ESSA MATÉRIA CONTÉM SPOILERS! O Pixar Animation Studios é conhecido por seus filmes serem carregados de emoções, as quais são influenciadas pela trilha sonora instrumental. Neste ano, o novo longa-metragem, Viva – A Vida é Uma Festa, expande suas melodias para as músicas cantadas.
Já pelos trailers podíamos observar muitas cenas mostrando os personagens tocando instrumentos musicais. Para fazer jus à herança mexicana do filme, foi extremamente importante ter os personagens com a posição da mãos no lugar correto dos instrumentos.
Outro elemento que reforça a importância da música na nova animação do estúdio são os instrumentos musicais, em especial o violão de Ernesto de la Cruz. Por ser um objeto místico, toda a sua criação foi pensada para representar a personalidade do personagem, e suas referências saíram de obras que os animadores viram no Museu Metropolitan de Nova Iorque, unidas a outras características.
A cultura mexicana em si sempre foi marcada por suas músicas. Para muitos, a lembrança de um mexicano é a figura de um mariachi, com seus grandes sombreiros e músicas altas e animadas, como por exemplo “La Cucaracha”. Para o estúdio, manter a fidelidade aos principais elementos artísticos era de suma importância.
Assim, era necessário convencer o público. Adrian Molina, co-diretor, contou à Vanity Fair que, em seus primeiros rascunhos, Miguel mostrava sua paixão pela discutindo com a família e, depois, ia para o mundo dos mortos. Porém, faltava algo. Algo capaz de convencer o público de que ele precisava fazer aquilo, da mesma forma que apoiamos Ariel a sair do mar e se tornar uma humana.
E, então, ele adicionou a cena em que Miguel vai para seu esconderijo assistir a Ernesto de la Cruz e tocar seu violão. Este é o momento que resume a paixão do garoto pela música. Todos os elementos foram elaborados para fazer que essa cena captasse o sentimento necessário para convencer os espectadores de que toda a trajetória de Miguel era a certa.
No entanto, o estúdio não classifica o filme como um musical devido à ausência de algumas características, como o momento em que o personagem se descobre e canta sobre aquilo que ele deseja. Molina revelou terem sido criadas músicas para esses momentos épicos que todos os musicais possuem, porém foram descartadas, pois a equipe não queria que os personagens cantassem os seus sentimentos, e sim, os demonstrassem em ações.
O restante do filme nos mostra como a música deixa marcas. O melhor exemplo disso é Mamá Coco/Inês, que, apesar de se esquecer de algumas coisas e quase não falar, consegue se recordar da música que seu pai compôs para ela quando era pequena. E é essa mesma música que rege a história, que mostra um momento de amor, um momento de traição e, por fim, um momento de reconciliação e união.
A música une as pessoas, deixa sua marca no tempo e na alma. E na animação, isso não poderia ter sido apresentado de outra forma. A melodia reata a família Rivera e traz alegria de volta, faz Miguel ser aceito por sua família e restaura seus entes queridos.
O que as músicas de Viva – A Vida é Uma Festa causam em vocês? Conte pra gente nos comentários! O longa-metragem vencedor do Oscar® já se encontra à venda nas melhores lojas nacionais em DVD (Simples), Blu-ray (Simples) e Blu-ray 3D (Simples). A trilha sonora em português também está disponível em mídia física no país.
Música-tema: “Lembre de Mim“
Apesar de a música ter sido banida há gerações em sua família, Miguel (voz do novato Anthony Gonzalez) sonha em se tornar um grande músico como seu ídolo, Ernesto de la Cruz (voz original de Benjamin Bratt). Desesperado para provar o seu talento, Miguel se vê na deslumbrante e pitoresca Terra dos Mortos seguindo uma misteriosa sequência de eventos. Ao longo do caminho ele conhece o trapaceiro encantador Hector (voz original de Gael García Bernal), e juntos eles partem em uma jornada extraordinária para descobrir a verdade por trás da história da família de Miguel.