez um dos melhores vilões que a franquia já viu. Salazar é o carro-chefe de algumas cenas macabras e até violentas demais, partindo dos padrões Disney.

Porém, para um filme de piratas, essa nuance é necessária, assim como algumas piadas mais sujas, que, em inglês ,funcionam até um pouco melhor. Johnny Depp como o Capitão Sparrow é o mesmo de sempre, e isso não é ruim. Afinal, Jack é um dos melhores personagens do ator. E não posso me esquecer de Geoffrey Rush que brilhou mais uma vez como Barbossa, servindo como peça chave da narrativa.

A história do filme mistura elementos mitológicos inéditos, mas, ainda assim, trata da busca por um objeto mágico. Pode parecer um pouco repetitivo, mas o recheio do longa é interessante. Afinal, mesmo após tantos anos, a tripulação do Pérola Negra ainda rende ótimos momentos.

Os cenários e efeitos especiais estão incríveis. Diga-se de passagem, a Disney de uns anos pra cá manteve um padrão de excelência no quesito computação gráfica. A tripulação fantasma de Salazar é praticamente uma evolução da tripulação amaldiçoada de A Maldição do Pérola Negra. Aproveito para ressaltar a cena com os tubarões fantasmas que estão inacreditáveis.

O filme é bom mas para os que já estão cansados da franquia pode ser considerado morno. Entretanto, acredito que o mais importante de A Vingança de Salazar é a promessa de futuro. Os novos personagens e, principalmente, o retorno de Will e Elizabeth trazem um brilho que a história perdeu com o tempo.

Acredito que esse filme foi um passo bem dado para corrigir o fiasco, de qualidade e não de bilheteria, de Navegando em Águas Misteriosas, e colocar a embarcação no rumo certo mais uma vez. Como um todo, o longa pode não impressionar, mas, ainda assim, é a esperança do renascimento do trio Jack, Will e Elizabeth em um sexto filme. Como diria nosso amado capitão Sparrow: “Tragam-me o horizonte!“.

Escrito por Paulo

Mouseketeer desde que me entendo por gente! Finalmente realizei meu maior sonho de Camundongo e visitei todos os parques da Disney no mundo!

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