Quem vivenciou o passado dos consoles de mesa e teve oportunidade de jogar grandes aventuras protagonizadas pelo rato mais famoso do mundo, deve ter estado se perguntando “Por onde anda Mickey Mouse?“. Um ano se passou depois que as primeiras informações sobre o seu retorno foram divulgadas e pouco mais de um mês é o que teremos de esperar para ter de volta o grande símbolo da animação em nossas casas. Mas será que “Epic Mickey” foi sempre o fenômeno que demonstra ser na atualidade? Bom, meu nome é Rafael mas muitos me conhecem como Akain. Sou novo membro da Disney Mania e em minha estreia trarei para vocês um especial sobre o possível jogo mais esperado de todo fã da Disney.
Em Julho de 2009 são liberadas as primeiras imagens do que viria a ser o retorno triunfal do ícone da Disney ao mundo dos games. Fontes diziam que o jogo estava sendo produzido pelas mãos do lendário Warren Spector. Com especulações de que a plataforma de origem seria o Nintendo Wii, por muitos foi considerado apenas “vaporware”, ou seja, algo divulgado, mas que quase nunca chega a ser concretizado.
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Warren Spector (2 de outubro de 1955) – Renomeado designer de jogos eletrônicos. Sua fama se deu a muito por trabalhar com games que fundem elementos de RPG e tiro em primeira pessoa. Atualmente reside em Austin, Texas com sua esposa Caroline L. Spector, escritora. Seus trabalhos mais famosos são System Shock e Deus Ex.
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Meses depois é divulgada a capa da revista game informer do mês de Novembro com a primeira arte oficial do jogo. “Epic Mickey” então já tinha seu título. Começava aí as especulações dos fãs quanto a dois personagens já existentes na imagem divulgada. Oswald, o coelho sortudo e o Mancha Negra.
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Mickey Mouse estava de volta. O lançamento da game informer trouxe consigo grande quantidade de informações sobre a mais nova criação da Junction Point Studios, produtora da Disney, responsável pelo projeto. “Epic Mickey” não era apenas vapor e seu enredo parecia bem inovador com o retorno de personagens a muito esquecidos, o problema foi que suas imagens infelizmente não agradaram a todos.
Da mesma forma que uma legião de fãs fora movida com as primeiras informações sobre o retorno do camundongo aos consoles, grande quantidade de haters se formou diante a divulgação das imagens do que viria a ser o jogo propriamente dito. A baixa qualidade nas texturas, os gráficos pobres apresentados e a falta de capricho com a produção, foram só algumas das muitas citações dos críticos de plantão. “Epic Mickey” não parecia mais tão épico.
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Quase seis meses se passaram e nada mais foi dito a respeito. A única certeza que tínhamos era que teríamos novidades durante a E3 2010, feira internacional dedicada a jogos eletrônicos que acontece uma vez por ano no território americano. Foi então, que no dia 15 de junho de 2010, Warren Spector sobe ao palco da conferência da Nintendo e apresenta o que viria a ser o jogo. Mickey Mouse estava realmente de volta ao mundo dos games, e em grande estilo. Bocas foram caladas.
Apresentação de “Epic Mickey” na E3 2010:
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“Epic Mickey” foi uma das grandes revelações da feira. Antes disso, foi especulado em várias partes da mídia que o jogo não seria apresentado para a plataforma da Nintendo e sim para seus concorrentes de alta definição. O fato foi que depois da E3, não haviam mais dúvidas de que a Junction Point havia feito um excelente trabalho de arte mesmo com as limitações de hardware do Wii. É dado então o início da temporada de divulgação que traria o camundongo no papel de um herói épico.
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Com as ferramentas da imaginação admirável e ilimitada, construiu um mundo para o desprezado, o mal amado, uma terra que já foi alegre agora está arruinada por um rato travesso. Mas a redenção vem através de coragem inigualável, amigos perdidos a tempo e do poder do pincel. Só então, o rato travesso, vai poder se tornar um herói épico.
Na trama, Yen Sid (Fantasia – 1940), cria um mundo paralelo habitado pelos projetos, personagens e ideias abandonadas da empresa, um lugar chamado Wasterland. É então que o cenário muda para nosso protagonista que por uma leve curiosidade de seus sonhos, acaba encontrando a sala e derramando tinta mágica sobre as criações do grande feiticeiro. Diante o prejuízo causado, foge em retorno a seu quarto aonde faz com que tudo pareça não ter passado de um pesadelo. Com o passar dos anos ganha seu estrelato e se torna ícone. É então, que na manhã do dia em que é comemorado seu aniversário, Mancha Negra, originada pelo derramamento daquela tinta, o leva para um reino onde tudo é diferente, onde sua presença é considerada ameaça, e onde o braço direito de Walt Disney não era Mickey Mouse e sim Oswald, o coelho sortudo.
Em um recente featurette, Spector fala sobre a importância da narrativa e como ela segue a tradição da Disney como contadora de histórias. O diretor conta que “a chave para desenvolver histórias nos games não é contá-las através do jogo de maneira passiva, mas prover situações e problemas relevantes ao jogador e dar a ele a chance de escolher de que maneira interagir com elas”. Indo mais além, afirma que o jogo possui uma história de família “Mickey e Oswald são irmãos, e a narrativa conta sobre o encontro desses dois personagens.”
Em outra oportunidade, Warren também comentou sobre a trilha sonora. A composição está nas mãos de Jim Dooley, responsável por sucessos como “Código da Vinci “e “Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra“. Dooley também é conhecido por ter trabalho junto com Hans Zimmer em filmes como “Hannibal” e “Falcão Negro em Perigo“.
Em entrevista ao site gamespot, Adam Creighton, produtor da Junction Point, diz que em “Epic Mickey“, a medida que os jogadores vão fazendo suas escolhas, haverão mudanças tanto na história quanto em partes de Wasterland. Afirma ainda que as muitas possibilidades poderão levar a vários finais diferentes.
Mas e esses caras? Oswald e Mancha Negra? De onde vieram? Bem, não é a toa que estão no universo dos esquecidos. Além dos dois, Mad Doctor também estará presente no jogo compondo a linha de “vilões”.
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O Mancha Negra (Phantom Blot), é um dos tradicionais vilões das histórias de Mickey Mouse. Conhecido por assaltar bancos e sempre deixar um rastro de tinta, Mancha quase sempre é pelo em flagrante pego camundongo.
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Mad Doctor foi um dos principais vilões do Mickey em 1933. Um cientista louco que tinha desejos por novas experiencias. Em uma de suas histórias, teve objetivo de fundir Pluto a uma galinha.
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Oswald (Oswald, the lucky Rabbit), primeiro ícone criado por Walt Disney, foi um grande sucesso. Porém, diante algumas questões contratuais, seu criador perde os direitos do personagem que da lugar a criação de Mickey Mouse.
Atualmente a Disney já possui os direitos do Coelho.
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Possivelmente será o jogo da Disney onde são feitas as maiores referências não só aos antigos clássicos, mas também a toda uma carreira vivenciada por Mickey ao longo dos anos. Muitas dessas já podem ser vistas na própria introdução do game.
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Todo investimento em marketing e propaganda, hoje já tornam “Epic Mickey” o possível jogo com a maior divulgação na plataforma atual da Nintendo. Acredita-se inclusive que pode ser uma tentativa ousada de trazer o camundongo de volta para conquistar novos fãs e reconquistar alguns antigos.
Recentemente, foi anunciada uma versão do game em português do Brasil que está sendo dublada e legendada pela Disney Brasil. Segundo o trailer já mostrado aqui no site, a copia nacional chega em Dezembro deste ano. A europeia tem lançamento marcado para 25 de Novembro enquanto a americana estará disponível 5 dias após. No entanto, a Disney Brasil não confirmou oficialmente esta informação, só poderemos saber mesmo quando o game chegar às lojas nacionais.
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Mesmo com alguns cortes na possibilidade dos destinos de Mickey Mouse dentro do game, como é o caso da proibição da Disney quanto a presença de Wonderland (“Alice no país das Maravilhas”), Warren se mostra ansioso e empolgado com a produção. Em uma de suas entrevistas, o diretor já deixou claro que pretende fazer uma continuação para “Epic Mickey” além de demonstrar grande vontade de trabalhar com a série Duck Tales.
A pouco mais de um mês para o lançamento, vários boatos recomeçam a surgir sobre o destino da série também no Playstation 3 e Xbox 360. Se para a experiência do jogador se fazia necessária a presença de um controle como o do Wii, isso não seria mais um empecilho com as novas tecnologias presentes nos consoles concorrentes. Até o lançamento de “Epic Mckey“, tanto o PS Move (Sony) quanto o Kinect (Microsoft), já estarão disponíveis no mercado. Mesmo com todos os indícios sempre desmentidos pela equipe do jogo, os fãs continuam esperançosos.
Até o público descrente com as primeiras impressões no ano anterior, se mostram com grande expectativa diante o lançamento do jogo que promete ser o retorno do mundo Disney aos games. Seguem agora imagens do que nos espera no final do mês que vem. Sintam a evolução da arte.
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Fiquem agora com o último trailer, e sobre “La leggendaria Sfida di Topolino“… bem, são coisas do subtítulo. Não duvido que tenhamos algo parecido aqui no Brasil! 🙂