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Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca | Crítica de Fã para Fã

Embora o título seja “Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca“, não é a tão popular fadinha que protagoniza essa nova aventura da franquia – esse papel cabe à Fawn. É uma decisão arriscada, porém, no final, se mostra acertada, visto que a fada dos animais tem carisma suficiente para conduzir a história por si mesma.

O mesmo talvez não pudesse ser dito caso a escolhida fosse alguma das outras fadas, pois, com exceção de Rosetta, elas não parecem ter a capacidade necessária para serem protagonistas. De toda forma, optar por Fawn revigora a saga e abre novas possibilidades a serem exploradas, além de sua especialidade ser ideal para o desenrolar da trama.

Depois da passagem de um cometa sobre o Refúgio das Fadas, uma misteriosa criatura acorda de seu sono profundo. Curiosa, Fawn não perde a oportunidade de interagir com o animal. a quem apelida de Ranzinza, porém a fada-protetora Nyx acredita que se trata da ameaça prevista por uma antiga lenda e fará de tudo para proteger o refúgio.

A sequência de introdução de Nyx e de seu grupo, em que defendem as fadas de um ataque de falcões, é interessante e bem executada. O momento também serve para levantar a ideia de que Fawn deve ouvir mais a razão do que o coração, visto que esse a incentiva a abrigar animais perigosos. Do outro lado, a adição de Ranzinza ao elenco prova ser um acerto. Sua aparência peculiar é um dos pontos altos da produção e ajuda a causar curiosidade.

Seguindo o ditado de que não se julga um livro pela capa, a protetora dos animais acredita que Ranzinza é bom e não um monstro, como a protetora e os demais pensam. Como se trata de um filme voltado para o público infantil, as mensagens e as lições de moral ficam bem evidentes e estão sempre sendo ressaltadas, logo, para os maiores podem soar um pouco cansativas, porém nada que diminua a diversão.

O roteiro, no entanto, falha ao sanar diversas dúvidas acerca da existência de Ranzinza. A questão central é a divergência de opiniões de Fawn e Nyx a respeito dele, mas o evento relatado na lenda acontece sem razão clara – isso é: ele existe por pura necessidade do roteiro e, ao analisá-lo, perde a sua lógica. Nyx deveria servir como um contraponto à Fawn, mas sua presença não é tão bem aproveitada e sua importância acaba se diluindo no decorrer da aventura.

Infelizmente, é preciso ressaltar que o longa-metragem pode servir como o desfecho das aventuras de Tinker Bell e amigas, pois não há quaisquer notícias a respeito de uma continuação e a situação do DisneyToon Studios não é muito favorável. Assim, caso isso se concretize, a história não teria sido a melhor escolha, porque não aproxima a franquia do clássico “Peter Pan“, como era previsto.

Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca” destoa um pouco dos anteriores por se enveredar em cenas mais sombrias, algo bastante oportuno, porém mantém a essência e as qualidades visual e sonoras, as quais trouxeram a saga tão longe. Assim, continua a ser um bom entretenimento e passatempo, especialmente para o público-alvo, além de garantir algumas risadas.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".

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