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Vingadores: Era de Ultron | Construindo a história de uma nova ameaça

Em 2014, o Marvel Studios continuou no caminho para agradar os fãs e a crítica especializada com os lançamentos dos campeões de bilheteria Capitão América: O Soldado Invernal (2014) e a mais nova franquia Guardiões da Galáxia (2014), o filme campeão de bilheteria nos Estados Unidos em 2014 com US$ 333,2 milhões e US$ 772,8 milhões em todo o mundo. Capitão América: O Soldado Invernal faturou US$ 95 milhões no primeiro fim de semana e mais de US$ 711 milhões mundialmente.

Em 2013, Kevin Feige produziu os megassucessos Thor 2: O Mundo Sombrio e Homem de Ferro 3. Os dois filmes faturaram mais de US$ 644 milhões e US$ 1,2 bilhão mundiais, respectivamente, desde o lançamento. Em 2012, Feige produziu o aclamado pela crítica Os Vingadores, que estabeleceu o recorde de bilheteria de todos os tempos nos Estados Unidos em um fim de semana de três dias com um total de US$ 207,4 milhões. O filme faturou mais de US$ 1,5 bilhão em bilheterias mundiais, tornando-se o maior faturamento bruto da Disney de um lançamento global e nacional de todos os tempos.

No verão norte-americano de 2011, a Marvel lançou o sucesso Thor, estrelado por Chris Hemsworth, e Capitão América, estrelado por Chris Evans. Os dois ficaram em primeiro lugar na estreia e alcançaram faturamento bruto combinado de mais de US$ 800 milhões em todo o mundo. Estrelado por Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Scarlett Johansson e Mickey Rourke, Homem de Ferro 2 (2010) ficou em primeiro lugar no primeiro fim de semana com faturamento em bilheterias de US$ 128,1 milhões, no país de origem.

Homem de Ferro e O Incrível Hulk foram lançados em 2008. Homem de Ferro, no qual Robert Downey Jr. originalmente coloca a poderosa armadura de super-herói e estrela ao lado dos astros Terrence Howard, Jeff Bridges, Shaun Toub e Gwyneth Paltrow, foi lançado em 2 de Maio de 2008, e se tornou um grande sucesso imediato de bilheteria.

Ficando em primeiro lugar por duas semanas seguidas, o filme rendeu mais de US$ 100 milhões no fim de semana de abertura. Em 13 de Junho de 2008, era lançado O Incrível Hulk, que marcou a segunda abertura em primeiro lugar naquele verão do estúdio.

O presidente do Marvel Studios e produtor de Vingadores: Era de Ultron, Kevin Feige, explica por que a Marvel conseguiu continuar com sucessos sem precedentes de bilheteria dentro de seu adorado universo de personagens. “Para todos nós na Marvel sempre teve a ver com criar e nutrir todos esses personagens dinâmicos que têm defeitos bem próprios”, diz Feige. “O divertido nos filmes da Marvel e em particular na série dos Vingadores é que não se trata apenas do espetáculo ou dos superpoderes, trata-se de ter todos esses personagens incríveis interagindo de uma maneira que eles não poderiam fazer em seus filmes individuais.”

O produtor continua, “Nós também tivemos sucesso porque estamos sempre olhando para frente. Assim que concluímos um projeto, e tudo isso é feito, da produção até estabelecer a expectativa adequada para o filme que esperamos mostrar e toda a campanha de marketing, nós vamos para o próximo projeto, então pensamos dois, três ou quatro filmes à frente o tempo todo.”

Para os cineastas, desenvolver a história de Vingadores: Era de Ultron apresentou um novo desafio já que teriam que garantir que todos os eventos nos filmes anteriores da Marvel tivessem uma continuação na trama da história e na dinâmica do roteiro. “Muita coisa aconteceu desde o fim do primeiro filme dos Vingadores”, informa o produtor Kevin Feige.

Nós passamos por todos os filmes da Fase 2; A casa de Tony Stark não existe mais, e ele se livrou de seu RT e agora reavalia sua vida e seu papel como Homem de Ferro. Thor voltou para Asgard, e declarou que não quer ser rei. Ele voltou para se dedicar a proteger a humanidade, e a S.H.I.E.L.D. acabou em Capitão América: O Soldado Invernal depois que se descobriu que, na verdade, era a Hidra por muito anos. O que todos esses eventos causaram foi deixado sem uma conclusão.”

Com relação ao aspecto crítico de manter a trama em cada filme seguinte em uma direção que atenda tanto às franquias individuais como ao expansivo Universo Cinemático Marvel, o produtor executivo Louis D’Esposito acrescenta, “Nós queremos que cada franquia e cada filme tenha uma sensação de frescor e de entidade própria, mas ao mesmo tempo tem que estar alinhado com algo que possa acontecer dois ou três filmes adiante.”

“Acho que temos muita sorte de encontrar esse equilíbrio em manter as coisas indo em novas direções e em momentos importantes que mantêm todas as franquias conectadas fora dos filmes dos Vingadores. Então, quando o primeiro filme dos Vingadores se tornou um dos maiores filmes de todos os tempos, nossa primeira tarefa foi garantir que os filmes que levariam até Vingadores: Era de Ultron funcionariam para moldar a história do filme”.

O primeiro passo do processo ao criar a sequência de Os Vingadores foi encontrar a direção em que o filme seguiria para contar sua história. Isso ficou a cargo do escritor e diretor Joss Whedon, que serviu como consultor de todos os filmes da Marvel depois de Os Vingadores, e ele explica sua abordagem do Universo Cinemático Marvel. “Ser conselheiro da Marvel nos últimos anos tem sido muito divertido”, diz Whedon.

Ao fazer isso é importante manter a realidade Marvel de ‘É, nós somos queridos e sim, nós somos caóticos; nós somos engraçados quando você não espera e somos sérios quando você não espera’. Mas, ao mesmo tempo, é preciso sempre garantir que cada filme e, em particular os filmes dos Vingadores, tenham seu próprio selo.”

Continuando, Whedon acrescenta, “A primeira coisa que se tem que fazer ao criar uma sequência dos Vingadores é descobrir o que fará com todos os personagens. Neste filme, eu tenho muito mais personagens! Os Vingadores formam uma equipe disfuncional, e eu gostei da ideia de vê-los de fato agindo como uma equipe e como isso mostra o quanto eles não deveriam ser uma equipe”.

Whedon acrescenta, “A ideia do segundo é também que todo mundo sabe que eles são os Vingadores e que há super-heróis, vilões e várias coisas malucas. Mas para mim é ótimo, porque eu queria um filme diferente. Eu queria uma dinâmica diferente. O primeiro filme foi com certeza sobre montar uma equipe, e o segundo é sobre separá-los”.

O escritor e diretor admite que o Universo Cinemático Marvel forneceu a ele ótimos personagens interpretados por grandes atores, mas diz, “O truque é não lotar muito porque não se quer que o filme tenha a sensação de superpovoado ou amontoado”.

Ele acrescenta, “Depois de Os Vingadores algo mudou. Todos sabem sobre eles, e todos meio que mostraram a cara, e agora eles estão por aí. Eles não têm que se esconder em seus pequenos universos. Eles têm as próprias histórias e o legal sobre isso é que você não acaba achando que é só uma convocação porque todos os personagens são motivados uns pelos outros. São as parcerias dos personagens que tornam o filme divertido e exponencialmente interessante”.

Escrever o roteiro e decidir que tramas influenciariam uma parte significante do filme data da época da produção de Os Vingadores, em 2012. “A primeira discussão sobre a trama de Vingadores: Era de Ultron começou no set de Os Vingadores enquanto filmávamos em Albuquerque”, relembra o produtor Kevin Feige.

Eu me lembro de que estávamos filmando uma cena no laboratório com todos os Vingadores juntos pela primeira vez e eles começaram a discutir e brigar e havia tantos ótimos momentos naquela cena que nós colocamos no trailer. Em um dos dias em que estávamos no laboratório filmando, Joss começou a falar sobre a sequência e nós falamos sobre Ultron e como isso tinha o potencial para dar frutos. Nós falamos sobre como Tony teria obviamente alguma coisa a ver com isso, e foram essas discussões preliminares que trouxeram vários conceitos para o filme.”

Feige continua, “Conforme começamos a entrar nos estágios iniciais de desenvolvimento, a diversão foi colocar Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Gavião Arqueiro e Fury juntos pela primeira vez desde Os Vingadores. Acho que é seguro dizer que Os Vingadores falava de um grupo que se encontra pela primeira vez. Neste filme, já que eles já se conhecem, nós achamos que haveria muito material para humor e conflito, que é algo muito importante para nós na Marvel. Eu acho que uma das melhores coisas que Joss criou ao escrever este filme foi a parceira dos personagens de maneiras inesperadas”.

A decisão de dar a Ultron seu dia ao sol como vilão do filme sempre foi a primeira opção de Whedon apesar de a sequência final de Os Vingadores, mostrar o personagem Thanos. O escritor e diretor explica, “Para mim, Thanos deveria estar no terceiro filme dos Vingadores porque ele, na verdade, é um deus”, explica Whedon.

Ele é como um ser supremo do mal e para mim foi o cubo cósmico porque sou muito velho; para outras pessoas foi a manopla do infinito, mas as grandes misturas eram, em geral, baseadas em Thanos, e ele tornou a vida de todos horrível. Então a ideia de que ele foi o principal causador por trás de tudo isso parecia natural”.

Whedon continua, “Quando as pessoas o viram em Os Vingadores, pensaram, ‘Ah, ele deve ser o próximo vilão que já estão mostrando’. Não foi minha intenção. Minha intenção era apenas dizer, ‘Existe um universo enorme e sombrio e este cara tem a ver com isso’. Para mim, Ultron sempre fez parte deste filme”.

Para Whedon, a tarefa de dar vida ao papel de Ultron na sequência vem de sua infância. “O personagem do Ultron é um dos principais vilões dos Vingadores desde que eu era criança”, diz Whedon. “Ele era um robô cruel e assassino que odeia os Vingadores e é capaz de se autorreplicar.”

Whedon elabora, “Eu adorei ler o antigo material fonte sobre Ultron, mas quando você pesquisa, descobre que ele fica repetindo ‘Eu vou te destruir”!’. ‘Eu com certeza vou te destruir!’. O aspecto de filho assassino do personagem foi fascinante para mim, mas logo ficou claro que embora eu precisasse evocar uma grandiosidade e uma ameaça na dissociação entre o modo como sua mente funciona e o modo como a humanidade é estruturada, eu precisava dar uma meia-volta e torná-lo muito volátil e raivoso o tempo todo.”

Eu também precisei descobrir que tipo de pessoa tinha tanta raiva e como isso seria expresso. E também precisava saber como conseguir a diversão que eu precisava ter. Como fazê-lo um tipo como o personagem Loki que é simpático, tem textura e não é completamente errado no modo como vê as coisas”, conclui Whedon.

A ameaça no primeiro filme foi, é claro, Loki”, acrescenta Kevin Feige. “Ele era muito pessoal para Thor e um asgardiano muito poderoso. Ele fez um acordo com alguém, o que permitiu a ele controlar o exército alienígena, que tem grande importância na luta, mas neste filme nós queríamos que a ameaça fosse muito grande e o mais real possível.”

“Ultron era a escolha certa porque ele é um dos maiores vilões que os Vingadores já enfrentaram e um dos mais poderosos. O fato de ele poder se replicar, e cada Ultron é, na verdade, ele mesmo, é muito legal. Há milhares de subUltrons e ele é todos eles, e pode falar através deles, o que é uma perspectiva e dinâmica muito eletrizante.”

Com a trama do filme resolvida, os cineastas sentiram que era importante injetar uma relevância global na história do filme também. “Nós sempre consideramos os Vingadores como heróis do mundo”, diz Kevin Feige. “Não só da América, não só de uma região em particular, mas globalmente, e com certeza os resultados do primeiro filme provaram isso. Quando começamos a desenvolver a história, sabíamos que queríamos sair de Nova York. Uma parte do filme se passa em Nova York, mas nós queríamos enviar os Vingadores para os lugares mais remotos do planeta, por isso é uma aventura legitimamente global.”

O equilíbrio desses filmes sempre foi baseado em cenários enormes e belos, mas é preciso sair para ver o mundo”, diz o produtor executivo Jeremy Latcham. “É preciso aumentar o escopo, que é o que nós realmente tentamos fazer em Vingadores: Era de Ultron. Nós queríamos ir a novas locações que não tinham sido muito vistas no cinema antes, como Seul, na Coreia do Sul, o centro de Johanesburgo, na África do Sul e o Vale d’Aosta no norte da Itália. As novas locações de fato adicionam uma sensação nova ao filme, e mostram que os Vingadores realmente protegem o mundo.”

Nós queríamos que o primeiro filme dos Vingadores fosse grande, mas este filme eu queria que fosse maior, mas também mais amplo e mais global”, diz Joss Whedon. “Nós queríamos olhar para os Vingadores e ver o efeito que eles tiveram no mundo todo. Tivemos o grupo reunido no primeiro filme, o que parecia uma tarefa impossível. Mas depois, a questão se tornou ‘Bem, agora que eles estão juntos, eles são compatíveis, são úteis e como o mundo os vê?’. E como isso afeta a percepção deles de cada um?”

“Então é ótimo expandir e em vez de tentar recriar lugares no estúdio, ir realmente aos lugares, ter a sensação e a arquitetura, o que dá ao filme uma veracidade real. Quando se tem muitos personagens principais que são computação gráfica, você precisa fundamentar o filme com locações práticas.”

Bastidores de Vingadores: Era de Ultron:

Quando Tony Stark tenta reiniciar um programa de manutenção de paz, as coisas não dão certo e os super-heróis mais poderosos da Terra, incluindo Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Viúva Negra e Gavião Arqueiro, terão que passar no teste definitivo para salvar o planeta. Com o aparecimento do vilão Ultron, a equipe dos Vingadores tem a missão de neutralizar seus terríveis planos. Alianças complicadas e ação inesperada pavimentam o caminho para uma aventura épica global.

Escrito por Lucas

Um grande aficionado por cinema, séries, livros e, claro, pelo Universo Disney. Estão entre os seus clássicos favoritos: "O Rei Leão", " A Bela e a Fera", " Planeta do Tesouro", "A Família do Futuro" e "Operação Big Hero".

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