Com menos de um mês para Procurando Dory ser lançado, tivemos a graça de receber os dois trailers finais em sequência, sendo um o estadunidense divulgado no programa da Ellen Degeneres e o outro, brasileiro, divulgado pela página da Disney Brasil no Facebook.
Os dois trailers contêm um abismo de diferenças que, assim como em O Bom Dinossauro (2015), não dão o mesmo foco à história, tendo divergências do gênero do filme. O trailer original contém aspectos muito mais emocionais e levanta questões ambientais bem relevantes para os dias de hoje.
Trailer em Inglês de Procurando Dory:
O trailer de dois minutos e trinta e oito segundos começa com a voz da Dory pequena, perdida, dizendo “Olá” e um casal de peixes que tentavam encontrar de onde vinha o som. Depois disso, a música tema de Procurando Nemo (2003) toma conta e começam várias cenas da protagonista em busca de respostas sobre o paradeiro de seus pais.
Porém, até aí, os outros trailers mostraram situações semelhantes, mas dessa vez algo chama a atenção. Os cenários. Se prestarmos atenção, veremos que lá no oceano vemos vestígios de sujeira humana. Fusca, garrafa, plástico, coisas tão comuns vistas em jornais, mas que causam um certo incômodo ao serem vistas em uma animação dessas.
Ao nadar no meio dessa herança maldita deixada por nós, Dory é capturada de uma forma bem semelhante a de Nemo, mas em vez de ser levada para um aquário de um dentista, a peixinha azul é levada para um instituto marinho onde conhece — e reconhece —alguns amigos.
O que antes estava soando apenas uma sequência bobinha e sem perspectiva, agora desperta um desejo enorme em querer saber logo o desenrolar da história. Marlin e Nemo irão dizer adeus para Dory? A Dory vai encontrar seus pais? Ela vai ficar presa no instituto marinho?
Questões que, por mais gratos que estejamos por não serem entregues nos trailers, deixa aquela pulga atrás da orelha e aquele gosto de “Eu preciso assistir a esse filme“. Independente do rumo que a história tome, há grandes chances de entendermos o verdadeiro significado da famosa frase “Continue a nadar”.
Soa como uma trailer convincente, não? Bom, o brasileiro, por sua vez, faz o contrário. Joga-se fora toda e qualquer oportunidade de emocionar o público para abrir espaço ao novo dublador de Hank, o comediante Antônio Tabet, conhecido por seus trabalhos no canal Porta dos Fundos e Kibe Loco.
Trailer em Português de Procurando Dory:
Basicamente, eles pegaram um grande número de cenas do personagem, uniram às cenas de comédia e, assim, nasceu mais um trailer. O que soa um pouco idiota, devido ao fato de que o Pixar Animation Studios sempre se vendeu como algo emocionante, que explora todas as emoções e, mais uma vez, o trailer direcionado para o público brasileiro, gira em torno de piadinhas.
Entendam que, neste caso, a crítica não é para a dublagem, porque ficou boa. Apenas não tem sentido em vender sempre a piada. Os filmes do estúdio encantam — e sempre encantaram — em nível de maior profundidade.
Se juntarmos todos os trailers brasileiros, eles não convencem muitas pessoas, porém, a partir do momento que a pessoa assiste ao trailer dos Estados Unidos, é fácil ela mudar de ideia, porque tem profundidade, tem algo em que ela se apegue.
Queremos saber de vocês, qual dos dois trailer mais te convence, te engaja a ir assistir Procurando Dory? Com direção e roteiro de Andrew Stanton, responsável pelo filme de 2003, e co-direção de Angus MacLane (Toy Story de Terror), a sequência estreia em 30 de Junho de 2016, no Brasil.
Seis meses após reunir Marlin e Nemo, Dory subitamente se lembra das memórias de sua infância. Acompanhada por seus amigos, ela parte em busca de sua família e chega ao Instituto de Vida Marinha em Monterey, na Califórnia, onde conhece três novos amigos: Bailey, uma baleia branca; Destiny, um tubarão-baleia; e Hank, um polvo, que se torna o seu guia no local.