Uma das franquias mais conhecidas do mundo, você dificilmente encontrará alguém que não sabe o que é Guerra nas Estrelas ou pelo menos quem é o icônico vilão Darth Vader. Falando de uma forma mais pessoal, Star Wars foi o primeiro filme que tenho recordações da infância. Meu bisavô era um grande fã de ficção científica e seus derivados, e me ensinou desde muito pequeno a gostar de Luke, Léia, Han Solo e companhia.
Em minhas memórias, uma das coisas preferidas aos domingos era pegar aqueles VHS velhos de guerra e passar a tarde assistindo enquanto ele me explicava as partes que minha idade não permitia, como a Força, Jedis e outros termos confusos. Como já era de se esperar, imaginei que a Força era algo real durante muito tempo. Ainda acredito, ainda que de forma diferente. E quero aproveitar este espaço para contar para você que nunca se aprofundou na galáxia de Star Wars porque é uma saga que até hoje atrai legiões de fãs. E talvez trazer você para este mundo!
Vamos começar do começo. Existem diversas variantes do tema “Ficção Científica”. É um tema muito abrangente, com obras que são impossíveis de fazer um comparativo. Com isso, o gênero de Star Wars, na verdade, chama-se Space Opera, que é uma vertente da ficção científica com foco em romance, cenários exóticos e personagens épicos.
O termo veio de uma brincadeira com o termo Horse Opera, usado para indicar filmes com muitos clichês da cultura Western (Velho Oeste). Star Wars é recheado de raças e planetas de uma galáxia fictícia, onde a tecnologia avançou ao ponto de viagens interplanetárias e robôs altamente avançados são corriqueiros no dia-a-dia dos personagens.
O criador de Star Wars, George Lucas, já tinha uma certa experiência com o cinema, tendo dirigido um curta-metragem de ficção científica premiado que acabou se tornando um longa, chamado THX 1138 (1971). Mas foi como filme American Grafitti (1973) que seu nome foi elevado ao patamar de outros grandes diretores. Depois do sucesso deste filme, Lucas quis fazer uma adaptação de um clássico da Ficção Científica: Flash Gordon.
Porém, como os direitos do mesmo não estavam disponíveis, Lucas, ainda em sociedade com o grande diretor Francis Ford Copolla, decidiu começar a dirigir Apocalipse Now (1979) e começar seu projeto em paralelo, chamado Star Wars. Como seu projeto foi tomando tempo, Copolla acabou tomando as rédeas de Apocalypse Now e dividiu a empresa dos dois, deixando George com tempo para se dedicar ao projeto de sua vida.
George Lucas então decidiu unir o que já tinha planejado para sua sequencia de Flash Gordon com o que havia visto nos filmes de Akira Kurosawa, para assim criar uma espécie de “Filme de samurai espacial”. Ele finalizou seu projeto usando a Jornada do Herói, que mostra a evolução do personagem na visão do escritor Joseph Campbell.
Outra de suas inspirações foi a obra de J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis. Inicialmente, a ideia de Lucas era fazer apenas um filme, e mesmo assim ele tinha medo de ser um fracasso, pois acreditava que o público não gostaria do longa. No próximo texto, falaremos um pouco mais sobre o filme que iniciou tudo: Star Wars: Uma Nova Esperança (1977). Fiquem ligados e que a força esteja com vocês!
